Foi o antepenúltimo jogo da 28ª jornada da Bwin LIGA, jogou-se no Alvalade 21 e o SCP teve como adversário o Marítimo. Para os leões era fundamental ganhar. Os seus principais adversários a concorrerem para o 2º lugar, Guimarães e Benfica, tinham horas antes perdido e ganho. O Benfica, provisoriamente, tinha inclusive ultrapassado os seus vizinhos e rivais da segunda circular.
Aos dois minutos do jogo o Marítimo já ganhava. Golo marcado após um falhanço (mais um) do habitual guarda-redes do Sporting Rui Patrício. Um golo impensável de sofrer em alta competição. O estádio inteiro, cerca de 25 mil espectadores, protestaram e com toda a razão. À custa da teimosia de Paulo Bento, justamente na insistente utilização de Rui Patrício, o Sporting já perdeu esta época mais de uma dezena de pontos. Não ver que o Tiago – guarda-redes suplente – é superior ao actual titular é de difícil compreensão. Agora totalmente incompreensível e também de difícil aceitação é ter um guarda-redes disponível da categoria do internacional sérvio Stojkovic e não o utilizar.
A atitude de Bento só se compreende se existirem fortes razões para a não utilização do atleta sérvio as quais, a confirmarem-se, já deveriam ser do conhecimento público. Em alta competição são impensáveis estes comportamentos. Sinceramente chego a pensar se Paulo Bento tem alguma coisa contra Rui Patrício para fazê-lo passar por tamanho sacrifício. Será que o treinador do Sporting ainda não compreendeu que o jovem guarda-redes do Sporting é uma esperança e como tal precisa de ser convenientemente trabalhada para mais tarde ser cuidadosa e progressivamente integrada.
Enfim e por fim, valeu-nos a falta de atitude dos jogadores do Marítimo e a forte colaboração, em jeito de compensação, do seu guarda-redes. Tudo junto fez com que o Sporting alcançasse uma vitória que lhe permitiu ascender a um impensável – para muitos - segundo lugar.
Nota: Às tantas, e após a “chouriçada”, dei comigo, no meio da bancada, a gesticular e a berrar. Ao meu lado os meus amigos do ALVALAXIA devem ter pensado que alguma coisa se passava comigo. Nada, na verdade e de facto não se passava nada de importante que justificasse o comportamento. Por isso as minhas desculpas e já agora votos para que domingo, jogue quem jogar, o Sporting - vença - e reforce este seu 2º lugar.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
segunda-feira, abril 28, 2008
E, por fim o 2º lugar...
Publicada por Pedro Vieira à(s) 17:27 |
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Golos da Jornada 28
Sporting 2 - Marítimo 1
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Guimarães 0 - Porto 5
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Naval 1 - Boavista 0
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Leiria 1 - Leixões 3
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Nacional 0 - Académica 3
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Benfica 2 - Belenenses 0
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Braga 2 - Paços de Ferreira 1
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Publicada por António Gouveia à(s) 07:32 |
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domingo, abril 27, 2008
Sporting CP 2 - CS Maritimo 1
Do inferno aos céus foi apenas um pulinho!
Entramos logo a perder. Um erro crasso de Polga e Patrício no primeiro minuto de jogo deu avanço ao Maritimo. Depois conseguimos unir forças e empatar de penalty - coisa rara esta época - e depois num chouriço do outro mundo fez-se a justiça no placard com os 2-1.
Jogaram:
Rui Patrício - No sai não sai da baliza e acabou por comprometer a equipa nesse lance. Depois e com os gritos das bancadas de 'Stojkovic' serenou e acabou por esquecer o incidente. Nota 2;
Abel - Em plano razoável. Foi o jogador mais rematador do Sporting na primeira parte. Manteve a veia atacante no segundo tempo. Nota 3;
Grimi - Não esteve particularmente feliz na primeira parte. Não conseguiu enquadrar-se no jogo. O intervalo no entanto fez-lhe bem e apareceu em bom plano no segundo tempo, onde foi interveniente nas melhores jogadas de ataque da equipa. Nota 3;
Tonel - Tranquilo na sua exibição. Não se deixou afectar pelo golo sofrido e tentou sempre tranquilizar os colegas. A mensagem terá passado e permitiu a equipa ir em busca do resultado. Nota 3;
Polga - Que gafe. Logo no primeiro minuto dono do lance mediu mal a força com que passa ao guarda redes, quando poderia ter definido de outra forma o lance. Ficou afectado com este lance e nunca recuperou a 100% do acontecimento. Nota 2;
Veloso - Hoje foi patrão da equipa. Abanou com o lance do golo e tocou a reunir as tropas. Foi um dos principais culpados da reviravolta. Jogou muito e bem quer defensivamente quer a lançar a equipa para o ataque. Nota 4;
Moutinho - Foi o outro responsável da reviravolta. Fez das tripas coração. Correu e correu. Com muita oportunidade e sucesso. Empurrou os colegas para o ataque e serviu-os bem. Nota 4;
Izmaylov - Com os colegas em destaque o Russo não lhes ficou atrás. Foi mesmo para mim o mais regular da equipa. Jogou sempre ao primeiro toque com os colegas com desmarcações em alta velocidade. Andou à procura do golo mas aí não foi bem sucedido. Nota 4;
Romagnoli - Herói acidental. Transformou o penalty com muita tranquilidade e ofereceu o corpo para o ressalto do segundo golo. De resto agarrou-se demasiado à bola e assim o jogo não fluiu conforme desejado. Está longe dos jogos da época passada. Nota 2;
Djaló - Caiu no goto desde o jogo do Benfica, no entanto não está feliz. Falha muito o ultimo passe e assim a equipa perde jogo no ultimo terço de terreno. Não foi feliz. Nota 1;
Liedson - Lutou muito pelo resultado. No jogo aéreo não foi feliz já que as torres da Madeira não lhe deram chances em contra-ataque foi flecha apontada, mas nunca conseguiu criar real perigo. Nota 2.
Jogaram ainda:
Tiuí - Aos 45' no lugar de Djaló. Viu a equipa virar o jogo mas misteriosamente saiu aos 60'. Talvez lesão. Nota 1;
Vukcevic - Aos 60' no lugar de Tiuí. Fortaleceu o ataque e pôs em sentido a defesa adversária. Acabou por ser fundamental para a vitória da equipa. Nota 2;
Gladstone - Aos 80' no lugar do lesionado Liedson. Para garantir e defender o resultado. Nota 1.
Nota final - Chegamos ao segundo lugar. Faltam 2 jornadas para o fim e esperemos que a equipa se una e faça a figura que nos deve no próximo jogo. Vamos a Paços...
Publicada por Greenheart à(s) 22:53 |
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Mário Jardel
Está na lista dos nossos antigos jogadores. A sua primeira época foi divinal. A segunda foi o princípio de uma péssima fase que agora quer encerrar. Aqui fica o vídeo e o LINK para a notícia. Esperemos que o homem e o jogador se recuperem. Principalmente o homem e Pai.
BOA SORTE JARDEL!
Publicada por António Gouveia à(s) 18:14 |
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sábado, abril 26, 2008
Futebol de Outra Galáxia - Jornada 28
Pedindo desculpas pelo atraso aqui deixo as probabilidades de sucesso para a Jornada em decurso.
Terça feira teremos os resultados desta jornada e da anterior.
Publicada por António Gouveia à(s) 19:17 |
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segunda-feira, abril 21, 2008
Semanada
- O que se vê na televisão não é tudo;
- Às vezes os adeptos parecem furibundos mas só que está lá é que vê a insistência nos erros para o mesmo lado;
- Subrepticiamente os senhores das 3ª equipas vão dando "picadas" que deixam certas e determinadas equipas inibidas;
- Também não sou tolinho. Quando o FC Porto é prejudicado isso acaba por ser uma gota de água nos benefícios que tem. E outras vezes só serve mesmo para calar a boca dos tolinhos adeptos adversários.
Concluindo este ponto digo que certas e determinadas vezes há areias colocadas nas engrenagens de certos clubes que os tornam mais lentos. Paulo Bento esteve bem ao dizer que observamos o que se passa, não obstante desculparmos tudo e mais alguma coisa, nomeadamente incompetência técnica e directiva com as arbitragens.
UD Leiria 4 - Sporting CP 1
Das nuvens ao inferno de Leiria. Que banhada!
Na primeira parte demos de avanço como de costume. Tal como no jogo anterior o adversário marcou dois golos. Desta vez foram duas autoestradas abertas rumo ao golo. Neste jogo, ao contrário do anterior, o adversário soube segurar a vantagem e ampliá-la. Pela enésima vez nesta época falhámos a oportunidade de alcançar o segundo posto.
Jogaram
Rui Patrício - Sem a ajuda da defesa é difícil não sofrer golos - Nota 3;
Abel - Este jogador está em baixo de forma e muito lento. Deu uma grande ajuda ao 2-0 - Nota 1;
Tonel - Parece um bocado áereo. Os colegas directos também não ajudaram - Nota 1;
Polga - O seu regresso foi aziago. A defesa não esteve bem nos dois primeiros golos. Nos dois segundos a equipa estava balanceada para o ataque. Pelo que não fez, em cnjunto com os seus colegas - Nota 1;
Grimi - Sacrificado ao intervalo por Derlei. Mais valia ter retirado Veloso pois foi pelo seu lado que sofremos os dois últimos golos - Nota 3;
Miguel Veloso - Mau! Como trinco não fechou devidamente na 1ª parte. Como defesa esquerdo abriu o flanco para as duas estocadas finais leirienses - Nota 1;
Izmaylov - Mexeu-se o que pode. Ainda lutou contra a maré. Só teve a ajuda esclarecida do Capitão Formiguinha - Nota 3;
Vukcevic - Esforçado mas sem objectividade - Nota 2;
João Moutinho - O Capitão voltou a lutar durante 90 minutos. Como médio de ataque e como médio defensivo. Esteve desacompanhado - Nota 3;
Yannick - Inconsequente. Como colega de Liedson ainda se viu. Como médio de ataque Tiago neutralizou-o na perfeição - Nota 1;
Liedson - Protestou em demasia. Marcou e bem um golo tendo falhado outro que para ele seriam favas contadas com ais concentração ainda o resultado estava em 2-0 - Nota 2;
Jogaram ainda:
Derlei - Ao intervalo no lugar de Grimi. É favor à equipa técnica do Sporting explicar-lhe que há faltas que os árbitros não marcam ao Sporting e que marcam ao FC Porto. E também dizer-lhe que as riscas que agora enverga são as do Sporting. Se lutou até ao momento em que foi expulso, a partir do momento em que protesta com razão mas com asneiredo perante a incompetência do árbitro do Xistrema, perde toda a razão. O futebol português é o que é e há que dar a volta a certos e determinados obstáculos que se colocam a vários clubes - Nota 0;
Pereirinha - Aos 59 minutos no lugar de Abel. Não trouxe nada de novo - Nota 1;
Romagnoli - Aos 77 minutos no lugar de Izmaylov. Sem espaços foi mais eficaz que o substituído - Nota 2;
Nota Final - O segundo lugar dá acesso directo à Liga dos Campeões. Nenhum dos clubes que lá pode ficar o merece. Um porque não tem equipa para a disputar. Outro porque não tem organização interna. Outro porque parece que não que este lugar cada vez que está ao seu alcance. Pobre Liga em que o primeiro estás a milhas de distância dos outros dois que, de longe, são os que mais se aproximam.
