quinta-feira, novembro 22, 2007

Em defesa de Scolari

Na conferência de imprensa de ontem sucederam-se os seguintes factos aqui relatados no site Mais Futebol com certa animosidade face ao Seleccionador Nacional, Luís Filipe Scolari.

Scolari Festeja como se fosse português

«Jogar no porto foi ruim? Porquê? Será que não é possível ver algo de bom ou só há porcaria? O que é que Portugal precisa mais?», começou por dizer, já depois de ter dito que ficou muito satisfeito por ficar em segundo lugar, porque ficou «com uma das vagas para o Euro».

A certo ponto sentiu-se que qualquer pergunta levantaria poeira. Seguinte: «Foram os 90 minutos mais difíceis da sua carreira?». Claro que não, o que é que Finlândia fez para ganhar? Deveriam era perguntar ao treinador da Finlândia isso mesmo. Faço por Portugal o que nunca fiz no Brasil. O burro sou eu, o péssimo treinador sou eu? Se calhar os portugueses é que estão mal acostumados...»

Cresciam os pedidos de perguntas, por parte das dezenas de jornalistas presentes na sala, com sinais para o assessor, mas eis que chegou o momento do abandono. «Surgem os pedidos de perguntas, vamos à próxima», referiu o assessor; Scolari faz má cara, depois de ter ameaçado uma primeira vez que ia sair, «porque parece que está tudo mal», e acaba mesmo por se levantar, descer alguns dos degraus do palanque onde se encontrava para se refugiar no conforto do assessor pessoal e seu compatriota, Acaz Felleguer, que assistiu a tudo desde a terceira linha de cadeiras.

Perante estes factos apetece-me tecer os seguintes comentários em defesa do excelente profissional que é Luís Filipe Scolari e que eu também não tenho pejo e criticar quando é criticável. No jogo de ontem e no computo geral da Qualificação para o Euro 2008 só lhe falta um ponto para cumprir com o prometido. Pormenor de somenos dado que se qualificou.

  • Scolari não tinha que gostar de perguntas com segundo sentido que lhe foram colocadas tais como "Jogar no porto foi ruim?" ou "Foram os 90 minutos mais difíceis da sua carreira?".
  • Os jornalistas devem estar a pensar que estão a falar com o seleccionador anterior, o incompetente do Sr. António Oliveira ou outro incompetente qualquer.
  • Infelizmente Scolari saiu extemporaneamente da sala. Devia ter ignorado este amadores do jornalismo que já vêm na senda dos mesmos que lhe colocavam questões semelhantes durante o Euro 2004. Questões essas que deveriam ser colocadas por jornalistas estrangeiros.
  • O Apuramento foi difícil pois os nomes dos nossos adversários escondiam bom futebol pelo menos a nível defensivo.
  • Além do mais a Selecção teve que se renovar, ganhar novos entrosamentos e lutar contra várias lesões. Se antes o problema era a renovação não ser feita à pressa como certos jornalistas queriam agora é não saberem arcar com os aspectos negativos desta renovação. E diga-se que estes aspectos negativos foram minimizados o mais possível.
  • Se noutros jogos Portugal esteve mal neste só não teve a sorte de marcar um golo.
  • Mas como Scolari disse e bem, quem precisava de ganhar nada fez por isso. Sendo assim o apuramento é justíssimo.
  • Scolari teve que montar um novo grupo com o comboio em andamento. Agora há que estabilizá-lo. E que calar os profetas da desgraça. Pena é que estes profetas tenham irritado o Sargentão e assim dar-lhe motivos para se ir embora.