O que tomaste ao pequeno almoço?

Carlos Queirós o que tomaste ao pequeno almoço?

Semanada

A nossa querida selecção já está na Suiça a cumprir um curto estágio a que se segue um curto europeu - 23 dias com 30 em 2004. Um facto a reter...

Para (não) variar, a euforia e as excessivas expectativas são a pedra de toque como nos dois certames anteriores. Quer em Portugal, quer ontem na chegada à Suiça os lusos demonstraram ni loco o seu apoio à equipa das Quinas. Os emigrantes das montanhas suiças querem bater os emigrantes das Landes Alemãs.

Se é certo que fizemos uma boa transição entre duas gerações de futebolistas (e há que agradecer a Scolari) há muitas arestas por limar numa matéria prima que em bruto nos parece relativamente inferior à geração anterior. Mas há que melhorar esta matéria prima.

Há também que procurar trabalhar os individualismos excessivos e ter a noção que a soma das partes pode ser muito superior a onze se os egos sobre dimensionados e vaidosos se esbatam. Há que "dar o litro".

Há também que ter a noção que os adversários mudaram. Uns estão melhores outros piores. Uns deixaram de ser novidade. Há nomes que deixaram de ser sinónimos de má qualidade e passaram a ser de boa qualidade. Há que ter tudo isso em conta.

Quanto ao jogo treino de Sábado digo que foi bom. Jogado a um ritmo calmo, teve um resultado motivador.

Concluindo espero o melhor para o Clube Portugal. Tenho noção que as dificuldades são outras e parece-me que Scolari está ciente disso. Esperemos que consigam superar todos os obstáculos.

Portugal 1- Grécia 2

Não há duas sem três!!!

Portugal foi novamente sovado pela Grécia, essa potencia do futebol mundial. Desta vez na Alemanha até porque os assobios incomodam o Sr. Scolari.
A exibição foi paupérrima, até porque já sabemos que os jogadores não gostam de correr nos jogos particulares... Mas perder 3 vezes seguidas com um adversário como a Grecia.
Faz mesmo querer que 'O Burro sou EU?'....

Solteiros, Casados e Irritados

Que vergonha ter um bom punhado de jogadores e não jogarem nada.
Que vergonha agredir um adversário mesmo em resposta a uma agressão.
Que decepção tão grande para todos os que lá estivemos.

Uma derrota para as duas selecções seria o mais apropriado. Portugal jogou (?) lento e denunciado. A Sérvia pura e simplesmente não jogou e contra atacou um bocadinho.

Portugal pode apenas culpar-se a si próprio num jogo em que jogou os 15 minutos iniciais. Uma regra básica do futebol é que dois de diferença são seguros mas um pode não ser. E não foi. A ganhar por um Portugal poupou esforços como se estivesse a ganhar por dois. Em 3º lugar no seu grupo, portou-se como se estivesse em 1º destacado.

Continuamos a fazer contas. Agora temos que ganhar no Azerbeijão, Cazaquistão e à Arménia em casa. Depois logo se vê a evolução da Finlândia e Sérvia. Talvez ainda seja suficiente empatar com a Finlândia no último jogo. Mas no futebol como na vida há um princípio básico: a formiga que trabalha e poupa e a cigarra que não trabalha e canta. PArece que a Selecção desaprendeu este princípio ao empatar a um golo com a Sérvia ontem à noite em Alvalade (e também na sequência dos dois empates anteriores.

Nota Final 1 - Sr. Scolari, com esse comportamento está ao nível de qualquer rufia brasileiro que anda por aí. As suas capacidades de liderança e auto-domínio não se fizeram notar ontem. Reveja o seu comportamneto e admita que errou. Caso contrário perde autoridade:

• no seu grupo;
• perante os seus adversários;
• de reclamar um tratamento exemplar de quem quer que seja ao dar maus exemplos.

Nota Final 2 - Não espero mais nada que não seja a vitória nos próximos quatro jogos da Selecção. Com os recursos humanos disponíveis, vitórias pela diferença mínima é o mínimo que se exige.

Um caso a Punir

Que tal um pedido de desculpas e um mês de ordenado de multa para ESTA VERGONHA INTERNACIONAL que ensombra o futebol português?

AQUI também está relatada...

É grave que este incidente saia impune no seio da FPF. Há que puni-lo e corrigir a situação.