Publicada por António Gouveia à(s) 07:17 |
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Golos da Jornada 27
Belenenses 5 - Setúbal 0
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Porto 2 - Benfica 0
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Leiria 4 - Sporting 1
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Paços de Ferreira 2 - Naval 2
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Leixões 0 - Amadora 0
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Boavista 1 - Nacional 0
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Marítimo 4 - Braga 1
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Académica 0 - Guimarães 0
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Publicada por António Gouveia à(s) 07:04 |
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sexta-feira, abril 18, 2008
Futebol de Outra Galáxia - Jornada 27
Vitória de Greendevil. Os dois primeiros mantiveram as distâncias. Greenheart aroximou-se ligeiramente. Já só faltam quatro jornadas.
Esperamos agora que o Sporting alcance o 2º lugar.
Publicada por António Gouveia à(s) 10:07 |
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quarta-feira, abril 16, 2008
Sporting CP 5 - SL Benfica 3
Jogo fantástico frente aos nossos eternos vizinhos!
Ao intervalo com 0-2 e uma exibição insossa pensava que a derrota nos calharia. Mas a reviravolta na exibição foi acompanhada pela reviravolta no resultado. Foi uma exibição à Sporting, a da 2ª metade.
Jogaram:
Rui Patrício - Seguro. Não comprometeu. Nos golos esteve sem culpa. Nota 3;
Abel - Foi do seu lado que partiu o 0-2 e não foi do seu lado que o Sporting mais progrediu em campo e quando o fazia era sem velocidade. Nota 2;
Miguel Veloso - Hoje a central, posição que sabe fazer. No lance do 0-2 também não esteve muito bem pois Nuno Gomes fez o que quis. De resto cumpriu. Nota 3;
Grimi - Há quem lhe chame Gremlin. Mas é um bom jogador e é regular a atacar e a defender. As suas subidas resguardadas e o fechar do flanco merecem - Nota 4;
Adrien Silva - Fraco, muito fraquinho. Hoje esteve irreconhecível durante 34 minutos em campo. O Benfica dominou o seu meio campo a bel prazer e marcou 2 golos. Nota 1;
Vukcevic - Igual a si próprio. Raçudo e motivado. Conseguiu utilizar com êxito o seu pé direito e marcar o 5º golo de bandeira com o esquerdo. Nota 5;
João Moutinho - Capitão formiguinha. Não se deixou abater e fez assistência magistral para Liedson. Nota 4;
Romagnoli - Apagado. A sua saída foi o tónico para a reviravolta com Yannick na posição 10. Cinco minutos depois o Sporting marca o primeiro aos 67'. Precisa de descanso. Nota 2;
Liedson - O trabalhador habitual dos bons momentos viu a sua exibição coroada com um golo. Com espaços e boas assistências tem marcado muito neste último terço da época - Nota 5;
Yannick - O puto marcou dois (o segundo com a ajuda de Luisão). Quem o acusava de pouco concretizador pode ter de rever esta adjectivação. Está motivado e galvaniza a assistência e os colegas - Nota 5;
Jogaram ainda:
Izmaylov - Certinho, por vezes apagado com habitualmente. Foi o primeiro passo para equilibrar o meio campo. Nota 3;
Derlei - Estivesse ele assim durante sete meses e o nível exibicional seria outro. Uma pena que as lesões o tivessem assolado. Foi o passo final para a melhor meia hora da época verde e branca. O Benfica estava encostado à cordas e era preciso dar as 5 estocadas finais. Marcou 1. Nota 4;
Gladstone - Foi importante para tapar Cardozo nos últimos 10 minutos. Nota 3.
O Benfica foi frágil pois adiantou-se no marcador e ao pensar o mesmo que eu, não conseguiu evitar a reviravolta. Foi depois incapaz de reagir capazmente à cavalgada verde e branca rumo à vitória.
Vamos agora ao Jamor defrontar o campeão nacional esperando repetir o resultado de Alvalade bem como a neutralização do adversário. Viva o Sporting!
Publicada por António Gouveia à(s) 22:33 |
Etiquetas: AG, Taça de Portugal 2007/2008
segunda-feira, abril 14, 2008
Um apelo sensato...
Dias Ferreira ex dirigente do Sporting e comentador desportivo, regular, no programa televisivo Dia Seguinte na SIC assina também habitualmente, na qualidade de advogado e presidente da Liga de Futebol não Profissional, no Jornal RECORD uma coluna com o título Ala Direito.
Este fim-de-semana (sábado, 12 de Abril) publicou um excelente texto sobre o qual me permiti extrair um excerto que deixo aqui para reflexão, a saber:
… A paixão, por vezes quase irracional, como tem vivido os nossos clubes até aos dias de hoje, está quase esgotado, por não se ter temperado em tempo oportuno com alguma razão. E enquanto ele se não esgota definitiva e irreversivelmente, há que ter a coragem de entre todos e cada um na sua casa, discutir qual o modelo de clube que quer e pode ter, sem tibiezas nem complexos, e tendo os olhos postos em exemplos onde o capital externo não matou a paixão interior….
Este pequeno excerto ilustra de forma concisa e clara as preocupações sentidas por um número crescente de adeptos de futebol e em particular daqueles que sentem os seus clubes do coração em dificuldades acrescidas. Em abono da verdade deveremos também dizer que o “mal” afecta a maioria dos clubes portugueses. É um “mal” que corrói lentamente e que anualmente produz as suas crises cíclicas, das quais destaco os ordenados em atraso dos protagonistas e o, sempre, crescente endividamento bancário.
Por outro lado, verifica-se que a diferença (capacidade) patrimonial e financeira dos três grandes relativamente aos restantes é abismal. Neste contexto e para esta importante indústria, convenhamos, é muito difícil criar regras e ambientes saudáveis de concorrência livre.
Neste cenário e circunstâncias, confessamos, é também muito difícil falar em igualdade e transparência desportiva.
Saudamos por isso a decisão dos órgãos sociais do Sporting Clube de Portugal de levarem a efeito, proximamente, a realização de um importante Congresso para se discutirem os problemas que afectam o clube e o futuro que se deseja para o mesmo.
A presidir este importante evento leonino estará o Dr. Ernesto Ferreira da Silva, que por si só, será já um sinónimo de seriedade e de êxito.
É necessário e urgente encontrar alternativas e sobretudo saídas inteligentes para os apitos dourados e quejandos que persistem em afectar o futebol português.
Mais uma vez a instituição leonina dá a cara e o, bom, exemplo.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
Publicada por Pedro Vieira à(s) 18:12 |
Etiquetas: Futebol Português, PV, Sporting
domingo, abril 13, 2008
Sporting CP 2 - CS Leixões 0
Sem brio, mas vitória!
Num final de tarde onde o futebol praticado ficou muito longe das expectativas, o Sporting derrotou o seu adversário. Paulo Bento tentou gerir a forma física dos seus jogadores para o importante jogo da Taça que se avizinha.
A sorte podia ter saído cara, mas acabou por correr bem.
Jogaram:
Patrício - Exibição tranquila. Aplicou-se quando foi necessário, poucas vezes é certo, mas por ele a equipa jogava mais. Nota 3;
Abel - Esteve mais confiante que nos últimos jogos. Defendeu bem e atacou sempre que necessário em especial no segundo tempo. Nota 3;
Ronny - 2 pontos muito negativos, o seu posicionamento em campo, em especial o defensivo e acabou por ser expulso por acumulação de amarelos. A seu favor, o facto importante de ter marcado magistralmente 2 cantos que deram os golos da equipa. Por isso nota 3;
Tonel - Sempre bem. Arranjou tempo para de cabeça abrir o activo, num golo muito importante para o resto do campeonato. Nota 3;
Gladstone - Sempre a chutar para onde está virado. Ultrapassou bem o desaire do ultimo jogo e marcou bem a sua área de marcação. Nota 3;
Veloso - Voltou a marcar o compasso do jogo leonino. Bem na segunda parte onde conseguiu proteger bem o meio campo defensivo e partir para o ataque. Depois da expulsão foi para defesa esquerdo, onde não teve sobressaltos e aos 80' voltou ao meio campo. Nota 3;
Moutinho - Fisicamente durou o jogo todo, o que foi muito importante para a equipa, já que dele depende muito o jogo ofensivo. Sem ser brilhante jogou bem. Nota 3;
Izmailov - Hoje ao contrario de outros jogos foi consistente. Jogou quase sempre sobre uma das alas mas junto ao meio campo. Certo que não foi muito ofensivo mas controlou sempre bem os seus espaços. Nota 3;
Farnerud - Novamente titular. Desperdiçou essa oportunidade. Foi visível que joga de forma diferente da equipa, ou seja o seu jogo de passe curto e rápido, não se consegue afirmar. Saiu ao intervalo, pois perdeu demasiados passes, no entanto bem a fechar. Nota 2;
Yannick - Alguém tem de explicar ao Yannick que para marcar golos, não tem de entrar pela baliza a dentro. Por causa do seu defeito perdeu alguns lances isolado em frente ao guarda redes contrario. Poderia ter efeitos perniciosos no resultado, pelo menos esse facto não foi afectado. Nota 2;
Liedson - Marcou o 2-0. Deu muito trabalho à defesa contraria e combinou bem com a equipa. Espero que mantenha esta situação nos próximos jogos. Nota 3.
