quinta-feira, junho 19, 2008

Mais uma decepção!!!

Lá ficamos pelos quartos no Euro 2008.
O nosso carrasco foi a Alemanha, que não sendo aquela selecção de outros tempos é nitidamente uma equipa com trabalho de casa feito. Cedo entendeu que tanto os centrais como o guarda-redes eram pontos fracos nesta equipa. E assim foi.
Em 4 minutos desbaratinaram a nossa defesa.
O pior é que o Ricardo só tocou na bola aos 94', tendo apenas falhado no interceptar de 2 cruzamentos, um onde partilha as culpas com PEPE (perdeu de vista KLose), o outro porque Paulo Ferreira apesar de ligeiramente empurrado não acreditou no lance.
Quem comete estes erros não merece mais.
Outra nota o CR7 mostrou porque não é ainda o melhor do mundo. Não consegue fazer a equipa girar em seu retorno como KAKA e Zidane (um faz o outro fazia).

Sai também Scolari com trabalho feito mas neste Euro com muitas asneiras cometidas.

Balanço final 2 vitórias e 2 derrotas, muito pouco para um superfavorito mas ao nível do 11º lugar do Ranking da FIFA.

quarta-feira, junho 18, 2008

Euro 2008 - Fase de Grupos

Euro 2008

Peço aqui desculpas por não ter opinado sobre os golos do Clube Portugal mas uns dias de férias, falta de internet e boas exibições levaram à minha ausência.

Faço aqui agora uma análise sobre cada uma das 16 selecções na Fase de Grupos.

Portugal - Superou as minhas expectativas. Há frescura física e entrosamento. Moutinho e Pepe entraram bem no grupo. De resto tudo está normal porque o trabalho é bem feito. Os dois primeiros jogos foram para o apuramento e terceiro para descomprimir. Quanto a mim o grupo está blindado, quanto baste, às transferências, empresários e notícias conexas. O apoio é merecido. Há que louvar o esforço de milhares de emigrantes que em dias de trabalho enchem estádios com 12.000 lugares e pagam bilhetes de 70 Euros para ver a equipa de todos nós. Neste caso é mais deles e dá-lhes identidade e respeito nas comunidades onde se inserem.

Turquia - São mais jovens e mais determinados que os checos apesar de tecnicamente e tacticamente inferiores. Foi esta determinação que os levou aos quartos de final quando na negra perdiam por 2-0 aos 75 minutos e conseguiram a reviravolta para 3-2. Com alguma regularidade estão nos grandes eventos futebolísticos. Esta presença é baseada no seu espírito turco.

República Checa - Cansaço físico e idades elevadas foram traiçoeiros. Apesar disso são os mesmos checos de sempre. Após cuidada renovação vão continuar a sê-lo e serão uma equipa a ter em conta.

Suíça - Foram assolados por dois problemas graves: a estrela Frei lesionou-se e a esposa de Jaköb Kuhn foi hospitalizada, tendo este duas dores de cabeça em vez de uma. Apesar de tudo seriam sempre a equipa mais fraca do grupo. Não obstante os factores de desequilíbrio ficaram em cheque. A vitória frente a Portugal foi uma bonita homenagem à longevidade e carinho do seleccionador helvético. Sete anos à feente de uma equipa é obra.

Croácia - Os mais fieis herdeiros da beleza futebolística jugoslava venceram o seu grupo. Têm um futebol fresco, técnico, suave e rápido. Penso que chegarão às meias finais. Depois se verá...

Alemanha - Baquearam frente à Croácia e espero que façam o mesmo frente a Portugal. De resto foi uma equipa igual a si mesma. Consistente, fisicamente forte, matreira, linear, eficaz. Temos equipa para eles mas as probabilidades de sucesso não andam longe dos 50-50. Mérito para Joachim Löw, técnico e futebolista de pouca nomeada mas que é uma pessoa inteligente. Caso não o fosse Klinsman não o teria ido buscar para seu adjunto.

Áustria - Fraquinhos. Há quanto tempo andam arredados dos grandes eventos internacionais? Bons anfitriões e pouco mais

Polónia - O maior flop. Onde este o seu futebol rápido, físico e eficaz da fase de qualificação? Evaporou-se certamente. E foram uma equipa vulgar. Beenhakker não foi feliz. Há que aproveitar o trabalho já feito e ir até à África do Sul em 2010.

Holanda - Os melhores da primeira fase. Limparam tudo o que se lhes atravessou à frente. Rápidos, certeiros e mortais. A laranja já espreme os adversários. Provavelmente serão assim até à final.

