terça-feira, junho 27, 2006

A propósito da arbitragem neste Mundial - 2006

Escreveu e a meu ver correctamente, o árbitro internacional Pedro Proença no jornal “Record” de ontem de que a pressão exercida pela FIFA junto dos árbitros presentes no Mundial da Alemanha, no sentido de estes serem bastante rigorosos e objectivos na aplicação das leis do jogo, teve como consequência imediata o aumento das sanções disciplinares e a natural amostragem dos respectivos cartões amarelos e vermelhos. Não havia outra saída para a arbitragem senão a expulsão dos jogadores.

Paralelamente, em aparente dissonância, o presidente da FIFA Sr. Josef Blatter e a propósito da arbitragem do jogo dos oitavos-de-final disputado entre Portugal e a Holanda – em 25 faltas foram sancionadas 19 com os respectivos cartões amarelos – veio dizer, logo a seguir a ter terminado o jogo, que o árbitro não tinha estado à altura do jogo e dos respectivos jogadores.
O Sr. Blatter, que recentemente também disse que seria de novo candidato à presidência da FIFA, teve a noção de que o espectáculo tinha sido fortemente prejudicado, por isso veio a público de imediato tentar corrigir a situação criando para o efeito o seu “bode expiatório”.
Aliás, veio agora também a público que o árbitro em causa era um dos candidatos possíveis para dirigir o jogo da final.

Com estas atitudes associadas ao facto de os árbitros presentes - que ostentam, quando actuam, as insígnias do organismo máximo que dirige o futebol mundial – serem pagos principescamente, a FIFA veio mostrar, a quem quer ver, que controla e manipula a seu belo prazer os árbitros.

É por esta e por (muitas) outras razões que se torna urgente tomar medidas que credibilizem o futebol e as suas estruturas representativas a nível internacional, de maneira a que esta importante e próspera indústria seja transparente e credível neste exigente processo de globalização em que, todos, estamos obrigatoriamente envolvidos.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

domingo, junho 25, 2006

Mundial 2006 Holanda 0 - Portugal 1

Quartos-de-Final aqui estamos nós!!!
Num jogo já considerado o mais indisciplinado de sempre dos mundiais (16 cartões mostrados mostrados e 4 vermelhos) Portugal deu uma lição de união de grupo e paciencia a uma agerrida e forte laranjada Holandesa.
O jogo até nem foi violento o arbitro é que mostrou muitos cartões. No entanto e na realidade face ao que se tem visto neste mundial não posso dizer que tenham existido cartões mal mostrados.
Jogaram:
Ricardo - Boa exibição. Foi intransponivel que de longe quer dentro da area. Sempre uma voz de comando na sua defesa;
Miguel - Grande jogo. Não deu espaços a Robben. Acabou o jogo exausto mas com a missão cumprida;
Nuno Valente - Teve muitos problemas com Van Persie. Perdeu alguns lances. para mim a pior exibição da selecção;
Fernando Meira - Foi fantastico. Subiu muito de rendimento. Ganhou muitos lances quer por ar quer pelo chão;
Ricardo Carvalho - A dupla de centrais funcionou empleno. Tambem uma grande exibição. Impecavel na marcação e na antecipação;
Costinha - Veio ao de cima toda a má forma deste jogador. Duas faltas infantis e dois amarelos bem mostrados. Expulso e bem expulso obrigou os colegas a trabalho extra;
Maniche - Decisivo. Marcou mais uma vez aos holandeses. Jogou muito bem quando foi necessário tocar a reunir. Acabou exausto;
Deco - Estava tambem a rubricar uma valente exibição quando resolveu bloquear uma falta. Viu o segundo amarelo, talvez exagerado é certo mas neste mundial os arbitros não tem perdoado estas situações;
Figo - Grande Grande Grande Figo. É a alma e o coração da equipa. Esteve em grande;
Pauleta - Não tem tido sorte nas oportunidades que teve. Saiu ao intervalo por necessidade tactica;
Ronaldo - Terá sido vitima do descambar do jogo. Foi brutalmente atingido na coxa tendo o seu adversário apenas visto o amarelo. Obrigado a sair aos 34'.
Jogaram ainda:
Simão - Grande exibição. Fez de tudo um pouco. Substituiu Ronado, depois foi para ponta de lança e acabou no meio campo. Bom jogo;
Petit - Fez esquecer Costinha. Entrou para o lugar de Pauleta ao intervalo. Levou a equipa às costas com o seu crer e garra;
Tiago - Para o lugar de Figo. Valeu para ajudar a expulsar Van Bronckhorst aos 94'
Nota final - Assim vale a pena sofrer por esta equipa. Aguerrida e batalhadora. Todos foram 'Valentes e Imortais'. Para recordar. Venha a Inglaterra...