Jogaram ainda:
Pereirinha - Aos 45' no lugar de Farnerud. Entrou revolucionou o ataque do Sporting e voltou a sair. Na origem do pressing que levou aos 2 golos. Nota 3;
Adrein - Aos 70' no lugar de Pereirinha. Depois da expulsão de Ronny, PB viu-se obrigado a mexer, optou por Pereirinha, a decisão é dele embora inexplicável. Adrien esteve bem e ainda teve uma oportunidade de aumentar a vantagem, mas adiantou demasido a bola. Entrou bem em jogo e estabilizou o meio campo. Nota 3;
Pedro Silva - Aos 80' no lugar de Izmailov. Foi fechar a lateral esquerda. Não teve grande influencia. Nota 1.
Nota final - Passamos os vermelhos. Finalmente. Estamos a 2 pontos do 2.º lugar e o calendário até lá não é dos mais difíceis. Temos de ganhar todos os jogos até o final da época, em especial o próximo. Vamos ter Taça na 4.ª feira contra os lampiões...
Publicada por Greenheart à(s) 22:25 |
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sexta-feira, abril 11, 2008
Plano A, Plano A e só Plano A
O que me aborrece no meio disto tudo é que o futebol praticado é sempre o mesmo. Quando se vê que não resulta não há alternativa rigorosamente nenhuma. O GreenHeart disse tudo sobre as alternativas tácticas não utilizadas. Já se sabia de antemão que os escoceses iriam fazer este tipo de jogo depois do empate nulo em Glasgow. E não existiram nenhumas alternativas tácticas. É pena. Paulo Bento já parece o Sr. Scolari com o seu 4 2 3 1. Mas o sr. Scolari não dispõe dos jogadores o tempo suficiente para sistematizar um esquema táctico alternativo. Já um treinador de clube dispõe...
Uma palavra de tristeza para o Sr. Filipe Soares Franco. Para mim mais valia a vitória na Taça UEFA do que o 2º lugar. São as vitórias em competições que dão prestígio fortalecem e engrandecem as marcas que são os clubes. Há que lhe dizer que o 2º lugar é o primeiro dos derrotados, dos últimos. Mal vai o clube que só olha ao dinheiro e não ganha prestígio e peso com vitórias. Para mais quando são internacionais e raras...
Publicada por António Gouveia à(s) 07:45 |
Etiquetas: AG, Taça UEFA 2007/2008
quinta-feira, abril 10, 2008
Sporting CP 0 - Glasgow Rangers 2
Algum Esforço, pouca dedicação, nenhuma devoção, obviamente assim a Glória não pode acontecer!
Falta de gestão e de observação da forma de como joga o adversário. Sabia-se que o adversário era muito forte fisicamente, jogava preferencialmente em contra-ataque e que acima de tudo dominava o jogo aéreo. Perante tais factos então a equipa do Sporting resolveu bombear bolas para a área, onde os defesas centrais dominaram todas as situações. Segunda fase, em fez de flanquear o adversário, não, optou-se por andar no meio do campo a atirar bolas para as canelas dos defesas na esperança de um ressalto, que jamais poderia acontecer já que os perdemos todos.
A cereja em cima do bolo foi o desentendimento defensivo, sector que até aí tinha sido bem seguro, que oferece o golo ao adversário.
Ultima nota apenas fizemos 2 remates ao golo adversário, e se no primeiro tivemos nitidamente azar já que a bola foi ao poste, no outro foi ao boneco. Muito pouco para quem tinha aspirações a tanto.
Jogaram:
Patrício - Mero espectador. sem trabalho e sem hipóteses. Nota 3;
Abel - Foi pilar do seu flanco. Foi certinho no acto de defender e tentou atacar, mas sem hipóteses. Nota 3;
Grimi - Não conseguiu marcar a sua posição no ataque e isso prejudicou o flanco esquerdo ofensivo, mas defensivamente foi seguro. Nota 3;
Tonel - Por ele a defesa estava a jogar em bloco. Foi realmente o líder que era necessário. Mas foi insuficiente. Nota 3;
Gladstone - Estava tudo a correr muito bem quando sabe-se lá porque resolveu falhar num lance a 40m da sua baliza e deixou tudo a perder. Porque não resolveu afastar a bola, será um marco na sua carreira. Nota 1;
Veloso - Outro a quem temos de perguntar porque não aliviou a bola para longe. Fez uma hesitação fatal, já que assim terá desequilibrado a defesa. Divide as culpas com Gladstone, num jogo onde até estava a tentar pautar o jogo defensivo com alguma segurança. Nota 1;
Moutinho - Terá certamente sido a pior exibição de Moutinho desde que foi descoberto para jogar no Sporting. Já se tinha notado as deficiências físicas no ultimo jogo, mas hoje basicamente nada lhe saiu bem. Nota 2;
Izmailov - Nunca se impôs. Tentou segurar o jogo mas os últimos passes normalmente saíram mal. Nota 2;
Romagnoli - Basicamente passeou em campo. Sem garra nem velocidade. Os seus cruzamentos foram anedotas para os escoceses. Muito mal. Nota 1;
Liedson - Apesar do esforço que teve na primeira parte, enviou uma bola ao barrote, depois acabou por ser um presa muito fácil para os gigantes adversários. Nota 2;
Vukcevic - Longe do que já produziu. Apesar de muito activo na primeira parte, nunca conseguiu acertar como deve ser na baliza adversária. Está seguramente afectado pela lesão no ombro. Nota 2.
Jogaram ainda:
Yannick - Aos 61' no lugar de Romagnoli. Entrou logo depois do 0-1, e teve a melhor oportunidade desse período mas deslumbrou-se e atirou para as nuvens. De resto pouco mais. Nota 1;
Pereirinha - Aos 68' no lugar do afectado Gladstone. Nunca conseguiu impor-se ofensivamente mas ainda foi útil defensivamente. Nota 1;
Tiui - Aos 77' no lugar do esgotado Grimi. Sem qualquer relevância as suas acções. Nota 1.
Nota final - Outra vez as foices. Primeiro foi-se o Campeonato, depois a famigerada Taça da Liga, agora a eliminação na Taça UEFA em casa, resta-nos o final de campeonato que se avizinha louco e a frase da semana do Presidente FSF - 'prefiro ficar em segundo no campeonato a vencer a Taça Uefa' - Começo a pensar que nem uma coisa nem outra. Vamos receber o Leixões já no Domingo
Publicada por Greenheart à(s) 22:15 |
Etiquetas: GH, Taça UEFA 2007/2008
quarta-feira, abril 09, 2008
O Bom, o mau e o vilão
Um resumo que corrobora vários factos do texto hoje aqui transcrito!
Publicada por António Gouveia à(s) 08:00 |
Etiquetas: AG, Futebol Português, Porto
FC Porto acusado de corrupção activa
Para corroborar as ideias do texto anterior aqui fica um testemunho sob a forma de vídeo.
Neste lindo vídeo, a partir do 3º minuto, pode-se ver Cadorin a confirmar ter sido vítima de uma tentativa de corrupção por parte do FC Porto.
Cadorin era jogador do Portimonense em meados da década de 80 quando Artur Jorge era treinador do Porto e Gomes o seu ponta de lança.
Não houve julgamento nenhum. O Porto passou impunemente até hoje.
Enfim. Nós gostamos de futebol e cada um do seu clube. Como a esperança é a última a morrer, há que acreditar que melhores dias virão.
FC PORTO - Para que não se esqueça nem se iludam (o texto é grande mas leiam)
Texto retirado de http://vedetadabola.blogspot.com/ Parabéns ao seu autor que teve a grande paciência e memória de tamanho trabalho de investigação. Alguns factos aqui relatados como graves já são hoje tidos como normais no futebol luso. Mas a memória não é curta! Obviamente não subscrevo a análise feita na letra S.
VINTE ANOS DE MENTIRA DE A a Z
A justiça do título conquistado pelo F.C.Porto nesta época de 2007-08 é inatacável. Embora beneficiando de dez golos irregulares ao longo da prova - Sporting, U.Leiria (3), P.Ferreira (2), Boavista, Leixões e Belenenses (2) -, cinco expulsões perdoadas (três delas a Bruno Alves em Matosinhos, Alvalade e Amadora, uma a Quaresma e outra a Lisandro nos Barreiros), e pese ainda os treze penáltis subtraídos ao Benfica e descritos em post anterior, tem que se admitir a maior regularidade exibicional dos portistas, a sua maior coesão, e o brilhantismo de alguns dos seus jogadores, nomeadamente os argentinos Lucho e Lisandro, que realizaram uma temporada extraordinária.
Efectivamente, mesmo sendo - respeitando a tradição - a equipa mais beneficiada da competição, tem que se dizer que o F.C.Porto foi também o melhor conjunto e, sobretudo, que não teve culpa dos erros de águias e leões, que cedo se suicidaram neste campeonato quer dentro quer fora das quatro linhas, com erros crassos de gestão desportiva próprios do mais cândido amadorismo. Sem interferências de arbitragem, possivelmente a festa não tinha ainda sido feita, mas, mais jornada menos jornada, a equipa de Jesualdo confirmaria o merecido título, até porque muitos dos lances referidos (embora nem todos) ocorreram em jogos nos quais os portistas acabaram por vencer folgadamente.
Isto todavia não apaga, nem pode branquear, todo o caminho histórico percorrido pelos dragões até aqui, designadamente desde o momento em que Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu o poder – do F.C.Porto, e do futebol português.
Desde os anos oitenta muitos foram os casos, muitas foram as suspeitas. Quando vieram a público as escutas do Apito Dourado quase ninguém foi apanhado de surpresa, pois toda a gente mais ou menos ligada ao futebol sabia o que se passava. Tratando-se de situações difíceis de comprovar, e conhecendo-se a rede de influências e interdependências ardilosamente construída ao longo de duas décadas, tornava-se (e torna-se) difícil ver a justiça chegar a bom porto, para mais conhecendo-se a sua dramática lentidão e ineficácia, verificada nestes e noutros casos no nosso país.
No momento em que se vão julgar em tribunal um F.C.Porto-E.Amadora e um Beira Mar-F.C.Porto, disputados na melhor temporada de sempre dos dragões (com uma grande equipa e um grande treinador), é importante que se perceba que o problema está muito longe de se esgotar nesses dois episódios, nem eles serão certamente os mais relevantes de uma história repleta de mentira, corrupção e tráfico de influências. Pelo contrário, o que deve ser entendido das escutas – mesmo que o tribunal não o possa ou consiga fazer - é um panorama de subversão total e absoluta de uma lógica competitiva de isenção e transparência, que foi sendo a base para benefício de uns e prejuízo de outros, ao longo de muitas temporadas, e que valeu títulos, dinheiro, prestígio europeu, numa espiral que ainda hoje condiciona e subverte a hierarquia competitiva do futebol português.