Por um se ganha, por um se empata

Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Portugal empatou a dosi golos com a Polónia.

Quando Portugal abordou o jogo de forma lenta e denunciada não poderia esperar grande coisa do resultado. Teve azar e saiu para o intervalo a perder.

Quando Portugal regressou conseguiu o empate e a vantagem já sem o ponta de lança de que dispunha por opção técnica. Boa opção no meu entender para desprender os centrais polacos. Viu-se a ganhar aos 72 minutos e depois Scolari viu a equipa deixar de tentar marcar o 3º golo com a mesma rapidez que o Clube Portugal jogara desde os 45 minutos até então.

Bastou um jogador polaco marcar um golo em que Ricardo não tem rigorosamente culpa nenhuma, para continuarmos a "fazer contas" e, pior do que isso, ficarmos em desvantagem num potencial desempate com a Polónia.

Espero que 4ª feira marquemos mais golos que a Sérvia e a Polónia empate na Finlândia. Hoje o factor crítico de fracasso foi a lentidão, previsibilidade e falta de frescura física de alguns jogadores. O azar fez o resto.

Fazer as Contas...

Voltámos a ter que fazer as contas e as margens de erro diminuiram substancialmente. A Selecção não jogou bem e empatou na Arménia. Estes conterraneos de Calouste Gulbenkian conseguiram correr muito no seu relvado intratável. Só para que conhece bem aquele relvado é que é fácil correr e controlar a bola. Pois foi isso que os arménios fizeram. Marcaram um golo e sofreram outro tirado da cartola por Ronaldo.

Portugal não esteve bem. Previsível, estático, denunciado sem chama nem alma. Assim é difícil ganhar à forte Polónia, à Sérvia do nosso Stojkovic e à motivadissíma Finlândia. Serão jogos de mata mata... Será que Scolari vai matar desta vez?

Espero que sim porque empatar com a Sérvia cujo unico elemento valioso é o guarda redes não é bom resultado. Porque empatar na Arménia com a atitude demonstrada ontem também é um mau resultado. No mês que vem há que conseguir duas vitórias. Sem elas a vergonha pode acontecer...

Vergonhoso, Rídiculo e Injustificável

O título diz tudo sobre uma situação de indisciplina ocorrida numa - mais uma - equipa comandada por José Couceiro. Os portugueses nos quartos de final do Mundial Sub-20 disputado no Canadá defrontaram o Chile e SÓ perderam por 1-0. Futebol nem vê-lo. Para cúmulo ocorreu a situação descrita com a complacência (palmadinhas no pescoço) do dirigente federativo...

Será que Couceiro pode justificar esta situação? Eventualmente talvez consiga...

Quo vadis futebol federativo?

O Álvaro Cunhal do Futebol Português

Como explicar mais uma derrota?

José Couceiro pode ser comparado a Álvaro Cunhal com o devido respeito que o político português merece.



Álvaro Cunhal nunca ganhou qualquer eleição legislativa nem os candidatos da sua área política ganharam as eleições presidenciais. Que eu saiba José Couceiro nunca ganhou qualquer prova como treinador e dificilmente cumpriu com os objectivos a que se propôs.

No entanto, mesmo que perdesse sucessivamente eleitores, Álvaro Cunhal conseguia "transformar as suas derrotas em vitórias". Efectivamente este político arranjava qualquer justificação para os resultados obtidos e sabia na perfeição o porquê de tal resultado. Sabia ainda motivar os seus eleitores para a votação seguinte e os seus militantes para as batalhas políticas que se seguiam. A culpa era sempre dos capitalistas.

Couceiro não cumpre objectivos. Mas depois de terem passado as oportunidades para fazer substituições sem as fazer encontra a justificação para os seus falhanços. Por incrível que pareça está certa. Ano após ano, trabalho após trabalho, isto acontece. Porque não age a tempo? Não sei. Além do mais também arranja as suas desculpas. Árbitros e equipas adversárias e o cansaço dos seus atletas são as suas favoritas.

Couceiro nesta campanha dos sub 21 teve uma equipa cansada e parcialmente desmotivada. Teve pela frente equipas de arbitragem da mais reles qualidade, sim senhor. Apostou num esquema táctico que talvez uma boa parte dos jogadores não estivesse rotinada para isso e não tinham nitidamente entrosamento. Apesar de tudo isto quase se qualificou para as meias finais e quase se qualificou para os Jogos Olímpicos. Mas o quase não ganha nada.