Jogo de Mata Mata

É só para dizer que estou vivo. Não sofri nenhum ataque de coração e assisti a um jogo de mata mata.

Telegramaticamente é este o meu comentário a este jogo onde há ainda a realçar:
  • que os portugueses deram "o garrafão" (5 litros) para que ganhassem o jogo;
  • a falta de imaginação e grosseira falta de fair play dos holandeses quando viram que Portugal estava muito bem estruturado - por exemplo o jogador que lesionou Cristiano Ronaldo;
  • a falta de pulso do árbitro russo, que no aspecto disciplinar está para a arbitragem como os Ladas para a indústria automobilística;
  • a abnegação dos adeptos portugueses presentes em Nuremberga que cantaram e puxaram pela Selecção até ao minuto 96;
  • a excelente motivação e o magnífico espírito de grupo e de entre-ajuda dos lusos;
  • a inteligência futebolística do selecionador nacional;
  • os escolhidos por Scolari que mostram que sabem jogar à bola apesar de não terem ritmo e não serem os melhores jogadores da liga portuguesa.

Apesar de dois elementos fundamentais de Portugal não jogarem Sábado eu acredito. E acredito mais do que acreditava antes das 20 horas.

sexta-feira, junho 23, 2006

Em directo, no bar do Paulo China...

... foi onde eu vi o Portugal México. As férias assim o permitiram. A equipa não me convenceu muito mas cumpriu os mínimos obrigatórios, o que também fez face a Angola. Com o Irão pareceu-me que jogamos bem. Se tivessemos marcado mais um não tinha ficado mal.
Relativamente aos três jogos da fase inicial Já os meus colegas de blog disseram o que tinha a dizer e eu assino por baixo. Relativamente à atitude dos adeptos em geral também eu já disse a minha opinião no texto "Euforia e Esperança".
Pena foi ter visto um adepto daqueles que já não se usam. Não torcia pela Selecção. Torcia para que o extremo do seu clube, que, por sinal, jogou bem, resolvesse tudo e mais alguma coisa que jogasse por todos. Depois delirou com o apagamento do nosso ponta de lança e com o facto do ponta de lança do seu clube o ter substituído. Meu Deus! Que atitude tão atávica, tão mixuruca! E eu que pensava que já não havia disto. Desde que se criou uma claque da Selecção ou então desde que Scolari juntou um País à volta da sua equipa nacional em que o todo é muito superior à soma das partes...

quinta-feira, junho 22, 2006

CAFÚ e o Jardim de Celeste

Cafú, Brasileiro e Paulista de nascimento (3 de Junho de 1970), como muitas dezenas de milhões de meninos daquele país nasceu pobre e numa favela, mais propriamente num bairro de seu nome Jardim de Irene.

Hoje com 36 anos de idade conseguiu aquilo que muitos querem e só poucos conseguem, ser rico e famoso.

Estamos a escrever sobre o capitão da selecção do Brasil, titular indiscutível, sendo esta a sua terceira participação numa fase final do Campeonato do Mundo de Futebol, jogador igualmente indiscutível no campeonato italiano. Estamos perante uma individualidade futebolística conhecida e estimada na Europa e na América Latina.