É em nome da preservação dessa memória que este texto é publicado. É no fundo o repescar de um conjunto de episódios, factos e, nalguns casos, apenas rumores, que por si pouco poderiam representar, mas que em conjunto reflectem uma realidade à qual não podemos fugir, e a qual ninguém de bom senso deverá ignorar ou fingir que não existe ou existiu. Mesmo que, por questões processuais, a justiça acabe por não conseguir desempenhar o seu papel, a verdade não poderá ser esquecida nem branqueada, pois o que está em julgamento não é mais que a ponta de um iceberg escondendo uma sórdida teia de podridão que alicerçou o futebol português ao longo de mais de vinte anos. É importante que nos lembremos, a cada momento, a cada fim-de-semana, a cada jogo, como é que o F.C.Porto se tornou na máquina de vitórias que hoje é, não desfazendo, obviamente, da qualidade e profissionalismo de muitos dos jogadores e técnicos que passaram pelo clube, e aos quais provavelmente até terá escapado muito do lixo arrecadado nas traseiras dos seus triunfos.
Fica pois aqui, de A a Z, a memória de duas décadas de mentira:
A de ACÁCIO – Pouca gente se lembrará deste nome. Trata-se de um guarda-redes brasileiro que passou com discrição pelo Tirsense e pelo Beira Mar, e que só depois de regressar ao Brasil tomou a liberdade de falar sobre a sua aventura europeia. Confessou então que recebera pressões e propostas diversas para facilitar uma vitória do F.C.Porto em Aveiro, que valia (e valeu) o título nacional de 1993. O caso foi pouco falado, vivia-se ainda um clima de medo pré-Apito Dourado. Mas a recordação das suas declarações e desse campeonato permanecem bem vivas no meu espírito. Só não sei se foi nessa ocasião que, também em Aveiro, o jornalista Carlos Pinhão foi barbaramente agredido por elementos ligados ao F.C.Porto.
Uns anos antes havia sido o belga Cadorin, avançado do Portimonense, a acusar o empresário Luciano D’Onófrio de lhe prometer um bom contrato (em Portugal ou no estrangeiro), caso fizesse um penálti nos primeiros minutos de um Portimonense-F.C.Porto (“depois jogas normalmente”, ter-lhe-á dito). Com a saída do belga do futebol português, o caso acabou por morrer.
B de BENQUERENÇA – Olegário Benquerença protagonizou duas das mais escandalosas actuações da arbitragem portuguesa dos últimos anos. Na Luz, em Outubro de 2004, dois meses antes da detenção de Pinto da Costa, o árbitro leiriense e o seu assistente Luís Tavares foram os únicos que não viram (mais alguns que não quiseram ver…) uma bola rematada por Petit ser retirada de dentro da baliza portista por um desesperado Vítor Baía. No mesmo jogo já havia feito vista grossa a uma claríssima grande penalidade de Seitaridis sobre Karadas (que daria expulsão do grego no início da segunda parte), e mostrado um vermelho injusto a Nuno Gomes, que havia sido barbaramente agredido por Pepe. Um ano depois, em jogo da Taça de Portugal, foi o Sporting a vítima deste benemérito portista de longa data. Com mais uma exibição de “luxo”, Benquerença colocou os leões fora da Taça, poupando penáltis, e expulsando jogadores até achar necessário. Já antes de 2004 era um árbitro polémico, com arbitragens invariavelmente favoráveis aos portistas. Talvez por isso viu as portas de uma carreira internacional de sucesso serem-lhe escancaradas e, não se sabe bem como, poderá até estar no Euro 2008.
C de CALHEIROS – Os irmãos Calheiros – quem não se recorda dos gémeos e barbudos fiscais de linha, ladeando Carlos, o irmão mais velho – foram umas das muitas figuras sinistras da arbitragem portuguesa da década de noventa. Recordo particularmente um inacreditável penalti assinalado nas Antas por suposta falta de Mozer no empate 3-3 de 1993-94, bem como um jogo em Aveiro, na época anterior, concretamente na tarde soalheira de 16-5-1993, em que expulsou Yuran e Pacheco por supostas palavras, possibilitando a vitória ao Beira Mar, e dando o título ao F.C.Porto - que à mesma hora via um tal de Marques da Silva, do Funchal, expulsar estranhamente dois jogadores do Desp. Chaves e assinalar um penálti escandaloso que lhe permitiu virar o marcador para de 0-1 para 2-1 na difícil visita a Trás-os-Montes, quando águias e dragões seguiam, a três jornadas do fim, empatados em pontos. Mais do que essa e outras actuações, sempre em benefício dos mesmos, este trio ficou famoso pela célebre viagem ao Brasil, feita através da agência de Joaquim Oliveira, e paga pelo F.C.Porto. A investigação deste caso nunca foi devidamente feita. Com a PJ do Porto e o próprio MP aparentemente alinhados com o sistema, foi difícil durante muitos anos (e continua a sê-lo) avançar pelos caminhos da verdade.
Ao pé destes meninos, Calabote era possivelmente apenas um ingénuo aprendiz – e diga-se que o suposto e empolado caso Calabote, nos anos cinquenta, redundou apenas num título para o…F.C.Porto.
D de DUDA – Foi um dos meus primeiros contactos com a suja realidade do futebol português das últimas décadas. Jogava-se, já em plena segunda volta, a liderança do campeonato numa tarde chuvosa na Luz – foi este o célebre jogo em que Toni saiu a chorar por ter involuntariamente partido a perna de Marco Aurélio. O Benfica vencia por 1-0 desde os primeiros minutos com um golo de João Alves, mas já na ponta final do desafio, em recarga a um livre defendido por Bento, o brasileiro Duda em claríssimo fora de jogo empatou a partida. O F.C.Porto de Pedroto, e já com Pinto da Costa no departamento de futebol, seria campeão.
No ano antes o F.C.Porto tinha alcançado o título através de um livre duvidoso à entrada da área, que lhe possibilitou o empate (1-1) frente ao Benfica nos últimos minutos de um jogo nas Antas em que estivera em desvantagem desde o terceiro minuto, com um auto-golo de Simões, e em que vira a barra devolver uma bola cabeceada por Humberto Coelho. Era o início de uma longa e podre história.
E de EXPULSÕES – A dualidade de critérios nos jogos do F.C.Porto foi desde os anos setenta uma constante. Todo o anti-jogo lhes foi sempre permitido (recordo por exemplo os empates a zero na Luz em 1989, 1990 e 1993), as agressões de Frasco, Fernando Couto, Paulinho Santos e Jorge Costa raramente foram punidas – este último quando se sentia pressionado atirava-se para o chão e punha assim fim aos lances -, mas aquilo que talvez tenha sido o emblema desta realidade foram as sistemáticas expulsões de jogadores encarnados sempre que jogavam frente aos portistas. Nos últimos vinte anos foram mostrados 23 (!!!) cartões vermelhos a jogadores do Benfica em clássicos com o F.C.Porto para todas as competições. A saber, e por ordem alfabética: Abel Xavier 94-95, Dimas 94-95, Eder 02-03, Escalona 99-00, Hélder 94-95, Isaías 91-92, João Pinto 94-95, 97-98 e 98-99, Miguel 02-03, Mozer 92-93, Nuno Gomes 04-05, Nelo 94-95, Pacheco 88-89, Ricardo Rocha 02-03 e 03-04, Ricardo Gomes 95-96, Rojas 99-00, Rui Bento 91-92, Tahar 96-97, Vítor Paneira 94-95, Veloso 87-88 e Yuran 92-93. Para se ter uma ideia da força deste número, digamos que nos oitenta anos de história anteriores (1907 a 1987) foram expulsos apenas 10 jogadores do Benfica em jogos com o F.C.Porto, ou seja, em apenas vinte anos foram expulsos mais do dobro dos que haviam sido em toda a restante história do futebol português. Este tem sido um aspecto fulcral da perseguição ao Benfica e da protecção ao F.C.Porto, e que muitas vezes impediu outros resultados, nomeadamente a norte, onde a maioria daquelas expulsões teve lugar. Por vezes foi também em vésperas de deslocações às Antas que as expulsões cirurgicamente ocorreram. Foi o caso de Preud’Homme, em 1995-96 e Miccoli no ano passado, curiosamente dois grandes jogadores que nunca haviam sido expulsos em Portugal, e nunca voltaram a sê-lo depois dessas ocasiões.
Também os penáltis marcados a favor do F.C.Porto e subtraídos ao Benfica foram uma constante nas deslocações às Antas (por exemplo 89-90, 92-93, 93-94 no primeiro caso; 91-92 no segundo). Mas até na Luz, em jogo decisivo para o título de 1991-92 isso aconteceu, com o marcador a ser aberto já a meio da segunda parte num lance fora da área entre Rui Bento e Rui Filipe, que valeu o primeiro golo portista e a expulsão do benfiquista. O F.C.Porto, a jogar contra dez, venceria por 2-3. O árbitro era Fortunato Azevedo, que já na primeira volta subtraíra uma grande penalidade ao Benfica e expulsara Isaías, em jogo que terminou empatado a zero.
Os golos anulados a Kandaurov em 1997-98, e Amaral em 1994-95, além do caso Benquerença em 2004-05, também são dignos de figurar neste negro registo de clara e inequívoca parcialidade. Sem falar nas célebres defesas de Vítor Baía fora da área, sem cartão nem punição.
F de FAMALICÃO – Foi um dos muitos escândalos da era Lourenço Pinto/Laureano Gonçalves (fim de oitentas princípio de noventas) – a pior de todas na arbitragem portuguesa. Com o campeonato de 1992-93 ao rubro, o F.C.Porto deslocou-se ao então difícil recinto do Famalicão. Quase seis minutos depois da hora o árbitro José Guimaro - mais tarde condenado por corrupção no caso Leça - arquitectou um absurdo penálti para dar a vitória ao F.C. Porto. João Pinto converteu e o F.C.Porto, com estas e outras (ver Acácio e lembrar o penálti de Rui Bento sobre Rui Filipe na Luz), alcançou um dos títulos mais nebulosos da história do futebol português.