Ilia - Iguais a si próprios! Matreiros, sempre a estudar o adversário e a planear os voos picados sobre a baliza adversária. Cilindrados após três décadas pelos holandeses com um dos golos irregular, empataram com a Roménia e dizimaram as esperanças gaulesas de qualificação no último jogo. Têm agora os espanhóis pela frente com toda a incerteza que isso representa.

Ronia - Já tiveram melhores dias mas quase chegavam aos quartos. Efectivamente a equipa já tinha sido melhor mas granjeou dois empates junto de França e Itália... A Holanda não foi em conversas e mandou os romenos para casa.

França - Desta vez Raymond Domenech não conseguiu reciclar e aproveitar os restos (qual Filipa Vacondeus) com fez tão bem na Alemanha ainda com Zinedine Zidane. Apesar de não ter o maestro na qualificação chegou Aos Alpes. Mas aqui baqueou. Há que reestruturar esta selecção.

Espanha - Grande fúria! A mescla de nacionalidades espanholas desta vez conseguiu mostrar-se Aragonés tem bom trabalho desenvolvido. Vejamos agora até onde vai. Se sair que não seja de forma inglória e abaixo das expectativas como é a sua regra. Destaque especial para o contingente de "Beatles" espanhóis liderados por El Niño.

ssia - Zenit e Spartak balizam esta selecção comandada por Hiddink. A frieza russa que gela os adversário e depois os batem com força, velocidade e pontaria anda nos Alpes. Será que Hiddink vai derrotar a Pátria Mãe? Holanda Rússia será um jogo de muito boa qualidade com tão bons argumentos em campo. Ou será um jogo táctico? Ou ainda fracticidamente violento?

Suécia - Cansados e superados. Ibrahimovic não treinou. Só jogou de tão cansado que estava. Após um falhanço contra a Rússia ficou a bocejar. Isto resume o cansaço sueco. Os outros jogadores são bons. Técnica e tacticamente inteligentes foram superados por outros atributos adversários. Lagerbäck continua a fazer um bom trabalho. Desta vez só marcou presença.

Grécia - 0 pontos! 16º classificado! Justo! Fala o meu patriotismo e o meu rigor futebolístico. Quanto ao patriotismo não é preciso dizer mais nada. Quanto ao rigor futebolístico o que merece uma equipa cujo objectivo é derrotar os adversários por 1-0 com um único lance de ataque em 90 minutos e entregando todas as despesas da contenda ao adversário? A DERROTA! Três derrotas. Rehhagel é inteligente mas o anti jogo só merece a derrota.

sábado, junho 14, 2008

Para reflectir (III) - (Continuação)

O projecto de reestruturação financeira apresentado pelo presidente do SCP aos sócios do SCP é um bom exemplo que, em meu entender, merece ser divulgado como um boa prática, eventualmente, a ser estudada e discutida por todos aqueles que acompanham o fenómeno desportivo e o futebol profissional em particular.

Assim sendo e em esquema passo a apresentar o projecto:

Financas SCP

GLOBALMENTE:
• Pretende-se reduzir o passivo dos actuais 254 M. € para 139 M. € em 2012;

• Pretende-se reduzir significativamente o serviço da dívida, passando a poupança conseguida para a gestão corrente do negócio;

• Pretende-se globalmente manter e valorizar, o mais possível, os activos futebolísticos do clube. Só assim será possível tornar o clube mais competitivo e ganhar mais títulos.

Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

quinta-feira, junho 12, 2008

Para reflectir (II) – (continuação)

3. E mais contentes ficámos quando ganhámos à República Checa por 3-1 e garantimos, logo ali, praticamente o acesso aos quartos-de-final e o primeiro lugar no grupo. Situação que se veio a confirmar mais tarde com a derrota da Suíça frente à Turquia.

Foi num ambiente, crescente, de euforia que mais tarde fomos surpreendidos com a notícia da contratação de Luiz Felipe Scolari pelo Chelsea. De forma inesperada, mas à boa maneira sensacionalista – muito tablóide – o clube de Londres, ressuscitado pelo multi-milionário russo Roman Abramovich, anunciou a contratação do “mestre” Filipão por dois anos e por qualquer coisa como 9 milhões de euros anuais.

