O projecto de reestruturação financeira apresentado pelo presidente do SCP aos sócios do SCP é um bom exemplo que, em meu entender, merece ser divulgado como um boa prática, eventualmente, a ser estudada e discutida por todos aqueles que acompanham o fenómeno desportivo e o futebol profissional em particular.
Assim sendo e em esquema passo a apresentar o projecto:
GLOBALMENTE:
• Pretende-se reduzir o passivo dos actuais 254 M. € para 139 M. € em 2012;
• Pretende-se reduzir significativamente o serviço da dívida, passando a poupança conseguida para a gestão corrente do negócio;
• Pretende-se globalmente manter e valorizar, o mais possível, os activos futebolísticos do clube. Só assim será possível tornar o clube mais competitivo e ganhar mais títulos.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
sábado, junho 14, 2008
Para reflectir (III) - (Continuação)
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Pedro Vieira
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23:15
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quinta-feira, junho 12, 2008
Para reflectir (II) – (continuação)
3. E mais contentes ficámos quando ganhámos à República Checa por 3-1 e garantimos, logo ali, praticamente o acesso aos quartos-de-final e o primeiro lugar no grupo. Situação que se veio a confirmar mais tarde com a derrota da Suíça frente à Turquia.
Foi num ambiente, crescente, de euforia que mais tarde fomos surpreendidos com a notícia da contratação de Luiz Felipe Scolari pelo Chelsea. De forma inesperada, mas à boa maneira sensacionalista – muito tablóide – o clube de Londres, ressuscitado pelo multi-milionário russo Roman Abramovich, anunciou a contratação do “mestre” Filipão por dois anos e por qualquer coisa como 9 milhões de euros anuais.
Foi de facto uma surpresa, ninguém estava à espera de tal notícia. No mínimo exigia-se mais respeito pelos portugueses. Esta não era a altura de divulgar a contratação, o bom senso aconselhava esperar por um período mais adequado. No fundo Scolari e Madail e este parece ter acompanhado a situação em pormenor, acabaram, com esta atitude por dar razão a todos aqueles que, a seu tempo, pretenderam tratar a selecção como o seu clube de futebol, o chamado Clube Portugal.
Uma palavra final de desagrado para com Madail o ainda presidente da FPF, cargo que acumula com outro na UEFA, para dizer que esteve, neste processo, muito mal.
4 Consequências desta situação no seio do grupo da selecção não se sabem ainda quais virão a ser. Uma coisa é certa a imagem que estamos a passar para o exterior é péssima.
Como péssima tem sido a imagem que temos vindo a passar com a situação do FC. Porto e a eventualidade de este clube vir, por questões disciplinares, a ser afastado das competições europeias organizadas pela UEFA para a próxima época (2008 – 2009).
5 Os factos descritos anteriormente (parte I e II), são demonstrativos da situação difícil em que mergulhou o futebol português, quer a nível de clubes, quer a nível de selecção, pelo que independentemente dos resultados que esta vier a alcançar neste EURO 2008 – que desejamos que seja a vitória final – se comece a pensar em fazer uma reflexão atenta sobre a situação de crise profunda em que se encontra mergulhado o futebol português. Crise institucional, organizacional, económica e financeira.
(Nota: na parte III deste trabalho apresentamos um trabalho realizado sobre o Projecto de Reestruturação Financeira do SCP)
(Continua)
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
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terça-feira, junho 10, 2008
Para reflectir (I)
1. Euforia que, inteligentemente, tem vindo (recentemente) desde Viseu a ser criada à volta da principal selecção de futebol. Um clima que está a ser construído por alguma comunicação social portuguesa.
Um estado de ânimo excessivo, porventura, compensador de um certo desânimo transversal que se instalou na sociedade portuguesa.
E o nosso futebol indígena, ao nível de clubes, não tem sido excepção, bem pelo contrário tem sido igualmente desesperante. Se olharmos (últimos anos) para a situação económica e financeira da maioria dos clubes o que vimos é muito mau, quase todos estão falidos. Se olharmos para as assistências da maioria dos jogos (últimos anos) realizados na principal Liga, o que verificamos é que quase não existe público nos estádios. Se analisarmos atentamente os planteis dos clubes da primeira Liga, verificamos que os atletas que os constituem são maioritariamente formados por jogadores estrangeiros provenientes, também em larga medida, da América Latina. Se observarmos os dirigentes desportivos existentes, verificamos, que a sua qualidade técnica é muito baixa. Se por último estivermos atentos ao nosso jornalismo desportivo (escrito e falado), o que constatamos é que o mesmo “vive” da especulação informativa e por vezes, pior ainda, de um certo clubismos exacerbado.
Ao invés, se analisarmos os nossos emigrantes ligados ao mercado futebolísticos, o que constatamos é que os seus níveis competitivo/desportivo e económico são muito elevados, quer sejam jogadores, quer sejam treinadores. Os melhores, nestas duas valências, jogam e treinam em clubes estrangeiros, alguns estão ligados
aos grandes emblemas mundiais.
Por outro dado, se analisarmos com algum pormenor os jogadores e equipa técnica que forma a selecção portuguesa presente no EURO 2008, constatamos, ainda, algumas situações interessantes:
a) Em primeiro lugar, o facto dos 23 jogadores seleccionados, 11 estarem ligados a outras Ligas europeias, prevendo-se, num tempo próximo, que este número passe a ser reforçado com mais três;
b) Em segundo lugar, o facto de a equipa técnica da selecção ser liderada por dois estrangeiros;
c) Em terceiro lugar, o facto de os jogadores saberem que a sua presença na selecção, aos mais diversos níveis competitivos, é essencial para o êxito das suas carreiras;
d) Em quarto lugar, o facto da maioria dos jogadores seleccionáveis serem inacessíveis aos cofres da maior parte dos clubes portugueses. Apenas alguns, poucos, poderão na situação actual, fazer parte dos três principais cubes portugueses.
Se a tudo isto associarmos a situação de crise de resultados porque passa o SLB – clube onde uma certa geração de profissionais da comunicação social escrita e falada continua afectiva e emocionalmente ligada – compreendemos o estado de alma e de ansiedade de algumas gentes. Alguns, e mais uma vez, voltam a falar no Clube Portugal.
2. Todos, sem excepção, estamos contentes, muito contentes, com o inicio - 1º jogo realizado e com uma vitória concludente – e a prestação da equipa portuguesa neste EURO 2008. Até agora, dentro e fora das quatros linhas, foi excelente o trabalho desenvolvido. Mais uma vez os emigrantes portugueses, a nossa diáspora, está a ser determinante no apoio dado à selecção. Uma palavra escrita, de respeito, para eles, e para dizer, também, que mais uma vez estão a ser assediados, objecto de algumas atenções, por parte daqueles que tinham obrigação de os acompanhar e apoiar permanentemente. De quatro em quatro anos parece que são contemplados/premiados.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
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