G de GERALDÃO – O central brasileiro Geraldão, bem como o lateral esquerdo internacional Branco, eram especialistas na cobrança de livres directos. Como tal, as arbitragens mostravam-se extremamente zelosas sempre que algum jogador portista caía nas imediações da área (e eram muitos a fazê-lo de forma deliberada), assinalando de pronto livres que frequentemente acabavam em golos. O F.C.Porto do início da década de noventa venceu muitos jogos assim. Recordo um Benfica-F.C.Porto de 1990 em que foi assinalada perto de uma dezena de livres nas imediações da área encarnada, quase todos simulados. Por sorte, nesse dia Geraldão estava com a pontaria desafinada, e o resultado acabou em branco. Mas o título voou para norte…
H de HILÁRIO – Tal como Acácio e Cadorin, o agora guarda-redes do Chelsea foi outra das figuras sobre a qual se ouviram rumores de possível suborno ou pressão quando defendia, por empréstimo do F.C.Porto, as redes do Estrela da Amadora. Neste caso não foi o próprio a assumir, mas sim terceiros a acusar. Foi uma história que também acabou por morrer nos silêncios do medo. Nos últimos anos falou-se também de Rolando do Belenenses, eternamente apalavrado com os dragões.
Ao longo dos últimos tempos muitos têm sido também os jogadores emprestados pelo F.C.Porto a clubes da primeira divisão (situação que deveria ser proibida), conseguindo com isso atirar algum charme para cima dos seus dirigentes - sempre conveniente na hora das contratações - e simultaneamente amaciar adversários. Durante muitos anos os clubes da Associação de Futebol do Porto (Leça, Leixões, Tirsense, Penafiel, Varzim, Rio Ave, Salgueiros, Paços de Ferreira, etc) foram a este nível verdadeiros parceiros do F.C.Porto na sua rota rumo ao domínio, a bem ou a mal, do futebol português. Isso notava-se com clareza nos resultados e nas exibições. E de certo modo ainda nota, caso estejamos bem atentos.
Nesta mesma edição da liga, o F.C.Porto tem jogadores emprestados a Sp.Braga, Belenenses, Leixões, V.Guimarães, V.Setúbal, Académica e E.Amadora. Também U.Leiria e Marítimo têm tido relações privilegiadas com os dragões, sem contar a Liga de Honra, território quase todo submerso na rede de interdependências criada pelo F.C.Porto e seus próximos, ou não tivesse sido ela criada mesmo para esse efeito. O Alverca foi filial do Benfica (embora depois tenha servido para retirar jogadores como Deco da Luz e vender-lhe monos a preços de luxo), mas a satelização de clubes da primeira divisão tem sido ao longo dos anos uma das armas do F.C.Porto. Alguns clubes chegaram a receber quase meia equipa emprestada pelos dragões. Refira-se ainda que a quantidade de treinadores ex-jogadores portistas, conotados com o F.C.Porto e imbuídos da cultura do clube, orientando clubes da liga principal nos últimos anos, é extraordinariamente vasta: Carlos Carvalhal (que ainda na Taça da Liga festejou um golo virando-se para o banco encarnado e gritando f..d..p), Carlos Brito, Jaime Pacheco, Jorge Costa, Domingos Paciência, António Sousa, António Conceição, José Mota, Augusto Inácio, Eurico Gomes, Octávio Machado, António Oliveira, Rodolfo Reis, Paulo Alves, José Alberto Costa, para referir apenas os que me vêm no imediato à memória. Se em muitos destes casos seria injusto especular acerca do menor empenho das equipas, percebeu-se quase sempre, nas flash-inteviews, um pudor extremo em falar de arbitragens nos jogos contra os dragões, e uma fúria incontida caso os supostos prejuízos se dessem com outros clubes, designadamente o Benfica.
I de ISIDORO RODRIGUES – Este árbitro viseense foi um verdadeiro Benquerença da década de noventa. Muitos foram os jogos em que beneficiou o “seu” F.C.Porto, e sobretudo aqueles em que prejudicou o Benfica, por vezes sem sequer se preocupar com as aparências. Recordo com particularidade um Benfica-Boavista (1995-96) em que Isidoro virou o resultado quase sozinho, expulsando três jogadores do Benfica (entre os quais João Pinto), assinalando um penálti fantasma e validando um golo em fora-de-jogo; bem como um Varzim-Benfica para a primeira jornada de 2001-02, em que o árbitro só apitou para o final do jogo quando o Varzim chegou ao empate, nove (!!) minutos depois da hora, e já depois de ter expulsado os benfiquistas Cabral e Porfírio, e marcado o penáltizinho da ordem, começando a liquidar desde logo as aspirações benfiquistas numa época em que muito apostavam (contratações de Simão, Drulovic, Zahovic, Mantorras etc).
J de JOÃO ROSA – Estava-se em 1985-86 e o campeonato seguia animado com a luta Benfica-F.C.Porto na frente da tabela. Este árbitro eborense foi nomeado para um Salgueiros-Benfica, no qual acabou por só não meter a bola dentro da baliza dos da Luz com as suas próprias mãos. De resto fez tudo para o Benfica perder pontos, acabando por “conseguir” um empate a um golo. O sistema estava a atingir o auge dos seus tempos mais tenebrosos.
Outro Rosa, mas este Santos (embora apenas de nome…), foi também figura de proa do sistema que construiu a hierarquia do futebol português que hoje temos. Uma vez em Loulé, permitiu a marcação de um livre sem ter apitado nem os jogadores algarvios terem formado barreira. Esse lance valeu uma eliminatória da taça para o F.C.Porto. Hoje continua a fazer alguns favores aos dragões, comentando arbitragem no jornal “O Jogo”.
K de KANDAUROV – Seria necessário muita pesquisa ou imaginação para encontrar na história do desporto-rei um golo anulado tão limpo como o que este médio ucraniano marcou no Estádio das Antas em 1997-98, num jogo que poderia dar novo rumo a esse campeonato. O F.C.Porto venceu por 2-0, golos de Artur, depois de ser dominado na maior parte do tempo, fruto de uma grande exibição de Poborsky, que se estreava de águia ao peito. Uma arbitragem ultra-tendenciosa de António Costa não permitiu a vitória encarnada.
Outro golo limpo anulado igualmente célebre foi na Supertaça de 1994-95, também nas Antas (onde, assim, era naturalmente difícil marcar), ao extremo campeão de Riad, Amaral. Sem falar em Benquerença.
L de LOURENÇO PINTO –O advogado de Valentim Loureiro no início do caso Apito Dourado, o homem que avisou Pinto da Costa das buscas a sua casa e lhe permitiu a fuga, foi, por surreal que pareça, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF no início dos anos noventa, por indicação, claro, da Associação de Futebol do Porto, presidida por o recentemente falecido Adriano Pinto, e que sendo maioritária, pôde sempre optar por manter na sua “posse” aquele “precioso” conselho, em detrimento até mesmo da própria presidência da FPF (que deixava para Lisboa, mas só tratava da selecção nacional). Os seus tempos foram dos piores da história da arbitragem portuguesa, e valeram vários títulos ao F.C.Porto, que tão bem protegido nem precisava de jogar muito para vencer. Com equipas onde pontificavam Vlk, Bandeirinha, Tozé, Paulinho César, Kiki, Raudnei, Barriga ou António Carlos, conseguiu vencer campeonatos ao Benfica de Paulo Sousa, Rui Costa, João Pinto, Vítor Paneira, Futre, Mozer etc. Lourenço Pinto foi pois um verdadeiro Maradona no campeonato português. Laureano Gonçalves e Fernando Marques seguir-lhe-iam o exemplo. Sobre Pinto de Sousa não é necessário acrescentar mais nada aquilo que tem sido veiculado no âmbito do Apito Dourado.
O caso Francisco Silva – que se terá autonomizado do sistema, depois de ser um dos seus principais interpretes – é algo que merecia ser melhor estudado e investigado, e no qual talvez se encontrassem algumas das origens de todo este tenebroso caminho. O juiz algarvio foi “tramado” por Lourenço Pinto, certamente por saber demais, vendo-se irradiado. Recorde-se que foi apanhado com um cheque na mão no balneário em Penafiel.
M de MAIA – Quando vejo toda a polémica em torno do Estoril-Benfica de 2005, disputado no Algarve, e me lembro da quantidade de jogos que o F.C.Porto disputou fora de casa na…Maia, até me dá vontade de rir. Com o pretexto das transmissões televisivas – negociadas pela Olivedesportos – o Estádio Municipal da Maia, um bocadinho mais perto das Antas que o Algarve da Luz, serviu para diversas equipas “receberem” o F.C.Porto. Os resultados eram óbvios, e suponho que os portistas nunca tenham perdido um ponto que fosse nessas “deslocações”. Com Damásio na presidência do Benfica, estes eram aspectos que passavam totalmente em claro. Pinto da Costa e o F.C.Porto agradeciam. Foram os anos do “penta”.
N de NORTE – O povo do norte tem sangue na guelra. Para o melhor o para o pior. Nas Antas, por exemplo, não eram só os jogadores e os árbitros que tinham de enfrentar a pressão de figuras como o Guarda Abel (que exibia armas em pleno túnel de acesso aos balneários), ou os simpáticos “Super Dragões”. Também os jornalistas sofreram na pele sempre que revelaram a coragem de afrontar o super-poder tentacular e mafioso que por ali reinava. Lembro-me de um célebre F.C.Porto-Nacional, em que foram os próprios repórteres televisivos a serem objecto da fúria dos adeptos, sem que ninguém lhes tivesse valido, qual território sem lei, qual fanatismo elevado à potência máxima.
Fala-se também aqui da agressão a Carlos Pinhão, das ameaças de morte a João Santos e Gaspar Ramos, podia-se falar das agressões a Marinho Neves, a Ricardo Bexiga, a Rui Santos e a muitos outros anónimos que, como inclusivamente eu próprio, já foram objecto de ameaças várias.
Noutras modalidades, esta pressão intimidatória tem sido e continua a ser uma das armas dos dragões que, ao contrário do que se passa em Lisboa, contam com forças policiais domesticadas (para além do MP, da PJ, também a PSP lá parece funcionar de forma diferente). No Hóquei em Patins já caíram petardos na cabeça de jogadores do Benfica, sem que tivesse acontecido nada. No Basquetebol ainda no ano passado houve distúrbios que passaram impunes.