E assim ficámos de fora de um certame que nos poderia dar uma excelente projeccção num país emergente na cena internacional, que representa um sexto da população mundial com a consequente massa adepta futebolística... Sem comentários.

No Fio da Navalha

Esta qualificação para o Euro 2008 tem sido feita no fio da navalha. Portugal perdeu na Polónia e empatou mais dois jogos, tendo ganho os restantes. Na Polónia podia ter perdido por mais mas perdeu pela diferença mínima. Hoje começou a desacelerar a 10 ou 15 minutos do fim quando, com um golo de diferença, a Bélgica poderia ter com um pouco de sorte empatado. Portugal dominou bem um jogo que não soube matar e mostrou a espaços ser uma equipa que se parte quando ataca.

A vitória é merecida, no entanto há que ter mais cuidado no futuro com estas situações e mentalizar e capacitar a equipa para as evitar. Isto deve ser feito nomeadamente nos jogos caseiros contra equipas fortes que acontecerão na próxima época até ao fim de Novembro.


Nani festeja o seu golo

Tirando isto penso que a transição do grupo Mundial 2006 para o grupo Euro 2008 deu mais um bom passo com um golo festejado exuberantemente por Nani e com as exibições de todos e os sues papéis que vêm sendo progressivamente assumidos. Quaresma não esteve mal e viu-se que o banco que esteve em campo tem potencialidades.

Jogos teoricamente difíceis agora só em casa. Há que mentalizar a selecção para os ultrapassar com o apoio do público lusitano. Isto já não pode ser feito nas longínquas deslocações às ex-repúblicas soviéticas mas o trabalho de ausência de apoio deve ser feito pela equipa técnica.

Sérvia 1 - Portugal 1

Tiago festeja o seu golo

Num jogo que não vi Portugal ganhou mais um ponto no campo de um adversário dito difícil. Sim "dito" porque os mais fracos têm ganho jogos aos mais fortes. Há que ter atenções redobradas com todos. O empate será bom se garantirmos sete vitórias em casa e mais três fora. No meu entender o próximo jogo na Bélgica em Junho é para ganhar.

Portugal 4 - Bélgica 0

Os jogadores portugueses festejam mais um golo

Portugal teve uma vitória categórica contra a selecção belga. O tridente de médios e o ponta de lança foram letais para uma equipa que pouco mais fez do que defender à zona. A diferença da qualidade futebolísitca foi bem patente na segunda parte. Alcochete esteve presente com Quaresma, Cristiano Ronaldo, João Moutinho, Nani e Hugo Viana. Se existisse um campeonato europeu de clubess em poule a duas voltas tenho a certeza que o Sporting estaria no topo.

Voltamndo à Selecção elogio mais uma vez Scolari que acalmou os animos depois da promessa de violência do belgas. Procurou um ambiente calmo sereno e alegre com o qual no Euro 2004 brindámos os nossos visitantes. Pena foi a vaia monumental quando se ouviu o hino belga. Totalmente desnecessário. Futebolisticamente digo que os dois médios defensivos foram bem escolhidos. Petit esteve ao excelente nível demonstrado quando jogava no Gil Vicente sem viol~encia e no último mês na Luz. Tiago demonstrou o porquê de jogar no campeão francês. De resto estiveram todos na suas regularidades exibicionais e entrosamento que já vem de trás.

A Bélgica demonstrou que não tem uma selecção que justifique o epíteto de candidata à Qualificação. Já jogámos com a Polónia e com a Finlândia. Estes sim demonstraram que se podem qualificar. Parece-me que não houve qualquer incorrecção excessiva depois das infelizes declarações a meio da semana do seu guarda redes. Inclusivamnete no final, este cumprimentou Cristiano Ronaldo. Futebolisticamente sou teve uns fogaços com o abrandamento português após o 2-0.

Quarta feira vamos à Sérvia onde espero que empatemos no mínimo. Este também não deixa de ser um resultado positivo no campo de um candidato a qualificação. Se ganharmos todos os jogos em casa e fora ganharmos 3 deve ser o sificiente para a qualificação. Até quarta-feira.

Jogo Treino com Vitória

A selecção ganhou ao Brasil por 2-0 em Londres. Os números enganam porque a diferença exibicional não foi tão grande. O nível exibicional foi razoável apesar das poupanças de esforços mais marcante na selecção canarinha.