Tem outra particularidade – talvez a mais importante - não se esqueceu das suas origens. Quando pode vai ao bairro que o viu nascer e ser menino e procura saber dos seus amigos, para ele é uma enorme tristeza inteirar-se que muitos deles estão presos ou então, muito pior, que morreram.

Como é um ganhador, por princípio, interiorizou que os bons resultados alcançam-se com a quantidade e qualidade do trabalho desenvolvido, sendo este também, normalmente, fruto do desempenho individual dos seus intervenientes directos, do seu espírito de equipa, solidez, disciplina e organização competitiva emprestada.
E sabe, porque aprendeu, que tudo se facilita com muita educação e formação cívica.
Por isso criou uma fundação com o seu nome, onde cerca de 350 crianças, que vivem no seu bairro de nascimento, aprendem inglês, computadores, educação cívica e prática desportiva.

Para todos nós é um grande capitão, tornou-se num símbolo e exemplo da grandeza do futebol e dos interesses e valores que lhes estão superiormente associados.
Por isso qualquer criança de um “qualquer” Jardim de Irene terá sempre respeito e orgulho em Cafú.


Nota: Sobre o Campeonato do Mundo de Futebol – apenas um comentário – ganhámos merecidamente os três jogos e portanto justificámos o primeiro lugar no grupo. Verdadeiramente só agora é que o campeonato vai começar.
O seleccionador Scolari provou até à saciedade que tinha razão, fundamentalmente porque demonstrou que os seus detractores são profundamente ignorantes ao esquecerem que este grupo de 23 rapazes, maioritariamente, não residem – normalmente – em Portugal e, também, por isso são os melhores e os mais bem preparados
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Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

quarta-feira, junho 21, 2006

Mundial 2006 Portugal 2 - Mexico 1

Limpamos o nosso grupo!!!
Tivemos atitude mas esperava um pouco mais apartir do momento que ganhamos superioridade numerica, mas o fisico continua em baixo. Vale para a historia esta vitoria!

Jogaram:
Ricardo - Sofreu o seu primeiro golo por lapso de treino. Não encostar jogadores aos postes nos cantos dá cada vez mais nisto, sofrer golos escusados. De resto esteve bem;
Miguel - Estava a ser um dos melhores quando acidentalmente fez um penalty (que não foi convertido) e apartir daí perdeu a cabeça e teve de ser substituido;
Caneira - Parece ser sina dos laterais esquerdos. Bem a defender, não acompanhou Simão no ataque;
Ricardo Carvalho - Não esteve no seu melhor mas não sabe jogar mal;
F. Meira - Continua a não me convencer. Parece ser o elo mais fraco da equipa;
Petit - Bom jogo. Correu muito e ainda rematou umas vezes ao golo;
Maniche - Boa primeira parte, com a marcação de um bom golo, depois as deficiencias fisicas vieram à tona e o meio campo de Portugal perdeu com isso;
Tiago - Tambem não me parece estar a render o que sabe. Está a jogar fora do lugar nas não justifica tudo;
Figo - Continua em grande. Acartou com a equipa para contra-ataques rapidissimos. O elo mais forte sem duvida;
Simão - Gostei. Hoje um bom jogo. Jogou para o colectivo e sacou uma boa exibição. Marcou o segundo golo de penalty;
Postiga - Jogar com ele ou com um objecto qualquer é igual. Para mim sem espaço nestes 23 jogadores, é um logro apesar de por vezes se enganar...

Jogaram ainda:
Paulo Ferreira - para o lugar de Miguel. Para acalmar a defesa, penso que ajudou;
Nuno Gomes - para o lugar de Postiga. Entrou e criou espaços. Se calhar devia ter sido titular;
Boa Morte - para o lugar de Figo. Disparatado. Quis mostrar muito e não conseguiu nada.

