sexta-feira, março 02, 2007

Morte pela cura...


O projecto empresarial inicialmente pensado e desenhado por José Roquette para o Sporting veio, “á posteriori”, a revelar-se insuficiente e portador de vicissitudes que ultimamente tem preocupado, justamente, os adeptos do clube.

Hoje em dia os grandes clubes de futebol, sobretudo os europeus, são geridos de forma empresarial estando integrados numa indústria autónoma e rentável. Os exemplos de sucesso são cada vez mais e, felizmente, encontram-se disseminados por diferentes países e correspondentes Ligas Profissionais.

O seu “corebusiness”é o futebol espectáculo. Apenas este e tudo o que lhe diz respeito. A fabricação dos artistas (formação), o tratamento da sua imagem (marketing).

Tudo, no entanto, depende do resultado final e este tem que ser forçosamente positivo. Continua, portanto, a existir uma forte componente aleatória e concomitantemente de risco.

Tem-se vindo ainda a constatar que a maioria dos projectos com sucesso não se dispersam, concentram-se apenas no futebol. Infelizmente o “ecletismo” desportivo tende a deixar de se concentrar nos clubes tradicionais e em contrapartida e alternativa tem tentado encontrar solução e autonomia nas “marcas”.
Tolera-se uma, no máximo, duas modalidades mais por clube/projecto.

O trinómioeficiência, eficácia e economicidade – está presente e permanentemente exige mais rigor e mais competência e dedicação exclusiva aos gestores dos clubes. Nada se compadece com meios tempos e termos.

No SCP urge proceder a reformas profundas e não apenas sanear financeiramente o clube. Se ficarmos apenas por este corremos o risco de morrermos através do processo de cura adoptada.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)