quarta-feira, novembro 22, 2006

Cooperação uma palavra amiga...

1. Tem vindo o nosso Presidente da Republica – Cavaco Silva – a promover a ideia da necessidade imperiosa das instituições, aos mais diversos níveis, cooperarem entre si de forma a ultrapassarmos os obstáculos existentes ao desenvolvimento sustentado da nossa economia. Nos tempos que correm a cooperação institucional é importante não apenas á escala local (leia-se nacional) mas e fundamentalmente, à escala global (leia-se europeia e mundial).

Ao promover a ideia – cooperação institucional local – o nosso Presidente parece-me propor o seguinte:

- Que os diversos ministérios e as suas direcções gerais, as autarquias, os diferentes institutos públicos e demais organismos do Estado, cooperem no sentido de operacionalizarem com eficiência, eficácia e economicidade as politicas e os recursos existentes e postos á sua disposição pelos contribuintes nacionais e comunitários;

- Que os órgãos do Estado com inteligência e sentido de oportunidade cooperem e colaborem com a sociedade civil de forma a agilizar politicas e recursos. Em abono da verdade, modernamente, o Estado tem vindo cada vez mais a assumir o papel de suporte estrutural da sociedade civil;

- Que os principais agentes políticos – partidos com assente Parlamentar – se entendam nas questões fundamentais e promovam as diligências politicas adequadas para o efeito, criando os concomitantes equilíbrios sociais desejáveis.

2. Não deixa de ser curioso e igualmente triste e preocupante, que ao fim de 32 anos de vida democrática, o país não tenha ainda compreendido, na sua plenitude, esta necessidade, primária, de cooperação institucional. O nosso Presidente, ao colocar no centro da agenda politica este problema / necessidade está a alerta-nos, inteligentemente, para o facto de que não basta equacionar os problemas e encontrar os meios com vista à sua solução é necessário, também, operacionaliza-los através da cooperação.

3. No segundo semestre de 2007 a Presidência da União Europeia (UE) caberá pela terceira vez a Portugal.
A agenda será essencialmente composta por:

a) Constituição Europeia – sendo fundamental encontrar as soluções adequadas que ultrapassem as dificuldades que levaram ao veto da França e da Holanda;

b) A Agenda de Lisboa – proceder à sua avaliação e introduzir as correcções necessárias e programar a sua continuidade;

c) A Imigração – proceder à sua avaliação à escala europeia e planetária e equacionar as politicas futuras adequadas ao desenvolvimento económico e social sustentado.

Obviamente que o êxito destas politicas passa, necessariamente e fundamentalmente, pela cooperação realizada ao nível das principais instituições, organizações privadas e públicas dos países membros da UE.

4. Nesta conformidade devo salientar a visão oportuna, porque inteligente, do nosso Presidente da Republica ao ter colocado o desafio da cooperação institucional como tema politico determinante na actualidade.
Salienta-se, portanto, a atitude sábia de alguém que foi primeiro-ministro de Portugal durante 10 anos e que sabe, melhor do que ninguém, aquilatar sobre as verdadeiras necessidades do país real que somos.

Nota:Ao inserir este texto neste espaço, estou a fazê-lo de forma integradora com o propósito, também, de estimular atitudes construtivas futuras desejáveis e necessárias para a melhoria do estado e governo do futebol português e das suas principais organizações.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)