Nota final - ganhamos a uma equipa com muita estaleca. Acho que tivemos sorte mas tambem a procuramos. Vamos descançar porque temos de recuperar fisicamente para Domingo nos oitavos-de-final.

domingo, junho 18, 2006

Mundial 2006 Irão 0 - Portugal 2

Passagem assegurada aos oitavos de final.
Um jogo bom da selecção mostrou que efectivamente só encarando os adversários de forma séria é que se conseguem bons resultados.
Jogaram:
Ricardo - Sempre seguro mesmo tendo muito pouco trabalho;
Miguel - Subiu mais que no último jogo talvez devido um pouco às fraquezas do adversário na sua lateral;
Nuno Valente - Voltou a ser mais cauteloso que Miguel. Talvez pior fisicamente mas soube poupar-se;
Ricardo Carvalho - Voz de comando da defesa. Esteve bem;
Meira - Ouviu a voz de comando e soube estar;
Costinha - Organizador. Pautou o jogo da selecção. Para mim uma boa exibição:
Maniche - Não conseguiu que o seu remate aparecesse, mas cumpriu;
Deco - O homem do jogo. Apareceu para jogar e fazer jogar. Fez um golão;
Figo - Tambem está num bom momento. Autor de muito jogo de ataque. Criou o segundo golo;
C. Ronaldo - Cheio de fintinhas. Demasiado desperdicio de jogo. A rever a sua postura em campo;
Pauleta - Muito marcado. Jogou no vazio e não teve grandes oportunidades de jogo.
Jogaram ainda:
Tiago - no lugar de Deco. Para a poupança deste. Cumpriu;
Petit - no lugar de Maniche. Para segurar o meio campo. Esteve bem;
Simão - no lugar de Figo. Sem tempo.
Nota Final - Estudamos bem o adversário. E soubemos aproveitar as suas fraquezas. Vamos descansados para o jogo 3.

segunda-feira, junho 12, 2006

Mundial 2006 Portugal 1 - Angola 0

Passamos ao lado de um resultado expressivo para uma exibição muito mediocre.

Na estreia de Portugal no Alemanha06' fizemos um joguito mau, desgarrado e com indices de deficit fisico alarmantes em alguns jogadores. Salvou-se o resultado que até poderia ter sido outro face à fraca produção da selecção angolana.

Jogaram:
Ricardo - Cumpriu bem a sua missão quando a foi chamado a tal;
Miguel - Muito preso tacticamente. Devia ter arriscado mais o ataque;
F. Meira - Não acho que esteja minimamente entrosado com o R. Carvalho. Grande termideira (desnecessária) quando recebia a bola. Um merito não arriscou minimamente jogou sempre pelo seguro;
R. Carvalho - Sentiu a falta do seu 'eterno' colega de defesa. Mostrou-se pouco rotinado com Meira, no entanto o trabalho não foi muito;
Nuno Valente - O que teve mais trabalho na selecção atéporque do seu flanco apareceu Zé Kalanga o mais perigoso e habilidoso jogador angolano. Mostrou-se mal fisicamente já que não apareceu no ataque. Ganhou os seus duelos graças ao posicionamento que tem em campo e há falta de experiencia do seu oponente;
Petit - Apesar de tudo gostei do seu jogo. Esforçado. Deu consistencia ao meio campo saiu aos 72' provavelmente esgotado;
Tiago - A surpresa no onze. Não foi o jogador da diferença e não fez esquecer Deco. Andou um bocado perdido em campo especialmente na segunda parte;
Simão - Nada lhe saiu bem. Não gostei particularmente do seu jogo. Não ganhou um duelo um-para-um, e os remates para a baliza sairam sempre mal;
C. Ronaldo - FIntinhas e mais fintinhas e toques atisticos inconsequentes na bola foram mais do que muitos. Mesmo assim numa má exibição ainda teve tempo de atirar uma bola ao barrote. Saiu porque Scolari devia estar farto de tanta improdutividade;
Figo - Foi o melhor em campo. Tentou pegar no jogo da equipa pena que os companheiros estivessem em dia de desacerto. De longe o melhor que fisica quer psicologicamente;
Pauleta - Passou ao lado de uma noite historica. Falhou o que seria provavelmente o mais rápido golo num mundial aos 13 segundos. Depois marcou cedo e nunca mais consegiu fugir ao seu marcador.
Jogaram ainda:
Costinha - No lugar de Ronaldo. Tentou dar ordem ao meio campo, mas tambem o seu ritmo de jogo não é o melhor;
Maniche - No lugar de Petit. Para refrescar. Ficou na retina o seu remate aos 90 min que quase deu golo;
Hugo Viana - No lugar de Tiago. Sem tempo para algo digno de registo.