Os lusitanos demonstraram entrosamento e sentido de grupo a par do destaque merecido pelo Cristiano Ronaldo. Foi um todo que conseguiu estar ao nível de um Brasil poupadinho mas com bons valores individuais, trabalhadores e sentido prático.

Parece-me que a selecção sai mais entrosada e mais moralizada deste desafio para a dupla jornada que se aproxima. Um nota de satisfação para os portugueses, brasileiros e britânicos que encheram o Estádio do Arsenal.

Scolari não esteve bem

Escrevo este post a propósito das declarações de Scolari sobre a participação de Cristiano Ronaldo na Selecção Nacional e sobre a velha dicotomia Clubes vs Selecções.

As declarações de Scolari

A conferência de imprensa acabou, no entanto, por ficar marcada quando Scolari foi questionado sobre Cristiano Ronaldo. O Manchester United pediu para que o jogador fosse poupado e Carlos Queirós até esteve em Portugal...«Observámos Cristiano Ronaldo no treino e conversámos com Carlos Queirós, que às vezes também tem de fazer o seu papel para os adeptos do Manchester United. Falando connosco, diz que tudo estava bem, que podemos utilizar à vontade. Mas também veio ver o jogo e, mais uma vez, trabalhar a sua candidatura para a Selecção no futuro. Será sempre bem-vindo», atirou.

A ser isto o que aconteceu parece-me que Scolari devia ter sido assertivo e não sarcástico. O seu sarcasmo acabou por ofender o sensível humor de Queiroz. Mesmo que o adjunto de Fergusson queira retomar o lugar que já ocupou, a diplomacia do técnico brasileiro teria resolvido a situação, ficando Queiroz entre a espada e a parede.

Há aqui também que ter em conta a fama de Scolari não "dar ouvidos" aos treinadores dos seus jogadores. Espero que esta posição não se tenha extremado.

Tendo sido desde que o conheço uma pessoa firme e educada, não havia agora necessidade de beliscar, quer se goste o não goste dele (Queiroz), o prestígio e a palavra de Carlos Queiroz. Espero que daqui para a frente a situação não se repita nem haja uma escalada verbal. De parte a parte.

As declarações de Queiroz:

Tal como esperado, Carlos Queirós não deixou Luiz Felipe Scolari sem resposta. O seleccionador de Portugal acusou o «adjunto» do Manchester United de ter dois discursos e, mais grave, de ter assistido ao jogo com o Cazaquistão para apresentar a candidatura ao posto do técnico brasileiro.

«Pessoalmente não tenho razões de queixa contra Scolari ou contra a própria Selecção, mas este baixou o nível em conferência de imprensa. Ainda por cima com um discurso ridículo, sem qualquer senso. Scolari está a ver fantasmas onde não existem», começou por comentar Carlos Queirós, em entrevista à Renascença.«Se a minha presença em Portugal é uma candidatura, pergunto se a presença dele no estádio do Benfica, do FC Porto ou do Sporting também é uma candidatura da parte dele», prosseguiu o técnico português, debruçando-se ainda sobre a utilização de Cristiano Ronaldo na Selecção portuguesa.«Scolari comporta-se como aquelas pessoas a quem emprestamos o carro cheio de gasolina, utilizam-no durante uma semana, batem e abandonam-no numa rua qualquer sem gasolina. E nem têm a delicadeza de telefonar a dizer onde deixaram o carro», disse, referindo que o seleccionador de Portugal «deve ficar incomodado por ter medo de repartir, nos dez dias que está com ele, o sucesso e a glória com aqueles que trabalham 300 dias por ano com esses mesmos jogadores».«Quando vou a Portugal em trabalho, estou a representar o Manchester United, clube que tem milhões de adeptos e que paga os ordenados aos jogadores que representam as selecções, entre os quais Cristiano Ronaldo», lembrou, deixando a acusação de que Scolari é o único de 14 seleccionadores que não comunica com o clube inglês sobre jogadores.«O Manchester United relaciona-se com cerca de 14 selecções em todo o Mundo. E se há um seleccionador que não comunica com o Manchester United é precisamente Luiz Felipe Scolari, que utilizou Cristiano Ronaldo todo o tempo contra a Polónia e, depois, este não pôde jogar pelo seu clube durante duas partidas. Mas Scolari nem sequer teve a delicadeza de telefonar ao clube», finalizou.

