Mais uma vez gostei de ver a Volta a França. Mesmo sabendo que dois dos principais candidatos à vitória tinham sido excluidos por estarem envolvidos nas malhas do doping, os restantes candidatos proporcionariam uma volta com disputa e as magnificas paisagens que a transmissão televisiva proporciona.
A edição deste ano foi empolgante porque houve etapas de montanha consecutivas. Os que venciam num dia não venciam no dia seguinte e vice-versa. Também tivemos a fuga mais eficaz da história em que Oscar Pereiro ganhou meia hora de vantagem.
No fim, e antes de todas as análises de dopingterem sido divulgadas, venceu Floyd Landis, tendo Oscar Pereiro conquistado o segundo lugar. Ontem, num dia em que Landis tinha ganho a etapa, a sua análise tinha um resultado positivo. Eu sei que o Tour e as outras grandes voltas não são pera doce mas a verdade desportiva fica adulterada. As análises têm que ser mais apertadas pois os "criminosos" também aperfeiçoam o seu trabalho. Apesar de tudo isto o Tour é a prova rainha e não vai deixar de sê-lo.
Uma referência para José Azevedo e Joaquim Agostinho.
O primeiro fez o melhor que pôde e ficou 9 lugares abiaxo das minhas piores expectativas. Não deixa de ter mérito. Vamos a ver para o ano se é chefe de fila e se a má forma passa. Se calhar faltou-lhe uma "lebre" para o puxar na montanha como ele tão bem fez a Lance Armstrong.
O segundo teve direito a estátua. Numa das curvas do Alpe D'Huez, subida que ele conquistou, o nosso Sporting, na figura do seu presidente, imortalizou as proezas de Tinho. O nosso Joaquim Agostinho merecia ter ganho o Tour numa das 15 vezes que o correu. Também merecia ter ganho a Volta a Espanha em que ficou em segundo a escassos segundos do primeiro. Mas não é por não ter ganho que perde valor, que nos vamos esquecer dele.
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