Nota Final - Ficou o resultado. Atenção aos indices fisicos. O proximo jogo é contra uma equipa que corre muito...

1º Jogo de Portugal - (Mundial - 2006)

Há uns anos, em 1993 ou 1994, tive o privilégio de ouvir uma entrevista numa rádio espanhola a uma individualidade política sobre o fenómeno económico, social e cultural ligado à imigração no país vizinho. Dizia ela, entre outras coisas,... que considerava excepcional viver-se num país onde a coabitação de diferentes culturas eram um factor de desenvolvimento e progresso. Estávamos, é um facto, no auge daquilo a que se convencionou chamar o Estado Social, em que as políticas públicas essenciais ao exercício da cidadania de um estado democrático de direito eram de todos e para todos. Acreditávamos que os homens e as suas acções eram o veículo essencial do progresso e da integração, independentemente das suas diferenças e origens.

Vem isto a propósito da nossa participação nesta edição do Campeonato do Mundo de Futebol de 2006 que se realiza na Alemanha. Calhou-nos um grupo do qual, além de nós, fazem parte o México, Irão e Angola. O nosso primeiro jogo é justamente com Angola, o qual tem criado e suscitado um conjunto de opiniões e sentimentos negativos e só justificáveis pela nossa atávica falta de confiança e de bom senso.

Com sabemos vivemos num tempo de globalização em que o futebol, como actividade, se integra, em 1º lugar no sistema desportivo e comunitário a que pertence, em 2º lugar na economia e no desenvolvimento do meio de que faz parte e finalmente, e em 3º lugar num espaço global e no seu concomitante desenvolvimento económico e social.
Estamos, portanto, num Tempo de Integração, em que o desenvolvimento económico, social e cultural depende também muito das nossas competências individuais.
Os Alemães compreenderam isto há muito tempo. Compreenderam que para serem fortes necessitavam de uma EU pujante, por isso eles são o motor económico dessa União.
Mas eles também sabem que para isso ser possível necessitam de parceiros individualmente e igualmente fortes, com níveis prestativos elevados.

Indo à questão deste Campeonato do Mundo, e tendo como exemplo a Alemanha, sabemos que o futuro Campeão do Mundo terá que ser muito forte, terão que ser os melhores.
Sabemos também que para que o Campeonato seja um êxito (económica. social e desportivo), necessita que todas as selecções tenham níveis prestativos igualmente elevados.
Ao dizermos isto estamos a pensar globalmente e de forma integrada. E nestas condições, é certo, que o resultado final será sempre superior à soma das partes.

O jogo de hoje, estamos a 35 minutos do seu início, é apenas mais um jogo, apenas isso. Tem de facto uma particularidade importante – é falado e jogado em português, por dois países, soberanos, que também fazem parte de uma comunidade própria, a CPLP.
O Estádio da bonita e importante cidade de Colónia estará cheio de um publico, maioritariamente, luso – falante, um público preparado para pensar e agir globalmente, não fossem eles, na sua quase totalidade, distintos imigrantes portugueses, primeiras e segundas gerações a trabalhar na Alemanha consecutivamente há cerca de 40 anos.

Voltando à primeira parte deste artigo e olhando para o interior da nossa selecção (equipa técnica e jogadores), julgamos estar no bom caminho e esse é, obrigatoriamente, de excelência e de qualidade.