Carlos Queiroz pode ter dito e feito outra coisa diferente do que disse. Parece-me uma pessoa séria, tal como Scolari. Esta resposta foi a mais adequada para quem se referiu a ele de modo sarcástico.

Já Alex Ferguson podia ter dito o que disse - a Scolari e em privado. Se calhar ele teria-lhe dado ouvidos.

O que está aqui em causa é que os clubes às vezes se esquecem que os Europeus e os Mundiais, já para não falar nas Qualificações valorizam imenso os seus jogadores. Têm depois grandes lucros com transferências.

Também é verdade que as lesões em jogos das Selecções lhes trazem dores de cabeça. Mas as dos seus clubes não trazem? Para as das Selecções devem existir seguros que compensem os respectivos clubes. Caso existam, já não há direito a pedir, tal como Alex Ferguson fez, que fulano ou cicrano não joguem.

Portugal 3 - Cazaquistão 0 - Ritmo de Treino

Simão marcou dois golos

Nada a acrescentar ao que já tinha dito sobre a convocatória. Com a vitória garantida desde cedo o jogo decorreu a um ritmo pausado. Nota de infelicidade para Nuno Gomes que não aproveitou nenhuma da meia dúzia de oportunidades que teve. Tonel não teve trabalho por aí além. De resto tudo dentro da normalidade. O entrosamento foi trabalhado.

Quanto ao Cazaquistão é de registar o seu posicionamento territorial razoável e um ou dois contra ataques. O facto de o jogo, para eles, ser às 3 horas da manhã não justifica tudo.

Temos uma jornada dupla difícil em Março: a 24 recebemos a Bélgica - nem forte nem fraca; a 28 vamos à Sérvia - com alguns pontos. Dois vitórias são cruciais para um passo gigantesco rumo à Qualificação. Uma vitória e um empate fora de portas será bom em função do jogo sérvio. Esperemos então até Março.

Convocatória Sui-Generis

O nosso selecionador aproveitou esta convocatória sui-generis para fazer alguma renovação e gestão de esforço na Selecção. Na minha opinião fez bem e só tem um senão.

Porquê Sui-Generis? Porque a Liga Portuguesa foi das poucas a parar quando toda a Europa jogou neste fim de semana. Assim, e porque só dura 30 semanas, pode dar descanso aos convocados oriundos de terras lusas. Fica a interrogação sobre a pausa de 17 de Dezembro a 14 de Janeiro e qual será a forma física dos clubes no recomeço. Ainda há que ter em conta quais serão as actividades a desenvolver nesse período de tempo.

Renovação e Gestão de Esforço por vários motivos. Mais uma vez chamou Quaresma. Vamos ver se é para ficar. Chamou finalmente Tonel, que já merecia há muito o banco dos suplentes. Chamou outros valores que lhe permitem pelo menos observar com quem pode contar. Mas porquê renovação e gestão de esforço? Porque Nuno Valente pode ter tudo mas não tem velocidade - factor crítico de sucesso no futebol moderno e para mais na sua posição. O mesmo se pode dizer relativamente a Costinha. Apesar da sua posição ser mais "lenta", contra boa equipas também já é substituível. Maniche penso que se insere na gestão de esforço. Este elemento ainda tem muito para dar. Outros jogadores não vêm porque estão lesionados.

O Senão é a possibilidade do autocarro cazaque não ter brechas e marcar um golo em contra ataque. Caso tenha técnica para isso, o que não me parece...

PORTUGALzinho

Tal como o pai, Smolarek e os seus companheiros são demolidores

Um Portugalzinho com muita sorte perdeu só por 2-1 com a Polónia. O poderio físico do polacos, a sua disciplina táctica, a sua rapidez e a sua técnica form por demais evidentes. Para mim eles são a melhor selecção deste grupo. E bem distantes de qualquer outra.

A Portugal há que apontar a falta de imaginação e o facto de estar preso a um modelo de jogo que nestes casos pura e simplesmente não funciona. Deco esteve apagado e em baixo de forma. Nani fez a diferença... Maniche foi superior a Petit. As caracteristicas defensivas deste não tiveram nenhum efeito sobre o futebol defensivo dos prussianos. Sendo assim Maniche já deveria ter entrado há mais tempo. Ricardo Rocha foi capaz do melhor e do pior, como de costume... Para enfrentar selecções fortes há muito a corrigir.