Foi de facto uma surpresa, ninguém estava à espera de tal notícia. No mínimo exigia-se mais respeito pelos portugueses. Esta não era a altura de divulgar a contratação, o bom senso aconselhava esperar por um período mais adequado. No fundo Scolari e Madail e este parece ter acompanhado a situação em pormenor, acabaram, com esta atitude por dar razão a todos aqueles que, a seu tempo, pretenderam tratar a selecção como o seu clube de futebol, o chamado Clube Portugal.
Uma palavra final de desagrado para com Madail o ainda presidente da FPF, cargo que acumula com outro na UEFA, para dizer que esteve, neste processo, muito mal.

4 Consequências desta situação no seio do grupo da selecção não se sabem ainda quais virão a ser. Uma coisa é certa a imagem que estamos a passar para o exterior é péssima.

Como péssima tem sido a imagem que temos vindo a passar com a situação do FC. Porto e a eventualidade de este clube vir, por questões disciplinares, a ser afastado das competições europeias organizadas pela UEFA para a próxima época (2008 – 2009).

5 Os factos descritos anteriormente (parte I e II), são demonstrativos da situação difícil em que mergulhou o futebol português, quer a nível de clubes, quer a nível de selecção, pelo que independentemente dos resultados que esta vier a alcançar neste EURO 2008 – que desejamos que seja a vitória final – se comece a pensar em fazer uma reflexão atenta sobre a situação de crise profunda em que se encontra mergulhado o futebol português. Crise institucional, organizacional, económica e financeira.

(Nota: na parte III deste trabalho apresentamos um trabalho realizado sobre o Projecto de Reestruturação Financeira do SCP)

(Continua)

Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

terça-feira, junho 10, 2008

Para reflectir (I)

1. Euforia que, inteligentemente, tem vindo (recentemente) desde Viseu a ser criada à volta da principal selecção de futebol. Um clima que está a ser construído por alguma comunicação social portuguesa.

Um estado de ânimo excessivo, porventura, compensador de um certo desânimo transversal que se instalou na sociedade portuguesa.

E o nosso futebol indígena, ao nível de clubes, não tem sido excepção, bem pelo contrário tem sido igualmente desesperante. Se olharmos (últimos anos) para a situação económica e financeira da maioria dos clubes o que vimos é muito mau, quase todos estão falidos. Se olharmos para as assistências da maioria dos jogos (últimos anos) realizados na principal Liga, o que verificamos é que quase não existe público nos estádios. Se analisarmos atentamente os planteis dos clubes da primeira Liga, verificamos que os atletas que os constituem são maioritariamente formados por jogadores estrangeiros provenientes, também em larga medida, da América Latina. Se observarmos os dirigentes desportivos existentes, verificamos, que a sua qualidade técnica é muito baixa. Se por último estivermos atentos ao nosso jornalismo desportivo (escrito e falado), o que constatamos é que o mesmo “vive” da especulação informativa e por vezes, pior ainda, de um certo clubismos exacerbado.

Ao invés, se analisarmos os nossos emigrantes ligados ao mercado futebolísticos, o que constatamos é que os seus níveis competitivo/desportivo e económico são muito elevados, quer sejam jogadores, quer sejam treinadores. Os melhores, nestas duas valências, jogam e treinam em clubes estrangeiros, alguns estão ligados
aos grandes emblemas mundiais.

Por outro dado, se analisarmos com algum pormenor os jogadores e equipa técnica que forma a selecção portuguesa presente no EURO 2008, constatamos, ainda, algumas situações interessantes:

a) Em primeiro lugar, o facto dos 23 jogadores seleccionados, 11 estarem ligados a outras Ligas europeias, prevendo-se, num tempo próximo, que este número passe a ser reforçado com mais três;

b) Em segundo lugar, o facto de a equipa técnica da selecção ser liderada por dois estrangeiros;

c) Em terceiro lugar, o facto de os jogadores saberem que a sua presença na selecção, aos mais diversos níveis competitivos, é essencial para o êxito das suas carreiras;

d) Em quarto lugar, o facto da maioria dos jogadores seleccionáveis serem inacessíveis aos cofres da maior parte dos clubes portugueses. Apenas alguns, poucos, poderão na situação actual, fazer parte dos três principais cubes portugueses.

Se a tudo isto associarmos a situação de crise de resultados porque passa o SLB – clube onde uma certa geração de profissionais da comunicação social escrita e falada continua afectiva e emocionalmente ligada – compreendemos o estado de alma e de ansiedade de algumas gentes. Alguns, e mais uma vez, voltam a falar no Clube Portugal.