O ódio a Lisboa foi sempre uma matriz de Pinto da Costa e do seu F.C.Porto, mistificando o facto de haver muitos benfiquistas no norte, e o Benfica não ser, longe disso, representativo exclusivo da capital portuguesa, onde existem dois clubes grandes. Na verdade, esse ódio – de consequências por apurar na coesão do nosso pequeno país – não foi mais que um instrumento de aglutinação de tropas e manutenção e endeusamento de um poder com laivos fascizantes quanto ao seu fanatismo. Isto virou-se sempre contra a selecção nacional, a qual foi amplamente penalizada pelo desprezo e/ou instrumentalização de que foi alvo. Até chegar Scolari…
O de OLIVEIRAS – Juntamente com o irmão António, Joaquim Oliveira foi elemento determinante na consolidação do poder portista. Ainda hoje o clube da Luz tem as suas transmissões televisivas extremamente sub-avaliadas, face à popularidade e audiências de que desfruta. Faz-me alguma confusão Joaquim Oliveira ser accionista de referência da SAD benfiquista, e ninguém se preocupar com isso.
Já o irmão António (o do caso Paula, dos carimbos falsificados no caso N’Dinga, e das polémicas do Coreia-Japão), ex jogador e treinador do clube portista, protagonizou em 1992 um episódio curioso e revelador. Treinava o Gil Vicente e na primeira volta, nas Antas, fez entrar um tal de Remko Boere a um minuto do fim com o resultado em branco. Esse jogador, que quase nunca havia jogado na equipa, nesse minuto apenas, fez um penálti caricato e recebeu ordem de expulsão. O F.C.Porto venceu 1-0. Na segunda volta, em Barcelos, com o F.C.Porto já campeão, o Gil venceu por 2-1 e salvou-se da descida à segunda divisão. Tudo em família portanto…
P de PROSTITUTAS – Já muito antes de rebentar o Apito Dourado se ouvia falar de orgias de prostitutas com árbitros. Até na segunda divisão isso acontecia, e quem conheça pessoalmente alguém ligado à arbitragem facilmente perceberá do que estou a falar. Marinho Neves também já havia falado dessa realidade, muitos anos antes de António Araújo entrar no mundo do futebol, e de se ouvir falar em Apito Dourado.
O envolvimento com prostitutas é uma forma de pressão extremamente eficaz. Se por um lado premeia e vicia, por outro permite sempre chantagear, mantendo nas mãos, quais marionetas, quem por uma vez cai nessa rede, nomeadamente através de câmaras de filmar ocultas. Estando muitas das casas de alterne da zona do grande Porto ligadas a Reinaldo Teles, é fácil perceber a potencialidade deste esquema.
Q de QUINHENTINHOS – Por falar nele, Reinaldo Teles tem passado estranhamente pelo meio dos pingos da chuva do processo Apito Dourado. Mas foi ele que apareceu ligado ao célebre caso dos “quinhentinhos”, em finais dos anos noventa, numa conversa no âmbito do caso Guímaro, que nunca foi devidamente esclarecida. Outro dos casos que se perderam na impunidade com que toda esta temática se debateu ao longo dos anos. Sobre ele, há também quem diga que parte do dinheiro da venda de Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira foi para pagar dívidas suas no casino de Espinho. Mas isso são contas de outro rosário e pouco interessam ao caso.
R de RAÇA – A equipa do F.C.Porto sempre foi admirada pela sua raça, mas algumas foram as vozes que, à boca pequena, se referiram à natureza dessa “raça”. Luciano d’Onofrio, o bruxo “brasileirinho” e sobretudo o Dr.Domingos Gomes, talvez saibam mais do que a generalidade dos adeptos acerca da capacidade competitiva com que os jogadores do F.C.Porto sempre se apresentaram em campo, mesmo quando muitos deles não apresentavam os mesmos índices, nem pela selecção, nem quando saíam para outros clubes. O Dr. Domingos Gomes era, e é, um dos grandes especialistas europeus em (anti)dopagem, e os jogadores portistas tinham, nos anos noventa, fama de levar frascos dentro dos bolsos do roupão já cheios para o controlo anti-doping.
S de SPORTING – Sempre me pareceu incompreensível o posicionamento do Sporting em toda esta história. O clube de Alvalade sempre se queixou, e muito, mas nunca percebendo, ou não querendo perceber, onde estava realmente a origem do problema. Apenas Dias da Cunha pareceu a dado passo ter entendido tudo, mas acabou escorraçado da presidência do clube, muito fruto de um pacto que estabelecera com o Benfica a este propósito, e que foi muito mal aceite em Alvalade pelos ortodoxos da rivalidade lisboeta.
O Sporting, seus adeptos, e muitos dos seus dirigentes, na cegueira de uma fratricida rivalidade com o Benfica, sempre olharam de lado tudo o que se pudesse parecer com corrupção, mas não envolvesse o clube da Luz. Se o Apito Dourado tem atingido o Benfica, outro galo certamente cantaria, pois ferir o Benfica era tudo o que muitos sportinguistas mais quereriam, mesmo não tendo o clube da Luz vencido mais que um campeonato nos últimos catorze anos. Sendo com o Porto, pouco lhes parece interessar. Aliás, parece-me que cada vez mais as vitórias portistas vão sendo compartilhadas pelos leões – só pelo prazer de ver o odiado Benfica perder -, bastando ver o que se passou e Lisboa nas comemorações do tri.
Compreende-se de algum modo a questão emocional, mas esta postura não encerra qualquer tipo de racionalidade, acabando por ser responsável, por omissão, por muito do que tem sido o futebol português. Exemplo disto foi a época 2004-05, em que com Pinto da Costa no banco dos réus, o Sporting e as suas vozes, ao invés de aproveitarem a ocasião para, juntamente com o Benfica, varrerem de vez toda a porcaria do futebol português, viraram agulhas para um rol de acusações ao Benfica, a Vieira e a Veiga, que acabou por beneficiar objectivamente o F.C.Porto, num momento em que este estava verdadeiramente de gatas, e em risco de tão depressa se não levantar. Resultado: o Benfica foi à mesma campeão, e o F.C.Porto reergueu-se, conquistando este tri, não sobrando nada para Alvalade.
Os sportinguistas deveriam reflectir sobre isto: Em 1982 o Sporting era claramente o segundo maior clube português, agora é claramente o terceiro…
T de TÍTULOS – Se o título de 2003-04, com Mourinho, foi de justiça indiscutível, mau grado as investigações terem incidido sobre essa época, outros houve em que as coisas não foram assim tão cristalinas. 85-86, 89-90, 91-92 e 92-93 foram temporadas em que a verdade desportiva foi completamente adulterada, e em que o campeão deveria ter sido, tem que se dizer, o Benfica. No final dos anos 90, já com o poder sedimentado, e fruto da desorganização interna do Benfica, a facilidade com que o F.C.Porto chegou ao penta não permite afirmar que, sem sistema, não fosse igualmente campeão. Mas a embalagem já era grande. Neste século as coisas melhoraram ligeiramente. Ainda assim, as épocas de 2001-02 e 2002-03, talvez por haver um maior temor do Benfica pós-Vale e Azevedo, foram épocas de mentira Lembram-se do Benfica-Sporting 2-2 apitado por Duarte Gomes (o afilhado de Guilherme Aguiar, então director executivo da Liga), ou do Boavista-Benfica 1-0 da semana seguinte apitado por Pedro Proença, em que Simão foi abalroado dentro da área sem que nada acontecesse ?.
A estratégia foi nesta fase sempre a mesma: beneficiar o F.C.Porto e prejudicar o Benfica nas primeiras dez jornadas (em que com menos dramatismo as coisas passavam melhor…), ganhar vantagem, e assim desmobilizar adversários e galvanizar acólitos.
U de ÚLTIMOS TEMPOS – A partir de 2004, fruto das vicissitudes do Apito Dourado, a situação melhorou consideravelmente. A incompetência dos árbitros naturalmente não desapareceu por magia, mas passou a haver a sensação de errarem para todos os lados de forma menos discriminada. Contudo, na época de 2004-05, a pressão anti-benfiquista e a respectiva tentativa de condicionamento foi tanta que por pouco não tinha retirado o título aos encarnados, na época de Benquerença, da roubalheira de Penafiel (Pedro Proença não quis ver quatro grandes penalidades !!), do penalti por marcar em Coimbra sobre Sokota, do golo limpo anulado a Nuno Gomes frente ao Marítimo com o resultado em 3-3, do agarrão pelas costas a Nuno Gomes com o Belenenses, do golo sofrido directamente de livre indirecto contra o Nacional, do penálti fantasma marcado por Jorge Sousa em Guimarães num salto de Romeu com Luisão, do penálti sobre Geovanni em Setúbal não assinalado com o resultado ainda em branco, e por outro lado, nos jogos dos dragões, de uma expulsão surrealista de Juninho Petrolina num jogo contra o Belenenses, do golo de Fabiano nos Barreiros dois metros fora-de-jogo, do golo também off-side de McCarthy ao Penafiel em casa, do golo validado após falta de Jorge Costa sobre Ricardo no Porto-Sporting, das agressões impunes de McCarthy, Fabiano, Costinha e Jorge Costa, do penálti escamoteado a Lourenço no Restelo, do domínio com a mão de McCarthy no golo ao Rio Ave, etc etc.
Em 2006-07 o campeão podia ter sido o Sporting, não fosse o golo com a mão do Paços de Ferreira em Alvalade, e em 2007-08, caso os seis pontos tivessem sido retirados em tempo útil aos portistas, o campeonato poderia ter sido outro. Isto no pressuposto que o clube de Pinto da Costa não tinha descido à segunda divisão na época 2005-06, como teria acontecido se estivéssemos em Itália, França, Espanha, Alemanha ou Inglaterra, e a nossa justiça não tivesse um “quê” de tanzaniana.
Destaque nestas últimas épocas para as arbitragens do portuense Paulo Costa. Uma na Amadora há dois anos, e uma na Luz recentemente com o Leixões, em que ficou demonstrado existirem ainda resquícios de um tempo que se julgava já passado. Lucílio Baptista nos dois últimos domingos também mostrou algum zelo em deixar essa ideia bem vincada.
