segunda-feira, novembro 20, 2006

Sir Alex Ferguson

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Recentemente o treinador do Manchester United completou 20 anos como treinador principal da equipa de futebol, repito e escrevo, 20 anos, que Ferguson nascido na Escócia e que chegou de malas aviadas a um clube esfrangalhado, desorganizado e com fracas assistências de público. Estávamos, então, no ano de 1986 e o novo treinador tinha 44 anos.

Nos primeiros três anos os resultados foram magros, os problemas eram muitos e pior do que isso, subsistiam, por isso esteve quase para sair. No entanto algo mudara, tinham sido lançadas as sementes da formação e a aposta sistematizada e organizada na juventude.

Nos anos 90 os resultados apareceram e os troféus começaram a encher o ego dos adeptos e dirigentes do clube. Foram 25 de diferentes proveniências. O Manchester rapidamente passou a ser o principal clube de futebol da Inglaterra (4.600.000 torcedores) e um dos mais temidos a nível mundial. Ganhou desde então tudo o que havia para ganhar.

O estádio do clube, Old Trafford, com lotação para 68.000, encontra-se, sempre, esgotado.

Transformou-se “societariamente”, comprar hoje acções dos “reddevils” (diabos vermelhos) é no mínimo um investimento seguro.

Alterou-se profundamente a imagem do clube e os respectivos direitos associados e concomitantemente rentabilizaram se os mesmos.
Por outro lado, diversificou-se e massificou-se (exponencialmente) a comercialização de produtos directamente relacionados com as actividades desportivas desenvolvidas (camisolas, fatos de treino, cachecóis, lapiseiras, produtos musicais e de literatura e ainda muitos outros).
Hoje, no seu conjunto, de forma autónoma ou através de operações de merchandising adequadas, pode-se afirmar que o volume de negócios gerados, quer no Reino Unido quer em muitos outros locais do mundo, se tornou numa fonte inesgotável de recursos.

Tornou-se num “fenómeno” sociológico que hoje, a par do Real Madrid, é conhecido e amado em todo o Mundo – as digressões internacionais do Manchester são sempre um sucesso.

Por lá passaram e estão inúmeros ídolos, citamos entre outros, Best, Schmeichel, Cantona, Beckham, Sholes, Rooney e Cristiano Ronaldo.

Nos finais dos anos 90 e com a equipa em declive, os vermelhos de Manchester foram buscar um treinador português, de seu nome Carlos Queirós, para adjunto e a pedido do próprio Ferguson. Objectivo, enriquecer o clube ao nível formativo, associando a este o talento de um grande especialista, seguramente um dos melhores a nível mundial, nesta matéria.

Nos dias que correm é correcto dizer que o “complexo industrial - Manchester” atingiu uma dimensão de interesse global e que o seu êxito passa fundamentalmente e também por uma gestão criteriosa dos seus ídolos. Este são hoje e não é por acaso, provenientes de várias partes do mundo.
Assim e neste contexto o modelo formativo passou a ser pensado e dimensionado não apenas localmente, mas também à escala global.

Os resultados estão à vista e com eles se confirma quão justa é a frase de sir Alex Ferguson, quando diz – de tudo o mais importante é o futuro.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)