O Sporting fez uma boa época coroada com a conquista da Taça de Portugal. Se até meio da época as vitórias eram magras e com pouco brilho a partir daí os números foram engordando e o futebol mais vistoso.
Até Dezmebro o Sporting esteve envolvido na Liga dos Campeões cuja análise já aqui tinha sido feita. Jogos à 4ª e ao Domingo obrigaram a uma maior rotatividade do plantel com as consequentes faltas de rotinas nas várias posições e futebol opaco e que visava resultados apenas sufucientes. Apesar disso soube a pouco a saída prematura da Liga dos Campeões.
No campeonato tivemos uma equipa que empatou várias vezes. Umas vezes ganhou um ponto. Outras vezes perdeu nitidamente dois. Só perdeu duas vezes em casa. Numa delas foi roubada. Noutra há que dar o mérito ao clube do bairro popular de Lisboa que defendeu e muito bem contra atacou. O esquema táctico foi bem assimilado pelos jogadores. Na segunda metade da época temos menos mudanças de posição mas também há que referir que estas devem ser treinadas para futuros periodos de maior intensidade de jogos.
Ganhámos a Taça. Eliminámos adversários de várias divisões e na final encontrámos o 5º classificado, o Belenenses que é treinado pelo mestre da táctica que dá pelo nome de Jorge Jesus. Apesar disso ganhámos este trofeú que nos escapava há 5 anos.
Estes 5 anos foram de jejum total. Em 2002/2003 vivemos e procurámos evitar o drama Jardel, promovendo Cristiano Ronaldo e Quaresma. No ano seguinte Fernando Santos saiu de forma inglória e deslustrante de todas as provas aepsar de ter utilizado e bem Rochemback e Liedson. Em 2004/2005 assisti à derrota do Sporting no dia 18 de Maio de 2005 perante o CSKA na final da Taça UEFA. Ano de grandes emoções provocada por um campeonato atípico e por uma excelente campanha europeia em que nada se ganhou. A seguir foi a saída de Peseiro e a reconstrução da equipa por Paulo Bento que ficou em segundo. Este ano ganhámos a Taça.
Na equipa destaco Abel, Caneira, Miguel Veloso, João Moutinho, Nani, Djaló e Liedson. O primeiro é um excelente lateral direito que sobe muito bem. O quinteto seguinte tem um denominador comum - Academia de Alcochete. Caneira é de uma geração mais antiga. O uqatro restantes são das últimas fornadas. Djaló substituiu na perfeição Doualá, embora o seu turbo seja mais progressivo e menos explosivo. Liedson foi o melhor marcador com poucos golos. Mas ajudou muito os seus colegas na primeira parte da época.
Paulo Bento é um bom treinador. Sem ser o melhor do mundo sabe motivar, gerir e disciplinar o seu plantel tão como catalisar emoções exageradas dentro do balneário, nas salas de imprensa e nos adeptos. Pode-se dizer que é um treinador à medida do Sporting, bem como também o é a sua equipa técnica.
A Direcção por via de regra teve um discurso realista e alinhado com as limitações financeiras, sem ofender quem quer que fosse e vimitizar-se com o que quer que seja. Pena que ainda não tenha resolvido o imbróglio dos activos imobiliários com a CML. O clube está a ter custos financeiros elevados resultantes da burocracia camarária. Que tal adoptar uma posição firme e rude tipo Pinto da Costa?
Em Agosto temos mais uma nova época com uma nova prova e uma nova participação na Liga dos Campeões. Esperemos não ser delapidados. Mas se formos os diamantes serão vendidos a um preço justo. E será possível colmatar as ausências, melhor ou pior, e amortizar dívida.
Um àparte final - a manutenção destes jogadores por 5 anos levarnos-ia a lutar com regularidade pelas melhores posições da Liga dos Campeões. Há que criar condições financeiras para o fazermos a médio e longo prazo. Uma escola de formação como a nossa também nos deve dar os sucessos desportivos que outros alcançam com os nossos formandos. Há que criar a alavanca para levantar este Mundo.
segunda-feira, maio 28, 2007
Sporting
Publicada por António Gouveia à(s) 22:00
Etiquetas: AG, Época 2006/2007, Sporting
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