Época cinzenta e com muitos jogos. O esforço fez-se sentir em muitas exibições. "Demos de avanço" a primeira parte em muitos jogos. A bem da gestão de esforço e a mal de vários resultados. Geralmente era no Campeonato onde isto mais acontecia.
Fizemos um campeonato como alguém disse e bem ao nível de 2004/2005 com Peseiro. Excepto nos golos marcados e nas exibições, então bastante melhores. Aqui só o Porto foi diferente para melhor. Perdemos muitos pontos, alguns já anteriormente explicados, outros nem por isso. A saída de Alvalade foi muito penosa. Só vencemos quatro jogos fora.
O 2º lugar sabe a pouco. Apesar de ser financeiramente bom o que é certo é que nos últimos seis anos o posicionamento de Campeonatos conquistados Porto Sporting passou de 18-18 para 23-18. Sintomático e sem perspectivas de mudança.
Na Taça da Liga tivemos exibições sofríveis apesar de coroadas com vitórias e tivemos o cinzentismo que nos garantiu a derrota nos penaltys na final. Sem esforço, nem dedicação nem devoção não houve glória.
Na Taça de Portugal... fomos justos vencedores depois de nos termos superiorizado a Benfica e Porto. Antes disso tínhamos eliminado dois clubes de escalões inferiores e os primodivisionários Marítimo e Estrela da Amadora. Foi a 3ª vez na história do clube em que ganhámos duas Taças em dois anos consecutivos. Desde 73/74 que também não ganhávamos duas provas maiores em dois anos consecutivos. Então fomos campeões no 2º ano. Sensação nova para mim e para muitos sportinguistas. Foi interessante estar lá no estádio este ano, tal como no ano passado.
Nas competições europeias os 12 jogos irmamente repartidos entre as duas provas sabem a pouco. Se na primeira estivemos bem melhor que na ano transacto na segunda fomos relativamente longe face aos adversários que encontrámos. A eliminação com o Glasgow Rangers foi amarga nas circunstâncias em que aconteceu. Para o ano há mais Europa.
Falando dos Jogadores digo que perdemos três pesos na Equipa. Ricardo não foi bem substituído. Stojkovic justificou entre as portas do clube o porquê de não parar muito tempo no mesmo clube. Rui Patrício tem futuro mas parece-me por vezes inseguro.
Caneira não fez as suas aberturas, os seus passes rasgados a lançar ataques mortíferos, Foi para Valência fazer pela vida. Não o culpo mas não teve substituto à altura. No flanco esquerdo só com a entrada de Grimi em Dezembro a sua presença defensiva foi colmatada.
Nani não viu a sua criatividade substituída. Vukcevic, a melhor aquisição, actua mais em força e só com o pé esquerdo. Izmaylov foi intermitente mas também é um bom valor a moldar e desenvolver.
Destaque especial para João Moutinho e Miguel Veloso. Ambos pela sua regularidade de dezenas de jogos. O primeiro também pelo seu recorde nacional de 56 jogos oficiais e pelo seu espírito de Capitão Formiguinha. O segundo pela quantidade de jogos e pela melhoria exibicional do final da época, que quase o cola à nível da menos exigente época transacta.
A Equipa Técnica trabalhou como pode os recursos disponíveis. Com tanto esforço a criatividade e algum empenho foram preteridos em desfavor de menos lesões. O discurso parece e é o mesmo. Mas não há grandes motivos para mudar. Continuou a ser realista mas as exibições nunca foram de 90 minutos e só com o Benfica na Taça foram de encher o olho. Mérito para a neutralização de Porto em 3 encontros sendo que no primeiro fomos condicionados por erro de arbitragem.
Quando à Direcção tem que pensar o que quer do futuro e também quem quer a comandar a equipa na próxima época. Se há que mudar que seja já. Espero que não mude e que o trabalho seja melhorado e aperfeiçoado. Falando de finanças deve ser mais transparente e justificar o passivo e o seu aumento quando teve receitas extraordinárias para o reduzir.
segunda-feira, maio 19, 2008
Sporting
Publicada por António Gouveia à(s) 22:38
Etiquetas: AG, Época 2007/2008, Sporting
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