V de VERY-LIGHT – O termo entrou na história na sequência da final da Taça de 1995-96, em que um irresponsável qualquer atirou um para a bancada oposta matando um adepto do Sporting. Sem a mesma gravidade humana, mas com influência desportiva acrescida, houve um caso nas Antas (pois claro), pouco tempo depois, que raia o surrealismo. No momento da marcação de um penálti contra o Farense, com o resultado a zero, cai um very-light sobre a cabeça do guarda-redes nigeriano Peter Rufai. Com ele total e naturalmente desconcentrado, Jardel atirou para o fundo da baliza e o árbitro validou inacreditavelmente o golo, perante os protestos dos atónitos jogadores algarvios. Este caso simboliza o motivo porque técnicos estrangeiros respeitados como Camacho, Koeman ou Trapattoni, sempre disseram ser o F.C.Porto muito “respeitado” nos estádios portugueses.
Nas Antas aliás passava-se de tudo. Em 1991 no jogo decisivo para o título, os jogadores do Benfica foram obrigados a equipar-se nos corredores, pois o balneário tinha sido empestado de um estranho cheiro tóxico. Nesse dia o presidente João Santos e Gaspar Ramos foram ameaçados de morte pelo guarda-Abel, e a comitiva benfiquista foi apedrejada logo desde a saída do hotel, o que aliás era comum sempre que se deslocava ao Porto – ao contrário, diga-se, do que acontece em Lisboa, onde os jogadores do F.C.Porto se passeiam a pé livremente nas imediações do hotel Altis onde costumam pernoitar.
X de XISTRA – É um dos artistas da nova vaga. Nas últimas épocas realizou na Luz uma das arbitragens mais escandalosas de que me lembro ultimamente, em jogo do Benfica frente ao Beira Mar no qual expulsou de forma alarve Miccoli, impedindo-o de jogar no Estádio do Dragão na jornada seguinte. Na época anterior viu e assinalou de forma anedótica um penálti a favor do F.C.Porto, quando um jogador do Marítimo cortou com a cabeça uma bola que ia para a baliza. O lance seria corrigido pelo árbitro auxiliar, mas mostrou bem porque é que Xistra começa por X.
Z de ZÉ PRATAS – Zé Pratas é da minha terra e é bom rapaz. Não creio que tenha estado alguma vez directa e decididamente ligado a corrupção, e talvez por isso nunca chegou a internacional. Chamo-o para aqui por me recordar de uma Supertaça disputada em Coimbra, na qual após assinalar um penálti, Fernando Couto correu metade do campo atrás dele, e ele sempre a recuar, a recuar, sem que sentisse força para tomar a atitude que se exigia: expulsar o irmão da actual directora executiva da Liga de Clubes.
Essa imagem, define bem o ambiente que se vivia no futebol português da altura. Como uma imagem vale mais que mil palavras (foto no início do post), essa espelhou bem o que era o medo e o poder. O medo terá entretanto desaparecido, mas o poder ainda prevalece. Até quando ?
Texto retirado de http://vedetadabola.blogspot
Publicada por António Gouveia à(s) 07:27 |
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Semanada
Sporting - Jogou QB contra um Braga que joga aberto que nos facilita o jogo e, por conseguinte, a marcação de golos. Ganhámos vantagem sobre os anteriores 2, 3 e 4º classificados. Destaco os jogadores Veloso, Grimi e Farnerud. O primeiro recuperou a forma. O segundo é bom e regular. O terceiro jogou razoavelmente. Infelizmente Polga lesionou-se. Rui Patrício não se mostrou muito seguro. Na 5ª feira demos um passo importante rumo às meias finais da Taça UEFA. Com um pouco mais de audácia a vitória poderia ternos sorrido. Vejamos o que nos reserva esta semana.
Benfica - Teve um resultado injusto pois mais que merecia a vitória no Bessa. A arbitragem efectivamente mostrou um critério bem mais laxista no que toca a penaltys do que a equipa que arbitrou o Belenenses - Porto da jornada anterior. Aqui Chalana esteve bem ao denunciar a situação. Já o seu presidente, com os seus telhados de vidro, tem razão mas pode-se cortar com os estilhaços.
Porto - Merecida vitória na prova rainha do futebol luso. Não foram as arbitragens que lhes deram o titulo. Foi a sua magnifica organização interna. Felicito o clube à excepção do seu lavageiro presidente. Para quê dar porrada em mortos? Só se for para espicaçar o vindouro adversário vermelho. De resto não havia necessidade.
Atlético de Madrid e Simão - O ingrato está a fazer uma época meritória. Os seus níveis técnicos e físicos mantêm-se em alta e tem companheiros ao seu nível. A goleada ao Almeria revela isso. A qualificação para a pré-eliminatória da Champions deve acontecer e é bem merecida.
Peseiro - A duas jornadas do fim e com a derrota fora por 4-1 parece mais uma vez afastado do título na recta final, desta vez na Grécia. Conforme se pode ver aqui e aqui, passou de 1º para 3º num ápice. O homem já merecia um campeonato...
Publicada por António Gouveia à(s) 07:19 |
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Futebol de Outra Galáxia - Jornada 26
Sexta vitória de Orlando numa jornada. Pena que nas restantes a sua prestação tenha sido decrescente. Carlos Miranda continua bem distante. A pontuação foi globalmente positiva.
O Sporting volta a jogar em casa e espera mais perdas de pontos. Desta vez com toda a legalidade.
Publicada por António Gouveia à(s) 07:18 |
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segunda-feira, abril 07, 2008
Golos da Jornada 25
Boavista 0 - Benfica 0
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Sporting 2 - Braga 0
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Leiria 0 - Naval 2
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Marítimo 1 - Nacional 0
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Porto 6 - Amadora 0
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Académica 0 - Setúbal 0
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Paços de Ferreira 2 - Guimarães 2
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Publicada por António Gouveia à(s) 13:09 |
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domingo, abril 06, 2008
Sporting 2 - SC Braga 0
Sobretudo eficácia!
Num jogo onde a gestão de esforço foi nitidamente a nota de destaque, o Sporting conseguiu uma vitória onde a eficácia demonstrada em campo foi brilhante. 2 remates 2 golos. Depois foi gerir. Mas atenção já existem alguns jogadores em condição física muito débil.
Jogaram:
Patrício - Tem uma intervenção brilhante a remate de Matheus que tranquilizou toda a massa associativa. Foi fundamental na vitória. Nota 4;
Abel - Um dos jogadores em deficit físico. Quando atacava era muito difícil regressar ao seu posto em especial no segundo tempo. Esta situação trouxe grandes dificuldades no seu flanco defensivo, felizmente sem consequências. É réu num lance anulado pelo brilhante Bruno Paixão, quando importunado por Matheus enfia inadvertidamente a bola na própria baliza. Por isto nota 2;
Grimi - Esteve bem. Controlou bem as acções atacantes faltou-lhe maior acerto no momento dos centros, foram todos para a defesa adversária. Nota 3;
Polga - Azarado. Lesionou-se aos 72' num jogo onde apesar de não ter mostrado o brilhantismo de outras exibições cumpriu bem a sua missão. Um reparo sempre que saiu em antecipação raramente ganhou o lance. Nota 3;
Tonel - Foi pronto socorro. Dobrou bem quer Abel quer Polga. Marcou Linz e aqui a porca voltou a torcer o rabo, mas felizmente para ele o austríaco estava em dia não. Acabou por ser uma exibição com uma boa dose de sorte. Nota 4;
Veloso - Está em alta. Posso começar a dizer que se Veloso está bem o Sporting ganha. E isso nota-se. Bem a recuperar jogo e melhor a lançar o ataque. Esperemos que mantenha a forma. Nota 4;
Farnerud - Foi a surpresa que PB reservou para hoje. Mas o sueco desta vez dobe impor-se e fez uma boa exibição. Foi muleta de Veloso e apenas lhe faltou acutilância ofensiva, de resto muito bem tacticamente e no capitulo do passe. Nota 4;
Moutinho - Nota-se fatiga no 'Capitão'. Acabou o jogo de rastos. Jogou bem não há duvida disso mas por volta dos 65' acumulou muito cansaço e assim partiu a equipa ao meio. Deve recuperar índices físicos para 5.ª feira. Nota 3;
Izmailov - Outro jogo onde colocou muito empenho e garra. Ajudou muito a fechar o meio campo defensivo e isso valeu-lhe nota positiva. Negativamente o facto de andar muito longe da zona de remate. Nota 3;
Yannick - Titular e ganhou o lugar. 2 golos cheios de raiva e confiança, para um jogador que parece querer aparecer após muito tempo lesionado. Foi o 'herói do jogo'. Nota 5;
Liedson - Sem Tiuí vê-se obrigado a dar jogo aos companheiros e que bem que o fez hoje. Ofereceu de bandeja os golo a Yannick e fartou-se de correr. faltou-lhe o golo. Nota 4.
Jogaram ainda:
Vukcevic - No lugar de Izmailov aos 61'. Veio cheio de força mas sem a acutilância de outros jogos. Viu o 5.º cartão amarelo. Nota 3;
Pereirinha - No lugar de Yannick aos 69'. Para fechar o flanco direito. Fe-lo com competencia. Nota 3;
Gladestone - No lugar de Polga aos 72'. Fechou bem o centro da defesa na hora do toca a reunir. Nota 3.
Nota final - Para já recuperamos o 4.º lugar e 2 pontos ao Guimarães (a jornada ainda decorre), o que foi positivo. Vamos, de moral em alta receber os escoceses do Rangers pedindo casa cheia e que os níveis físicos da equipa não baixem...
Publicada por Greenheart à(s) 20:48 |
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sexta-feira, abril 04, 2008
Empate que sabe a pouco
Fomos a um dos mais carismáticos estádios do mundo e onde o factor casa e o 12º jogador pesam. Saímos de lá com um empate que sabe a pouco, pois poderíamos ter dado um passo em frente para as meias finais desta competição. Mas não há que desanimar pois penso que poderemos passar com concentração, motivação, killer instinct e muita atenção na força e velocidade dos escoceses.
O Sporting esteve bem e de certa forma transfigurou-se para melhor, comparando com a média das exibições na Liga Bwin. Poucos foram os erros e o GreenHeart já disse e houve algum medo na finalização.
Para a semana espero passar às meias finais da Taça UEFA.
Quanto aos restantes encontros é de salientar o calculismo absolutamente cínico do campeão russo. à imagem da final de 2005 com CSKA, fizeram quatro raides mortais sobre a baliza do Leverkusen. Nos outros dois jogos houve dosi empates a uma bola e a persistência dos suburbanos madrilenos e Munique - o Getafe não desistiu enquanto não marcou.
