Na final do último campeonato do mundo de futebol disputado recentemente na Alemanha, todos os milhões que assistiam à mesma no local e pelas diversa rádios e televisões ficaram de boca aberta quando Zidane, capitão de equipa da selecção francesa, agrediu à cabeçada um adversário pertencente á selecção italiana, de seu nome Materazzi.
Absolutamente nada, pode justificar o comportamento indecoroso do jogador francês. Este consciente da burrice praticada de imediato e após indicação do árbitro, abandonou o terreno de jogo. Mais tarde tentou justificar a enormidade com o facto de o jogador agredido o ter insultado verbalmente.
A FIFA sem perda de tempo abriu um inquérito e veio a aplicar sanções aos dois jogadores, no mínimo, passíveis de serem consideradas ridículas.
De facto e na prática a FIFA acabou por branquear uma situação de violência, a qual foi cometida por dois interpretes considerados, então, excelentes e com a agravante de a mesma ter ocorrido numa final da competição mais importante do mundo do futebol. Imperdoável e inqualificável o acto disciplinar final praticado pela FIFA.
Resultado, perante tais comportamentos incompreensíveis, a violência continuou a perpetuar-se, desde então, nos campos de futebol espalhados por esse mundo fora. A pseudo justificação passou a ser a seguinte – se àqueles nada de especial lhes aconteceu porque é que, então, nós não podemos também?
Vem tudo isto a propósito da entrada violentíssima do já “célebre” carroceiro Materazzi ao jogador Caneira, a qual ocorreu recentemente no jogo disputado em Milão entre o Inter e o Sporting para a Liga de Campeões Europeus. Para o agressor nem um cartão amarelo, para o agredido e além da saída imediata do campo, uma certeza, que vai ficar em recuperação até final deste ano.
Da UEFA, organismo que dirige esta competição e que pertence á FIFA, até agora nenhuma atitude nem comentário.
Posto isto e a propósito faz todo o sentido lembrar o Relatório Arnault e a importância do mesmo, em virtude do seu excelente conteúdo, para a implementação futura de novos comportamentos, atitudes e competências organizacionais compatíveis com as exigências de uma moderna indústria do futebol.
Indústria do futebol, onde as responsabilidades pelas atitudes de violência ocorridas nas diversas competições serão, então, com celeridade atribuídas e assumidas.
Nota: Morreu um grande poeta e pintor português do século XX, de seu nome Mário Cesariny.
Tinha 83 anos, estava já numa fase adiantada da doença e recentemente terá comentado com um amigo que o país necessitava de ser urgentemente, todo ele, pintado de novo. Questionado pelo amigo que isso terá sido o que ele fez durante toda a sua vida. Mário Cesariny ter-lhe-á respondido que a tarefa é muito mais complexa e que deverá ser feita lentamente até porque o país não aguenta grandes velocidades.
Palavras lúcidas, palavras de poeta.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
Absolutamente nada, pode justificar o comportamento indecoroso do jogador francês. Este consciente da burrice praticada de imediato e após indicação do árbitro, abandonou o terreno de jogo. Mais tarde tentou justificar a enormidade com o facto de o jogador agredido o ter insultado verbalmente.
A FIFA sem perda de tempo abriu um inquérito e veio a aplicar sanções aos dois jogadores, no mínimo, passíveis de serem consideradas ridículas.
De facto e na prática a FIFA acabou por branquear uma situação de violência, a qual foi cometida por dois interpretes considerados, então, excelentes e com a agravante de a mesma ter ocorrido numa final da competição mais importante do mundo do futebol. Imperdoável e inqualificável o acto disciplinar final praticado pela FIFA.
Resultado, perante tais comportamentos incompreensíveis, a violência continuou a perpetuar-se, desde então, nos campos de futebol espalhados por esse mundo fora. A pseudo justificação passou a ser a seguinte – se àqueles nada de especial lhes aconteceu porque é que, então, nós não podemos também?
Vem tudo isto a propósito da entrada violentíssima do já “célebre” carroceiro Materazzi ao jogador Caneira, a qual ocorreu recentemente no jogo disputado em Milão entre o Inter e o Sporting para a Liga de Campeões Europeus. Para o agressor nem um cartão amarelo, para o agredido e além da saída imediata do campo, uma certeza, que vai ficar em recuperação até final deste ano.
Da UEFA, organismo que dirige esta competição e que pertence á FIFA, até agora nenhuma atitude nem comentário.
Posto isto e a propósito faz todo o sentido lembrar o Relatório Arnault e a importância do mesmo, em virtude do seu excelente conteúdo, para a implementação futura de novos comportamentos, atitudes e competências organizacionais compatíveis com as exigências de uma moderna indústria do futebol.
Indústria do futebol, onde as responsabilidades pelas atitudes de violência ocorridas nas diversas competições serão, então, com celeridade atribuídas e assumidas.
Nota: Morreu um grande poeta e pintor português do século XX, de seu nome Mário Cesariny.
Tinha 83 anos, estava já numa fase adiantada da doença e recentemente terá comentado com um amigo que o país necessitava de ser urgentemente, todo ele, pintado de novo. Questionado pelo amigo que isso terá sido o que ele fez durante toda a sua vida. Mário Cesariny ter-lhe-á respondido que a tarefa é muito mais complexa e que deverá ser feita lentamente até porque o país não aguenta grandes velocidades.
Palavras lúcidas, palavras de poeta.
Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)
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