quarta-feira, junho 07, 2006

Euforia e Esperança

Relativamente ao Mundial de 2006 e em concreto à equipa das Quinas tenho a dizer que me parece tudo bem. Sim. Scolari tem os seus metódos e disciplina de trabalho que eu admiro. Escolhe os jogadores que quer e é responsável pelas suas escolhas. Há quatro anos não levou Romário ao Mundial. Um País que tem seis jogadores de classe mundial e só pode levar três para aquela(s) posição(ões) tem que tirar três... Teve sucesso. Mesmo que não tivesse foi uma pessoa assertiva nas escolas que fez. No entanto, voltando à actualidade e a Portugal digo que há:
  1. Euforia - Provocada pela motivação e união à volta da Selecção e dos simbolos nacionais. Mas também pelos resultados do Euro 2004. Resultados fruto de uma equipa cuja espinha dorsal se mantém. Ora a euforia gera desconcetração e esta pode gerar erros e falsas espectativas.
  2. Esperança excessiva - Portugal tem uma boa equipa, é bem liderado, etc, etc, etc... Mas há que reter o seguinte:
  • os grandes são sempre grandes;
  • quem joga em casa joga em casa;
  • quase todas as selecções que vão à Alemanha têm jogadores em campeonatos europeus, isto é, experiência e sabedoria;
  • uma boa parte dos selecionadores dos país não europeus é europeu - mais experiência e sabedoria.

Assim o que se pode dizer para quem quer uma final do Mundial? Por exemplo, cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém ou homem previnido vale por dois... É claro que Portugal pode chegar à final e ganhar. Mas para isso é preciso suar muito e ter sorte.

Reparemos que se passarmos a primeira fase, onde há um Irão que não é só nome futebolístico, provavelemente defrontaremos uma Argentina ou uma Holanda. Ambas têm bom jogadores e boas equipas. O jogo poder-se-á decidir num lance fortuito como o golo de Costinha em Manchester em 2004 no último minuto para a Liga dos Campeões. E se passarmos estes depois virão outros. Se perdermos por azar, não há que recriminar ninguém. O que há aqui a reter é o facto que todos dare os seus máximos. Se assim for não culpo ninguém.

Mas para concluir quando os grandes do Mundo se defrontam um tem de perder. Não é por isso que deixa de ser grande. Façamos então que Portugal seja grande mas com os pés assentes na terra!