A 3ª Mulher de Jorge Nuno Pinto da Costa (PC), Carolina Salgado, depois de terminada de forma violenta a relação com o presidente do FC Porto, resolveu escrever um livro. Este livro de cordel, chamado “Eu, Carolina” escrito com a ajuda de uma professora de português, põe a nu a intimidade de PC bem como a parte obscura do FC Porto e do futebol português.
Quanto à intimidade não vou aqui discutir nada pois não tenho curiosidade sobre o assunto. Quanto aquilo que envolve o futebol e a justiça já há muito a dizer.
1. Agressão a Ricardo Bexiga – vereador do PS na Câmara Municipal de Gondomar. Sabíamos que PC condicionava o Futebol Português. Inicialmente a arbitragem, posteriormente lugares directivos estão no âmbito deste controle. Quanto teve conhecimento do denunciante do caso Apito Dourado – toca de encomendar porrada. Como Reinaldo Teles já não era boxeur, socorreu-se dos serviços dos conhecidos da sua esposa. Com êxito. Efectivamente Bexiga só sobreviveu devido ao seu porte físico. O que eu questiono aqui é o seguinte: O que levou Bexiga a aceitar as desculpas desta senhora com tanta ligeireza? Será que ela cumpriu algum serviço comunitário? Vigarista a encobrir vigarista?
2. Almoços e jantares frequentes com árbitros, nomeadamente o polémico Martins dos Santos – Novidade? Claro que não. É simplesmente uma confirmação. Aqui só questiono o seguinte: Será que a Justiça vai proceder em conformidade?
3. Estatuto de Arrependida – A pessoa retratada no livro em causa, depois de admitir ser co-autora e conivente com diversos crimes, chantageou a Justiça Portuguesa, solicitando o Estatuto atrás referido, sem o qual se recusaria a colaborar activamente na resolução deste imbróglio criminoso. Que descaramento. Que topete. Uma criminosa assumida ainda tem a desfaçatez de EXIGIR um estatuto mais proveitoso para si própria, sem o qual se escusa a cumprir os seus deveres de boa cidadã? Incrível. Este ponto e o anterior levam a olhar para o seguinte.
4. Qual Justiça? – A italiana ou a reclamada por Saddam Hussein? Se tivéssemos uma Justiça italiana, e refira-se que a Itália é o país de onde é oriunda a Máfia, o caso do Apito Dourado seria pelo menos mais célere. Se tivermos a tradicional lenta, burocrática, ineficaz e atávica Justiça Portuguesa, supostamente reclamada por Saddam Hussein para julgar os seus crimes de Guerra, então teremos o risco de acontecer…
5. Impunidade geral com base na Jurisprudência (ou ausência dela) – Sabemos que PC não é Santo quanto mais Papa. Antes pelo contrário. Com uma denúncia tão evidente será que ele passa impune? Como dizia ontem Pacheco Pereira “Se 10% disto acontecesse noutro sector da sociedade, designadamente a política já tinha caído o Carmo e a Trindade”. Se PC e outros ficarem impunes quem quiser prevaricar tem uma ausência de Jurisprudência que lhe “dá moral” para fazer o que bem entender. Nota – não é de Jurisprudência que se trata mas da siples aplicação da legislação em vigor.
Assim vai o Futebol e a Sociedade Portuguesa. Com os seus mediáticos Mega Processos inconsequentes. É o país que temos. Mas não o que merecemos. Pelo menos eu e os meus colegas de blogue pensamos que merecemos mais. Em termos de Justiça pelo menos a “mafiosa” Justiça italiana.
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