Resultados e Vídeos
Glasgow Rangers 0 - Sporting 0
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Fiorentina 1 - PSV 1
1-0 Mutu 56
1-1 Koevermans 63
Bayer Leverkusen 1 - Zenit São Petersburgo 4
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Bayern Munique 1 - Getafe 1
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Publicada por António Gouveia à(s) 07:31 |
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Glasgow Rangers 0 - Sporting CP 0
Boa exibição e empate que sabe a pouco.
Podíamos ter feito um pouco mais. Defendemos bem, sem grandes sobressaltos e a transposição para o ataque foi bem feita, faltou apenas o atacarmos o ultimo terço de terreno mais objectivamente.
Ainda tivemos a melhor oportunidade do jogo mas o 31 deixou a bola escapar.
Jogaram:
Rui Patrício - Tranquilo e com grande presença. Não teve grandes sobressaltos mas também não os criou. Nota 4;
Abel - Esteve francamente melhor que nos últimos jogos mas ainda não atingiu os índices do inicio da época. Bem a defender, só arriscou o ataque pela certa e só na segunda parte. Nota 3;
Grimi - Lutador. Dono do flanco esquerdo defendeu muito bem e sempre seguro, nunca enjeitou a possibilidade de levar a bola até terrenos de ataque. Ficou na retina um raid de 50m onde só faltou a força no remate final. Bom jogo. Nota 4;
Polga - Voltou a ser o dono da zona central. Teve uma escorregadela comprometedora na primeira parte mas rapidamente limpou as botas e foi para o campo, onde dominou o centro da defesa. Nota 4;
Tonel - Ao nível de Polga. Ajudou a controlar Darcheville. Praticamente anulou o avançado francês. Ainda teve oportunidade de cabecear ao lado da baliza do Rangers na sequência de um canto. Sereno. Nota 4;
Miguel Veloso - Seja bem aparecido. Este sim é o Veloso dos bons tempos. Rápido a soltar a bola de capaz de marcar o ritmo do meio campo defensivo do Sporting. Andou sempre de cabeça levantada, e lançou os principais lances de ataque da nossa equipa. Nota 5;
Moutinho - O 'baixinho' não se intimidou minimamente perante as torres escocesas, e foi para a guerra. Parecia uma formiguinha de meio campo, de tanto jogo recuperar. Foi essa a sua principal função já que deixou a outros colegas a missão de construção. Nota 4;
Izmailov - Missão parecida com a do Capitão mas no flanco oposto. E fe-la razoavelmente bem. Destruiu muito jogo e entregou rapidamente a bola a Veloso ou Romagnoli. Saiu esgotado. Nota 3;
Romagnoli - Apenas tinha missão de organizar a equipa a atacar. Inicialmente pareceu limitado ao jogo que lhe deixavam, mas depois que percebeu que ia ter muita bola, agarrou no jogo e deu cabo da cabeça aos escoceses. Fez muito bem a transição defesa ataque. Nota 4;
Vukcevic - Teve pouco jogo. Talvez por não estar ainda nas melhores condições físicas, mas o que é certo é que não teve muitas oportunidades de mostrar as suas qualidades e aqui foi a principal deficiência da equipa as soluções de ataque. Segurou bem os seus adversários mas não atacou a baliza. Nota 3;
Liedson - Muita técnica, algumas reviengas bonitas, mas pouca produtividade. Teve como principal handicap o facto de ter para aí menos 15cm e para aí 30Kg que o seu adversário directo, o que desta vez deixou-o algo intimidado. Só uma vez conseguiu verdadeiramente criar o perigo, mas deixou escapar a bola na altura do remate. Melhor sorte para Lisboa por certo. Nota 3.
Jogaram ainda:
Pereirinha - Aos 70' no lugar de Izmailov. Veio trazer alguma velocidade ao flanco direito mas nunca conseguiu ganhar os duelos um para um. Nota 2;
Yannick - Aos 75' no lugar de Vukcevic. Entrou com o gás todo. Parecia capaz de definir o jogo e foi por muito pouco que não aconteceu. O seu entendimento com Liedson foi muito bom, pena o tal lance onde o 31 deixou escapara bola. Tentou várias vezes o golo. Sem sucesso, mas com muita objectividade. Nota 3.
Nota final - Mais uma boa noite Europeia do nosso Sporting. Mostrou-se capaz de ultrapassar esta equipa escocesa que o principal trunfo é a velocidade. Acreditamos que podemos passar esta eliminatória em casa, assim mantenhamos estes índices de forma. Segue-se o Braga em casa....
Publicada por Greenheart à(s) 00:57 |
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quarta-feira, abril 02, 2008
Futebol de Outra Galáxia - Jornada 25
Jornada fraca e vitória tangencial do 1º sobre o 2º classificado.
O Porto deve confirmar o seu tri campeonato o o Sporting tem de ganhar ao Braga para não perder a corrida pelo 2º lugar.
Publicada por António Gouveia à(s) 09:22 |
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terça-feira, abril 01, 2008
Semanada
Carlsberg Cup - Só as audiências televisivas podem aferir do êxito da prova. Entretanto houve um clube que na medida do possível fez por ganhar a final ao contrário do adversário que esteve insosso, apático e temerário. O vencedor de média dimensão mobilizou 10.000 pessoas para fazerem uma viagem de 250 km. Meritório! Sendo assim esta prova conseguiu dar vitalidade e prestígio a clubes médios. Um trunfo a seu favor.
Selecção - Fraquinha e sem ideias. Deixou muito a desejar. Só a hipótese do bluff pode justificar o que já se disse e a falta de entrosamento. Mas como ganhá-lo a não ser nestes jogos? Há várias alterações, nomeadamente nos não titulares. Não se augura nada de bom. Mas esperemos para ver, porque agora já não adianta mudar nada.
Sporting - Vitória esperada com um adversário fraquinho. Os cinco da frente ganharam e as posições relativas mantiveram-se. A equipa parece um pouco mais entrosada e motivada. É certo que Tiui parece lacaio de Liedson mas então é o melhor lacaio desde Setembro. O levezinho marca que se farta. E se a equipa ganha não é preciso preocuparmo-nos. Relativamente à concorrência mais directa dentro de portas atentemos nos seguintes dados sobre jogos oficiais:
Cristiano Ronaldo - Maldita Lei Bosman. Se esta lei não existisse o Sporting não teria embolsado tanto mas teria certamente uma equipa mais competitiva. Foi um deleite futebolístico ver o puto maravilha a dar mais um recital de bola. Um golo e uma assistência de calcanhar. Magistral. E com Nani a ajudar. Este ano deve ser o melhor futebolista. Esperemos que na Suiça e na Aústria esteja ao seu nível.
As Emoções
1 - Dan Ariely professor de psicologia do consumo no Instituto Tecnológico de Massachusetts, escreve também regularmente no The New York Times e The Wall Street Journal Y Science, deu, recentemente uma entrevista ao jornal “El Periódico” (Catalunha) onde revela algumas conclusões a que chegou no seguimento de uma investigação que efectuou aos chamados impulsos irracionais•.
Entre outras, saliento as seguintes passagens:
- … Há uns anos fui vítima de uma explosão que me deixou queimado 70% do corpo. Passei três anos no hospital a recuperar-me. O que mais me custava enfrentar era a tortura do banho, porque as enfermeiras, antes do banho, tinham que me tirar as ligaduras que me cobriam toda a superfície do corpo. …A dor era enorme, quem passou por experiência semelhante sabe que se as ligaduras forem tiradas de forma rápida a dor será muita aguda, se forem tiradas de forma lenta a dor será menos intensa… No meu caso e sem perceber porquê, foram tiradas de forma rápida;
-... mais tarde investiguei a situação e cheguei à conclusão que as enfermeiras optaram por tirá-las rapidamente, porque assim terminavam de forma mais célere e tornava-se menos doloroso para elas…
…Foram decisões irracionais, justamente porque somos humanos. Efectivamente não fomos desenhados (formatados) para viver neste mundo actual. mas sim num ambiente totalmente diferente, animal;
- … Por outro lado, constatei que a excitação sexual transforma as pessoas em seres completamente diferentes. Através de um grupo de jovens verifiquei, numa primeira fase, e em condições normais as suas preferências sexuais eram muito politicamente correctas. Numa segunda fase e após estarem excitados sexualmente pude verificar que o seu comportamento mudou radicalmente deixando de ser tão politicamente correcto;
- … O terreno das emoções é muito interessante. Porque as emoções não fazem parte do nosso sistema cognitivo. Séculos atrás, quando um homem se encontrava com um animal no meio da selva não se lhe colocava nenhuma dúvida relativamente ao que fazer. Com bom senso seguia as indicações fornecidas pela emoção.
Hoje em dia alguma publicidade gratuita e grotesca utiliza e manipula a favor de certas campanhas de vendas a exploração emocional do público potencial comprador. Os meios mais utilizados, normalmente, estão relacionados com os espectáculos que envolvem um número significativo de massas onde infelizmente se encontra incluído o desporto e o futebol em particular.
Assim, as autoridades competentes e as organizações responsáveis pela organização dos espectáculos desportivos tem obrigatoriamente de criar regras que defendam os interesses em, primeiro, dos seus praticantes e, em segundo lugar, dos adeptos.
Neste contexto faz todo o sentido o aparecimento e o desenvolvimento das organizações destinadas às causas referentes aos direitos dos praticantes e dos consumidores/espectadores. Trata-se de defender e proteger os DIREITOS DE CIDADANIA.
A realização, próxima, dos Jogos Olímpicos na China – um país dois sistemas – será neste mundo global em que vivemos um “laboratório” excepcional em que um dos elementos essenciais a avaliar e eventualmente “a explorar”será certamente o das emoções.
Ao longo dos tempos os jogos olímpicos têm sido sempre apaixonantes e emocionantes. Desta vez terão ainda mais razões para o serem ainda mais
O mundo ligado ao desporto deseja-o, os chineses – culturas diferentes – em particular merece-o.
2 - Foi emocionante acompanhar a liga inglesa neste último fim-de-semana e ver mais um golo espectacular de Cristiano Ronaldo. Desta vez de calcanhar e pelo buraco da agulha, era, naquela ocasião, a única maneira de fazer com que a bola entrasse. Goooolo. Mais um golo que fala português e que pela força do mediatismo e da globalização foi comentado e glosado, ao mesmo tempo e na hora, em diferentes e distintas partes do planeta.
Há quem diga e bem, que precisamos, urgentemente, de mais Cristiano(s), que é como dizer de mais emoções e por acréscimo de mais alegrias.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)