A situação patrimonial do Sporting representa para mim um dilema. O Sporting tem encargos financeiros excessivos que em parte se devem à construção de património imobiliário cuja utilização não faz parte do core business de um clube de futebol - clínicas médicas, centros comerciais e sociedade de arrendamento urbano. Além do mais estas actividades não são proveitosas para o grémio de Alvalade. É então lógico alienar este patrimínio e coma o encaixe financeiro amortizar dívida bancária.
Só que há que pensar o seguinte - vender o edifício Visconde de Alvalade em propriedade horizontal não penalizador para o Sporting. Mas vender uma Clínica CUF que fica sob a bancada sul ou uma Alvaláxia que fica sob uma bancada nascente não parece lógico. Se um dia o Sporting quiser fazer a este Estádio o que fez com o anterior? Terá que solicitar junto dos seus co-condóminos a destruição de todo o edifício? Aborrecido e complicado. Como também é a falta de capacidade de análise financeira por parte de que delinoeu este projecto imobiliário bem como os moldes em que se concretizou - CUF e Alvaláxia como atrás foi referido.
Nota final - Dias da Cunha deveria olhar para o que fez no passado e se o que fez, a par com outros membros da actual Direcção e outros demissionários não condicionaram as decisões que ontem foram vetadas em Assembleia Geral. Triste situação, que de Século XXI e de gestão profissional, de uma actividade ainda que incerta, não têm nada!
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