O Benfica não ganhou nem o Campeonato nem a Taça de Portugal nem, imagine-se, quer a Liga dos Campeões quer a Taça UEFA. De facto, se as duas primeiras provas seriam dificeis mas alcançáveis, as duas segundas eram objectivos lunáticos. Mas Luís Filipe Vieira acretava na sua conquista. Só por milagre.
Não obstante, o Benfica fez uma meritória carreira europeia. Saindo da Liga dos Campeões, cuja análise aqui fica, foi para a Taça UEFA (ler aqui) onde chegou aos quartos de final. Se o plantel não fosse tão curto em quantidade e qualidade a chegada à final seria uma bela possibilidade.
No campeonato vimos um Benfica assolado por lesões dos seus elementos mais preponderantes e também a habitual dificuldade de transposição de jogo defesa ataque e vice versa. Sem Luisão a comandar do alto da defesa a equipa não teve grandes horizontes. Foi alvo bem sucedido de clubes de dimensão média - Braga e Boavista. Com mais alguns pontos perdidos ficou em 3º lugar. Apesar de tudo ficou a dois pontos do campeão quando chegou a estar a sete e foi o que mais viajou pela Europa.
Saiu cedo da Taça derrotado pelo benfiquista Diamantino. Este não foi de modas e o seu Varzim foi um esquadrão de voo picado e eficaz sobre a águia.Para o ano temos mais Taça, Taças em Stéreo.
Os jogadores mais em evidência foram Luisão, Petit, Simaõ e Micolli. O primeiro foi o Almirante defensivo. O segundo deu menos porrada e foi mais inteligente. Como exemplo temos o golo marcado ao PSG. Simão demonstrou o seu futebol sem promessas de saída para onde nem ele próprio sabe se quer ir. Micolli foi a raça benfiquista. Lutou, fez lutar, não virou a cara à luta e marcou com vontade, gosto e motivando os espectadores encarnados. O sector mais qualificado e regular foi a defesa "trabalhadora".
Fernando Santos teve os seus habituais discursos redondos. É uma pessoa educada que teve que rodar um plantel para gerir o seu esforço. Fez isto na medida do possível. Não se lhe pode pedir mais. Sem ovos nem o espectador frequente Eriksson faria omoletas. O que não é compreensível é como o maior clubes português não consiga reunir, junto dos seus adeptos e sócios em número recordista, os fundos mecessários para comprar mais ovos.
Luís Filipe Vieira esteve igual a si próprio. Sem comentários.
domingo, maio 27, 2007
Benfica
Publicada por António Gouveia à(s) 12:29
Etiquetas: AG, Benfica, Época 2006/2007
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