Recentemente tive a oportunidade de visitar a cidade de Barcelona. É uma cidade agradável, com um centro histórico bem cuidado, ao contrário das nossas duas principais cidades. É uma cidade da Aldeia Global, isto é, para além das ligações à América Latina é um ponto de ligação entre a Ibéria, o Mar Mediterrâneo e a Europa dita Ocidental.
Para um simpatizante do desporto rei, ir a Barcelona e não ir ao Camp Nou é como ir a Roma e não ver o Papa. Lá fui eu. Saí na estação do Metro de Colblanc. A primeira edificação que avistei foi uma gasolineira da GALP… Palmilhando mais umas centenas de metros pude ver à direita Camp Nou. Imponente como seria de esperar. Dando a volta à cerca vi o Pavilhão, Loja e Museu, já para não falar na pista de gelo coberta. Do lado esquerdo da rua estava outro estádio. Este mais pequeno.
Tinha as dimensões aproximadas do Estádio do Estrela da Amadora. Eu já sabia o que era esta edificação – O Mini Estádio. Sim, também é do F. C. Barcelona. “Só” tem 30.000 lugares e serve de campo do Barcelona B e de campo de treinos. No entanto o F. C. Barcelona também tem instalações semelhantes às da Academia de Alcochete, fora do centro da cidade.
Não consegui bilhetes para o jogo Barcelona – Villareal. Além do mais podia chover, o Camp Nou é descoberto e eu estava constipado. O que fiz? Vi a grandeza deste clube num restaurante. Quando Ronaldinho fez o melhor golo da sua carreira o restaurante ficou estupefacto e babado a olhar para a TV. São destas estrelas que se faz o Barcelona. Também dos seus milhões de apoiantes de uma região com língua própria dentro de Espanha. Como afirmam os catalães – a Nação catalã. Daí o título deste post – mais que um clube. Mas também dos seus fãs a nível Mundial. Vi belgas, holandeses, alemães e estes japoneses com quem conversei. Esta foto demonstra a dimensão planetária deste clube.
Um aparte. Na área circundante ao estádio está um velho autocarro com antigas estrelas do futebol Mundial. Estão lá futebolistas blau-granas bem com, Eusébio (Sporting de Lourenço Marques), Bobby Charlton (Manchester United), Altafini (Milão), Pele (Santos) e Di Stefano (Real Madrid). Sim está lá um jogador do branco inimigo figadal. Aqui se pode ver o Fair Play do Barca.
Escrevo este artigo, pois penso que o F. C. Barcelona pode funcionar como benchmarking para o nosso Sporting. Isto em termos de ecletismo, globalização e tentativa de conquista de títulos.
Ecletismo – Já falei aqui sobre isto. O Sporting sendo o clube mais eclético para cá da fronteira devia tentar estar presente noutros desportos, nomeadamente o Ciclismo. Isto sem perder de vista o seu equilíbrio financeiro.
Globalização – Apesar do Sporting não ter nem de longe nem de perto 8 milhões de simpatizantes na sua região de origem pode captá-los noutros continentes. Como?
A página na Internet deste clube catalão está em cinco línguas. Três expectáveis: Catalão, Espanhol e Inglês. Duas menos expectáveis: Chinês e Japonês. Corrigo, também expectáveis. Hoje em dia se um clube quer ter uma dimensão mundial deve tentar penetrar nos mercados chinês – 1/6 da população mundial – e japonês – potência económica com poder aquisitivo e emergente no futebol mundial.
Este seria um exemplo a seguir pelo Sporting Clube de Portugal. Como sabemos há uma grande comunidade chinesa em Portugal. Este é um veículo de passagem privilegiado da marca Sporting para o Império Vermelho. E uma página em Chinês também passa para lá da Muralha da China. Quanto aos japoneses justifica-se pelo potencial económico a página em japonês.
Conquista de Títulos – O Sporting joga sempre para ganhar. E assim deve continuar de forma a tentar bater o seu principal adversário nesta luta a vários desportos. Como todos sabem o Barcelona é o 1º clube que mais títulos tem a nível mundial seguindo-se imediatamente a seguir o Sporting Clube de Portugal!
quarta-feira, janeiro 03, 2007
F. C. Barcelona – Més que un club
Publicada por António Gouveia à(s) 14:17
Etiquetas: AG, Futebol Internacional
Subscrever:
Comment Feed (RSS)
|