quarta-feira, maio 14, 2008

Semanada

Escrevendo desordenadamente sobre a Justiça recentemente aplicado ao Futebol Luso digo que…

A montanha pariu um rato. O sistema judicial conseguiu incriminar o FC Porto num daqueles roubos totalmente desnecessários e pouco flagrantes. Outros houve que tiveram barbas e serviram para instituir o medo reinante com base no qual se alicerça o poderio nortenho.

Pinto da Costa só é suspenso. Possivelmente será substituído por Reinaldo Teles que foi e é o operacional do sistema. Digamos que a cabeça só perde a sua aparência. O miolo duplo fica lá no seu todo.

Quanto ao Boavista segue a máxima que o mais fraco é que paga as favas. Não sendo a família Loureiro um exemplo de honestidade para a sociedade portuguesa, João Loureiro é suspenso por quatro anos. O que à partida me parece excessivo comparativamente com Pinto da Costa. No entanto a corrupção de que o Boavista e o seu dirigente é acusado é em maior quantidade e gravidade o Porto.

A pena da descida do Boavista parece-me excessiva. O Porto perde 6 pontos. Uma ninharia, se olharmos ao que se passa desde há 31 anos. E se repararmos que Pinto da Costa (corruptor) é condenado por tentativa de corrupção activa quando Jacinto Paixão (corrompido) é condenado por consumação de corrupção passiva. Será que é preciso comentar???

O Sistema é o que é e está descrito e factualizado em vários sítios e por vários autores. Continuará a ser o mesmo pois os Polvos reinantes ainda mexem os seus cordelinhos na penumbra e continuarão a mexer. Ainda têm muito tempo para deixarem descendência. Pouco ou nada se alterará.

Voltando atrás, repito que a montanha pariu um rato. Mas nos noticiários internacionais não deixará de se ver esta ponta do iceberg que poderia ser explorada caso fosse vontade dos poderosos. Infelizmente não é. Nem tudo são rosas no futebol e na sociedade. Mas se quisermos progredir há que limpar toda a sujeira, mesmo aquela que está debaixo dos tapetes e dos móveis (esta que aparece na casa dos impolutos).

Os três grandes são o que são e a nossa Liga tem os problemas que todos sabem. Obviamente que a visibilidade do País e da nossa indústria assenta nestes três pilares e noutros de média dimensão. Há então que dignificar o espectáculo. Há que mentalizar todos que mais vale uma derrota limpa por um ponto que uma vitória suja por outro ponto. A bem do espectáculo enquanto um todo e de futuras vitórias honestas e merecidas.

Não foi assim nos últimos 31 anos. E foi assim que se perderam as pessoas dos estádios pelo que já foi dito e por comodismo. Só que o comodismo colocou-as nos sofás mas a ver outras Ligas. Ligas naturalmente mais poderosas e competitivas. Ligas infelizmente e por via de regra mais honestas. Sendo assim o futebol luso cairá no esquecimento.