E o Porto lá ganhou o campeonato. No que respeita ao campeonato foi a equipa mais regular e a que melhores exibições fez. De facto tem uma série de bons executantes - Quaresma (formado nas nossas escolas), Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Hugo Almeida - são exemplos disto que falo. O nosso clube também foi regular a partir da entrada de Paulo Bento para o leme da equipa. Mas as exibições foram mais práticas, menos espectaculares. E até Paulo Bento chegar, impor a sua discplina, ordem táctica e motivação foi o que (não) se viu e oportunamente já se falou.
Houve arbitragens que beneficiaram o Porto, houve sim senhor. Quem não se lembra de, em 5 jogos César Peixoto fazer 5 penáltis? Mas este ano a má qualidade das arbitragens também beneficiou e prejudicou todos. Apesar do que já se disse àcerca do jogo decisivo Sporting - Porto - Condicionamneto disciplinar da equipa verde e branca.
Para além dos bons jogadores, dos quais mencionei quatro exemplos, há que salientar a figura que para mim soube - a nível interno - gerir um conjunto de bons executantes - Co Adriaanse. Digo a nível interno porque já escalpelizei as exibições europeu durante a sua ocorrência e logo após o seu término.
O treinador do FC Porto teve a coragem de excluir da equipa:
- Jorge Costa - ex-jogador, adepto, sócio e accionista do clube. Este não se encaixava no esquema táctico do holandês. A sua lentidão era gritante e exasperante.
- Vítor Baia - o jogador mais titulado do mundo deixou de ser uma "vaca sagrada" nas redes portistas. Helton é nitidamente melhor e a sua presença impõe respeito aos adversários e segurança à equipa. Quem me dera que Baia tivesse jogado em Alvalade...
- Diego - o "puto maravilha" faz dribles curtos mas depois... ou passa a bola ou não sabe o que fazer com ela. Ora com um esquema táctico que exige velocidade e retenção de bola à frente Diego não encaixa. Ainda lhe falta um bom bocado para chegar ao nível de Deco.
Teve a coragem de mudar de esquema táctico. Na defesa passou a jogar, por via de regra com três defesas. Quem se lembra disto nas Antas? Ninguém... Já para não falar no que resta das tácticas - ora 343 ora 334. Os adversários não precisavam de mais cautelas defensivas.
Há ainda que dizer que:
- Disciplinou a irreverência e a criatividade de Quaresma;
- Aproveitou a qualidade técnica de Lucho, mas integrado na equipa;
- Recuperou McCarthy depois dos seus amuos na tentativa de saída.
Resumindo e concluindo, de Adriaanse temos que dizer que foi disciplinador, fiel aos seus esquemas tácticos, responsável pelas exclusões que fez e motivador, encorajador, quase sempre presente. Há quem diga que fazia substituições tardias e quando as fazia. Mas se calhar não precisava de recuperar fisicamente jogadores e então preferia esgotar os melhores executantes.
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