Felicidades para a nossa selecção.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

quarta-feira, junho 07, 2006

Euforia e Esperança

Relativamente ao Mundial de 2006 e em concreto à equipa das Quinas tenho a dizer que me parece tudo bem. Sim. Scolari tem os seus metódos e disciplina de trabalho que eu admiro. Escolhe os jogadores que quer e é responsável pelas suas escolhas. Há quatro anos não levou Romário ao Mundial. Um País que tem seis jogadores de classe mundial e só pode levar três para aquela(s) posição(ões) tem que tirar três... Teve sucesso. Mesmo que não tivesse foi uma pessoa assertiva nas escolas que fez. No entanto, voltando à actualidade e a Portugal digo que há:
  1. Euforia - Provocada pela motivação e união à volta da Selecção e dos simbolos nacionais. Mas também pelos resultados do Euro 2004. Resultados fruto de uma equipa cuja espinha dorsal se mantém. Ora a euforia gera desconcetração e esta pode gerar erros e falsas espectativas.
  2. Esperança excessiva - Portugal tem uma boa equipa, é bem liderado, etc, etc, etc... Mas há que reter o seguinte:
  • os grandes são sempre grandes;
  • quem joga em casa joga em casa;
  • quase todas as selecções que vão à Alemanha têm jogadores em campeonatos europeus, isto é, experiência e sabedoria;
  • uma boa parte dos selecionadores dos país não europeus é europeu - mais experiência e sabedoria.

Assim o que se pode dizer para quem quer uma final do Mundial? Por exemplo, cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém ou homem previnido vale por dois... É claro que Portugal pode chegar à final e ganhar. Mas para isso é preciso suar muito e ter sorte.

Reparemos que se passarmos a primeira fase, onde há um Irão que não é só nome futebolístico, provavelemente defrontaremos uma Argentina ou uma Holanda. Ambas têm bom jogadores e boas equipas. O jogo poder-se-á decidir num lance fortuito como o golo de Costinha em Manchester em 2004 no último minuto para a Liga dos Campeões. E se passarmos estes depois virão outros. Se perdermos por azar, não há que recriminar ninguém. O que há aqui a reter é o facto que todos dare os seus máximos. Se assim for não culpo ninguém.

Mas para concluir quando os grandes do Mundo se defrontam um tem de perder. Não é por isso que deixa de ser grande. Façamos então que Portugal seja grande mas com os pés assentes na terra!

segunda-feira, junho 05, 2006

HOLANDA CAMPEÃ EUROPEIA DE SUB - 21

Terminou ontem na cidade do Porto no bonito e cheio Estádio do Bessa (cerca de 35.000 pessoas) o Europeu SUB – 21 – vitória indiscutível da jovem “laranja mecânica” por 3 – 0 frente à Ucrânia.

Considerado o mais bem organizado e participado Campeonato da Europa na categoria, facto que prestigiou o país futebolístico, encontrou um vencedor de alguma forma inesperado o que também veio dar algum ânimo ao desiludido e pálido adepto português.

Curiosidade constatada foi a de o publico presente, na sua maioria, ser afecto á Ucrânia. A justificação encontra-se no facto de os ucranianos serem hoje em Portugal a terceira força imigrante mais numerosa. Como teria sido importante para eles a sua selecção ter vencido …

Voltando á nossa selecção e ao manifesto insucesso alcançado, lembramos que nestas circunstâncias é sempre importante efectuar um Balanço critico e justo. Escrevemos aqui, neste sítio, ser importante chegar a algumas conclusões, designadamente justificativas: a) da falta de respeito manifestada; b) da falta de responsabilidade evidenciada; c) da falta de personalidade e competência critica manifestada pelo treinador português (Agostinho Oliveira).

È também importante apurar responsabilidades e imputá-las a quem de direito.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

sexta-feira, junho 02, 2006

Fogo de Leão - VideoClip

AQUI está o LINK para o Hino do Centenário - Fogo de Leão dos Delfins. Temos imagens dos momentos mais emocionantes da grandiosa e gloriosa história do nosso Sporting Clube de Portugal. Sporting este, que, tal como disse o nosso fundador, é um clube tão grande como os maiores da Europa. E todos sabemos que os maiores e mais ecléticos clubes do mundo estão na Europa...