2. Todos, sem excepção, estamos contentes, muito contentes, com o inicio - 1º jogo realizado e com uma vitória concludente – e a prestação da equipa portuguesa neste EURO 2008. Até agora, dentro e fora das quatros linhas, foi excelente o trabalho desenvolvido. Mais uma vez os emigrantes portugueses, a nossa diáspora, está a ser determinante no apoio dado à selecção. Uma palavra escrita, de respeito, para eles, e para dizer, também, que mais uma vez estão a ser assediados, objecto de algumas atenções, por parte daqueles que tinham obrigação de os acompanhar e apoiar permanentemente. De quatro em quatro anos parece que são contemplados/premiados.



Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

quinta-feira, junho 05, 2008

Um dia feio para o futebol português

Ontem a UEFA decidiu que o FC Porto deverá ser penalizado na sequência das sanções proferidas pela LIGA no âmbito do chamado processo Apito Final. A sanção a aplicar aos dragões será a de ficarem impedidos de participarem em qualquer das provas desportivas realizadas pela UEFA na época 2008/2009. Deverá ser (escrevemos) porque o FC Porto terá ainda direito a interpor recurso. Ao que parece desta vez vai exercer o direito.
Consequências imediatas: (a) péssima imagem transmitida para o exterior, com a consequente perde de credibilidade do futebol português; (b) consequências imediatas (negativas) no âmbito do grupo de trabalho da selecção nacional de futebol; perda de imagem e de credibilidade do principal clube de futebol português – justamente aquele que melhores resultados e títulos nacionais e internacionais alcançou - nas duas últimas décadas; (c) descredibilização, a vários níveis, do dirigismos desportivo português, (d) perdas, substanciais financeiras, a título de exemplo o FC Porto na época 2007/2008 e nas competições europeias, facturou aproximadamente 13 milhões de euros.
Leonor Pinhão (LP), benfiquista assanhada, escreve hoje na sua habitual crónica das quintas-feiras no jornal “A BOLA” que A “culpa” de a UEFA ter banido o FC Porto é … do Benfica. É evidente que LP tenta fazer humor com a situação. É evidente que existe bastante exagero na afirmação, agora que o Benfica está bastante envolvido na situação, também me parece evidente. Aliás, basta ter lido os artigos de LP sobre o Apito Dourado e constatar, ali, o ódio visceral existente contra o FC Porto.
Razão teve ontem (quarta-feira) Fernando Correia, quando aos microfones do RCP (Lugar Cativo), afirmou e a propósito da decisão punitiva da UEFA, ser um dia triste para o futebol português.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)

quarta-feira, junho 04, 2008

UEFA com Mão Pesada

Leiam ESTA NOTÍCIA. A UEFA não foi em brincadeiras e deu um castigo exemplar a que o merece - FC Porto e Pinto da Costa.

FINALMENTE ALGUÉM PÕE UM TRAVÃO A UMA POUCA VERGONHA INSTALADA DESDE HÁ MAIS DE 30 ANOS DO FUTEBOL NACIONAL

domingo, junho 01, 2008

Semanada

A nossa querida selecção já está na Suiça a cumprir um curto estágio a que se segue um curto europeu - 23 dias com 30 em 2004. Um facto a reter...

Para (não) variar, a euforia e as excessivas expectativas são a pedra de toque como nos dois certames anteriores. Quer em Portugal, quer ontem na chegada à Suiça os lusos demonstraram ni loco o seu apoio à equipa das Quinas. Os emigrantes das montanhas suiças querem bater os emigrantes das Landes Alemãs.

Se é certo que fizemos uma boa transição entre duas gerações de futebolistas (e há que agradecer a Scolari) há muitas arestas por limar numa matéria prima que em bruto nos parece relativamente inferior à geração anterior. Mas há que melhorar esta matéria prima.

Há também que procurar trabalhar os individualismos excessivos e ter a noção que a soma das partes pode ser muito superior a onze se os egos sobre dimensionados e vaidosos se esbatam. Há que "dar o litro".

Há também que ter a noção que os adversários mudaram. Uns estão melhores outros piores. Uns deixaram de ser novidade. Há nomes que deixaram de ser sinónimos de má qualidade e passaram a ser de boa qualidade. Há que ter tudo isso em conta.

Quanto ao jogo treino de Sábado digo que foi bom. Jogado a um ritmo calmo, teve um resultado motivador.

Concluindo espero o melhor para o Clube Portugal. Tenho noção que as dificuldades são outras e parece-me que Scolari está ciente disso. Esperemos que consigam superar todos os obstáculos.