Numa final repetida (em 2005 o Liverpool bateu o AC Milan nos penalties depois de estar a perder por 3-0) quem melhor domina um futebol que se baseia no estudo do adversário e dos seus erros ganhou. Foi o AC Milan por 2-1.
No futebol mundial não há que bata as equipas italianas neste tipo de jogo. O "ficar atrás" à espera do erro adversário é tipicamente karaté, uma arte marcial em que as nossas forças são as forças do adversário. O estudo prolongado acaba por ser xadrez futebolístico. Os estrangeiros no Milan só singram se assimilarem esta cultura futebolísitca. Já desde há muito tempo, quando grandes equipas se encontram, e quando está muito em jogo, é isto que acontece. Em Itália quem faz isto com frieza é sem dúvida o AC Milan.
De Inglaterra veio a equipa mais espanhola que joga fora da Ibéria de Juan Carlos - o Liverpool. Esta equipa está talhada, tal como outras espanholas, para as cometições europeias. Neste domínio dá cartas e chega em dois anos à segunda final da Liga dos Campeões. A nível interno, por incapacidade de adaptação ao futebol inglês ou porque abdica da conquista da Premiership, limita-se a qualificar-se para a Champions League.
O embate resumiu-se ao domínio inglês, ao controlo italiano, ao estudo mútuo e a mais três situações.
- Cheque - Primeiro Golo do AC Milan. Marcar o primeiro golo no fim da primeira parte obriga sempre o adversário a abrir o jogo. Foi o que aconteceu apesar de ter sido uma abertura controlada;
- Chequemate - Segundo Golo do AC Milan. Depois de muito estudar, o Milan descobriu a segunda agulha naquele palheiro. Foi por linhas muito estreitas que a bola chegou à baliza;
- Golo do Liverpool - O Milan não iria errar outra vez em tão pouco espaço de tempo. Assim aconteceu apesar de demonstrar o querer da equipa hispano-inglesa de Rafa Benitez.
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