Quanto às espectativas por baixo de Scolari serão uteis se estiver a fazer bluff. Caso contrário vai sempre aplicar-se-lhe a máxima - quem joga para o empate arrisca-se a perder. Se como os polacos um empate fora era bom com outras selecções do grupo nitidamente não é. Temos obrigação de fazer mais, mesmo gerindo esforços. Portanto há que fazer correcções quanto antes.

O Motor da Equipa

Mais que um líder, que às vezes ainda não é, Ronaldo foi o motor desta selecção que venceu o Azerbeijão no Bessa por 3-0. Resultado que peca por escasso, dada a fragilidade adversária, bem como a concentração de Portugal. Concentração essa que só se esfumou entre o minuto 45 e 60 e também nos minutos finais. Gostei de ver todos à excepção do pouco criativo Deco, do desenquadrado Nuno Gomes e do lento Nuno Valente.

Quanto aos azeris só há a dizer que procuraram perder por poucos e marcar um.

Quarta Feira temos a Polónia com o Kaz... do boavista e a sua velha raposa Leo Benhakker. Os polacos são fisicamente fortes e o holandês não brinca em serviço. Um pontinho da Prússia era bom...

Empate Premonitório

O empate acima registado demonstra uma nova realidade do futebol português e europeu. Quanto à Selecção há novos e bons valores a surgir. Mas não é com um amigável que se ganha os mecanismos necessários e que se colmatam algumas ausências. Só não gostei de Ricardo Costa. Aliás, pode ter atitude mas tecnicamente e fisicamente parece-me que há melhor - por exemlo Tonel. Os outros souberam bem o que fazer face ao adversário filandês. Com o passar do tempo penso que conseguiremos o apuramento.

Adversário este que faz parte da nova vaga de selecções de qualidade média. Esta aproveita bem os valores que jogam noutros campeonatos e aproveita bem as capacidades físicas e técnicas dos seus jogadores. Têm açgumas e boas a par de outras menos boas ou inexistentes. Mas o aproveitamento do que têm a par da excelente cultura e posicionamento táctico renderam-lhes um empate face ao vice-campeão europeu. No meu entender cada vez mais aparecerão selecções com esta postura a dificultar a vida às melhores selecções.

Selecção Verde

Tivemos a oportunidade de assistir à primeira derrota da Selecção A frente à Dinamarca por 4-2. Vários titulares não jogaram, várias foram as substituições feitas, o jogo era um teste para vários jogadores e entrosamentos.

O resultado não foi positivo. Mas esse não era o objectivo principal. A ideia era Scolari ver com o que pode contar nos próximos dois anos em termos de banco para colmatar as vagas deixadas por Figo e por Pauleta.

Vai ser difícil substituir o carisma de Figo e a sua influência na equipa. A influência será mais rapidamente substituida. Quanto a Pauleta fui da opinião que Nuno Gomes deveria tê-lo substituído em certos e determinados jogos e situações. Um exemplo? Frente à França Nuno Gomes criaria mais espaços. Mas ontem o que é que vimos? Que se Pauleta tivesse jogado nunca estaria tantas vezes em fora de jogo como Nuno Gomes. Uma situação a corrigir.

Quanto ao banco ele está verde. Nani, João Moutinho e Carlos Martins são, para já bons suplentes. Verde também está o entrosamento entre alguns jogadores e sectores. A defesa ficou demasiado estática nalguns golos. Outra situação a corrigir.

Penso que Portugal chegará à Austria e à Suiça. Penso que para já o primeiro lugar é um muro para a Selecção e não um objectivo atingível facilmente. Será o objectivo último mas as circunstâncias, apesar de nos darem um capital de esperança são outras. No entanto é de elogiar mais uma mudança de mentalidade - a superação do último objectivo atingido é de louvar. Assim será mais fácil lá chegar! Há que acreditar e manter a mentalidade que aqui "solicitei" para o Mundial de 2006 e que foi correspondida na integra pelos nossos jogadores e técnicos.

NDR - Quanto ao Imbróglio Mateus brevemente falarei sobre ele e a minha opinião vai no mesmo caminho da opinião do Pedro Vieira, a quem desde já agradeço "mais uma época" connosco.