terça-feira, dezembro 04, 2007

O 4º pelotão à vista


No rescaldo das últimas jornadas futebolísticas, europeia e 1ª Liga portuguesa, ressaltam os fraquíssimos desempenhos dos dois grandes de Lisboa. Ao invés e com relativa apreciação, salvaram-se o FC Porto (liga dos milhões) e SC Braga (UEFA).
O FC Porto, porque dos chamados três grandes, é aquele que mais se aproxima em termos de resultados e capacidade competitivas do primeiro pelotão dos clubes europeus (1º pelotão – Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha) e o Braga que se situa bem abaixo e daí a relevância assumida pelos resultados últimos alcançados na UEFA.
O Sporting e o Benfica situam-se claramente no 3º pelotão do ranking – situação comprovada pela “reforma Platini”recentemente aprovada pela UEFA.
No âmbito da referida reforma assinala-se (entre outras questões) um ligeiro alargamento dos clubes com acesso à liga milionária, com a seguinte distribuição:

- 1º pelotão – Entram directamente, pelos países previamente escolhidos, os três primeiros classificados das respectivas ligas;
- 2º pelotão – Entram directamente, pelos países previamente escolhidos, os dois primeiros classificados das respectivas ligas;
- 3º pelotão – Entram, pelos países previamente escolhidos, os primeiros classificados das respectivas ligas;
- 4º pelotão – Os outros.

Ora esta é a democrática e reformada Europa do futebol com a qual temos que conviver e sobretudo viver no domínio organizativo e competitivo.

Neste fim-de-semana, mais propriamente ontem, e após os desaires da Luz e de Alvalade dei comigo a pensar que estas situações de insucessos são iguais a outras recentemente vividas. Todos os anos estas cenas repetem-se, por vezes com ligeiras nuances. É como se estivesse a ver o mesmo filme pela terceira ou quarta vez.

Também no futebol convém não insistir (investir) em “mais do mesmo”, se não o fizermos vamos acabar inevitavelmente no 4º pelotão. Por isso é urgente procedermos às reformas desejáveis e necessárias.


Pedro Vieira (pedro.vieira55@gmail.com)