Neste último fim-de-semana Jorge Valdano (JV) e Fernando Seara (FS) escreveram coisas interessantes no jornal “A BOLA”. Coisas relacionadas e a propósito com os momentos complicados que se vivem actualmente no futebol português.
Vale a pena citá-las:
No sábado JV disse-nos e para o efeito citou um compatriota seu, que nos tempos que correm não existe jornalismo mas sim jornalistas. Disse ainda que na ausência de espectáculo futebolístico de qualidade a alternativa a esta deficiência é substituí-la pelo jornalista;
No domingo FS escreveu que a partir dos acontecimentos recentes – a publicação do livro de Carolina Salgado sobre a sua relação com Pinto da Costa e a nomeação da procuradora Maria José Morgado para dirigir o processo instrutório referente ao “Apito Dourado” - as coisas mudaram radicalmente e nunca mais voltarão a ser como eram.
Portugal é um país que sente como poucos o futebol. Por isso vive permanentemente e intensamente o fenómeno, quase sempre de maneira doentia e algumas vezes de forma esquizofrénica. Por isso os seus adeptos são facilmente manipulados através da exacerbação dos seus sentimentos – paixão, ódio e inveja, sobretudo por este último. É curioso constatar que grande parte do escândalo “apito dourado” está centrado, a montante e a jusante, na inveja.
Uma parte significativa dos portugueses são benfiquistas, os restantes são sportinguistas e portistas. A “estrutura sentimental” do fenómeno futebolístico em Portugal é complexa.
Em Portugal existem três diários desportivos em que, permanentemente, o tema principal é sempre o futebol. Os jornais vendem-se porque falam de futebol e fundamentalmente e em primeiro lugar, do Benfica.
Portugal é um país pobre economicamente e possui níveis culturais muito baixos. As pessoas, praticamente, não lêem e quando lêem elegem os jornais desportivos e de preferência aquilo que está directamente relacionado com o seu emblema.
Por vezes diz-se que a “revolução do 25 de Abril” ainda não chegou ao futebol e às suas organizações. Por isso a prepotência, a incompetência, a corrupção e a falta de transparência se encontram ali fortemente instaladas.
Ainda e de acordo com JV e FS, aqui citados inicialmente, concluímos que a falta de qualidade dos espectáculos futebolísticos praticados hoje em Portugal poderá, de alguma forma, ser superado futuramente pela “excelência” editorial de alguns dos nossos habituais escribas e já agora, porque convém, adornados com os apitos adequados às circunstâncias.
Para terminar gostaria de dizer que não ficarei admirado, que a partir de agora, surjam outros apitos com sons e cores diferentes.
Nota: A propósito do recente aniversário do ALVALÁXIA (2 anos) gostaria aqui de dar os parabéns ao António Gouveia e ao Greenheart pelos excelentes resultados editoriais alcançados e desejar os maiores êxitos futuros, de preferência e se possível com inovação.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
Vale a pena citá-las:
No sábado JV disse-nos e para o efeito citou um compatriota seu, que nos tempos que correm não existe jornalismo mas sim jornalistas. Disse ainda que na ausência de espectáculo futebolístico de qualidade a alternativa a esta deficiência é substituí-la pelo jornalista;
No domingo FS escreveu que a partir dos acontecimentos recentes – a publicação do livro de Carolina Salgado sobre a sua relação com Pinto da Costa e a nomeação da procuradora Maria José Morgado para dirigir o processo instrutório referente ao “Apito Dourado” - as coisas mudaram radicalmente e nunca mais voltarão a ser como eram.
Portugal é um país que sente como poucos o futebol. Por isso vive permanentemente e intensamente o fenómeno, quase sempre de maneira doentia e algumas vezes de forma esquizofrénica. Por isso os seus adeptos são facilmente manipulados através da exacerbação dos seus sentimentos – paixão, ódio e inveja, sobretudo por este último. É curioso constatar que grande parte do escândalo “apito dourado” está centrado, a montante e a jusante, na inveja.
Uma parte significativa dos portugueses são benfiquistas, os restantes são sportinguistas e portistas. A “estrutura sentimental” do fenómeno futebolístico em Portugal é complexa.
Em Portugal existem três diários desportivos em que, permanentemente, o tema principal é sempre o futebol. Os jornais vendem-se porque falam de futebol e fundamentalmente e em primeiro lugar, do Benfica.
Portugal é um país pobre economicamente e possui níveis culturais muito baixos. As pessoas, praticamente, não lêem e quando lêem elegem os jornais desportivos e de preferência aquilo que está directamente relacionado com o seu emblema.
Por vezes diz-se que a “revolução do 25 de Abril” ainda não chegou ao futebol e às suas organizações. Por isso a prepotência, a incompetência, a corrupção e a falta de transparência se encontram ali fortemente instaladas.
Ainda e de acordo com JV e FS, aqui citados inicialmente, concluímos que a falta de qualidade dos espectáculos futebolísticos praticados hoje em Portugal poderá, de alguma forma, ser superado futuramente pela “excelência” editorial de alguns dos nossos habituais escribas e já agora, porque convém, adornados com os apitos adequados às circunstâncias.
Para terminar gostaria de dizer que não ficarei admirado, que a partir de agora, surjam outros apitos com sons e cores diferentes.
Nota: A propósito do recente aniversário do ALVALÁXIA (2 anos) gostaria aqui de dar os parabéns ao António Gouveia e ao Greenheart pelos excelentes resultados editoriais alcançados e desejar os maiores êxitos futuros, de preferência e se possível com inovação.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
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